terça-feira, 22 de março de 2016

Blog do Enem: simplificado como deve ser


Competências avaliadas na prova de Redação Enem – Confira!

Posted: 21 Mar 2016 07:59 PM PDT

Veja as Cinco Competências avaliadas na prova de redação do Enem. É o conjunto que define a sua nota na hora da correção do texto dissertativo argumentativo.

Cada competência vale até 200 pontos. Na soma de uma Redação Enem excelente, dá os 1000 pontos. São estas as cinco competências: 1 – Domínio da Norma Culta da Língua Escrita; 2 – Compreender e Desenvolver o Tema; 3 – Coordenar Informações para Defender um Ponto de Vista; 4 – Dominar os recursos linguísticos para produzir a argumentação; e, 5 – Respeito aos Direitos Humanos e Diversidade. Confira cada um deles a seguir:

I. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita.

Na competência I da Redação do Enem espera-se que o participante escolha o registro adequado a uma situação formal de produção de texto escrito. Na avaliação, serão considerados os fundamentos gramaticais do texto escrito, refletidos na utilização da norma culta em aspectos como: sintaxe de concordância, regência e colocação; pontuação; flexão; ortografia; e adequação de registro demonstrada, no desempenho linguístico, de acordo com a situação formal de produção exigida.

II. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

O eixo da competência II cobrada na correção da Redação do Enem reside na compreensão do tema que instaura uma problemática a respeito da qual se pede um texto escrito, em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo. Por meio desse tipo de texto, analisam-se, interpretam-se e relacionam-se dados, informações e conceitos amplos, tendo-se em vista a construção de uma argumentação, em defesa de um ponto de vista.

III. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

Na competência III da Redação do Enem procura-se avaliar como o participante, em uma situação formal de interlocução, seleciona, organiza, relaciona e interpreta os dados, informações e conceitos necessários para defender sua perspectiva sobre o tema proposto.

IV. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

Na competência IV, avalia-se na Redação do Enem a utilização de recursos coesivos da modalidade escrita, com vistas à adequada articulação dos argumentos, fatos e opiniões selecionados para a defesa de um ponto de vista sobre o tema proposto.

Serão considerados os mecanismos linguísticos responsáveis pela construção da argumentação na superfície textual, tais como: coesão referencial; coesão lexical (sinônimos, hiperônimos, repetição, reiteração); e coesão gramatical (uso de conectivos, tempos verbais, pontuação, sequência temporal, relações anafóricas, conectores intervocabulares, intersentenciais, interparágrafos).

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V. Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Na competência V, verifica-se como o participante indicará na Redação do Enem as possíveis variáveis para solucionar a problemática desenvolvida, quais propostas de intervenção apresentou, qual a relação destas com o projeto desenvolvido sobre o tema proposto e a qualidade destas propostas, mais genéricas ou específicas, tendo por base a solidariedade humana e o respeito à diversidade de pontos de vista, eixos de uma sociedade democrática.

Leitura e análise de redações- Exemplos

Exemplo 01

Publicidade: a força das imagens a serviço do consumo

Comerciais exibidos na televisão recorrem a estereótipos para criar a sensação de desejo no inconsciente do telespectador. A linguagem da propaganda, em qualquer meio de comunicação, é sempre a da sedução, a do convencimento.
Na TV, seu discurso ganha um reforço considerável: a força das imagens em movimento.

Assim, fica muito difícil resistir aos seus apelos: o sanduíche cujos ingredientes quase saltam da tela com sua promessa de sabor, o último lançamento automobilístico – que nenhum motorista inteligente pode deixar de comprar – deslizando em uma rodovia perfeita como um tapete, a roupa de grife moldando o corpo esguio de jovens modelos.

A publicidade funciona assim nas revistas, nos jornais, no rádio e nos outdoors, mas suas armas parecem mais poderosas na televisão. Se é verdade, como dizem os críticos, que a propaganda tenta criar necessidades que não temos, os comerciais de TV são os que mais perto chegam de nos fazer levantar imediatamente do sofá para realizar algum desejo de consumo – e às vezes conseguem, quando o objeto em questão pode ser encontrado na cozinha.

Aprender a "ler" as peças publicitárias veiculadas pela TV tem a mesma importância, na formação de um telespectador crítico, que saber analisar os noticiários e as telenovelas. A parte mais óbvia desse trabalho de conscientização refere-se, claro, à identificação das estratégias usadas para criar o apelo ao consumo.

Entre as armas da publicidade para seduzir o telespectador destacam-se a nudez, a inocência infantil e a plasticidade quase irreal das imagens. Independente do apelo ao consumo, os comerciais exibidos pela televisão também se prestam a análises mais amplas de conteúdo.

Ao difundir modelos de comportamento, os comerciais exercem tanta influência sobre os telespectadores quanto os personagens de novelas. E, ao reforçar estereótipos associados a raças e classes sociais, por exemplo, contribuem decisivamente para que imagens distorcidas da sociedade continuem a ser propagadas.

Fonte: Jornal Folha de S. Paulo, in http://www.redacional.com.br/dissertacao , in 27/05/2012, 16h15min Veja a seguir dez exemplos de Redação Enem Nota 1000

Confita Textos Nota 1000
Confita 10 Textos Nota 1000
Dica 1 – Confira a terceira aula sobre as Competências avaliadas na Prova de Redação Enem, relembramos os Elementos da Comunicação e as Funções da Linguagem – http://blogdoenem.com.br/competencias-avaliadas-na-prova-de-redacao-enem-parte-3/

Exemplo 02

Ficha mais limpa

Mais uma vez, a Justiça acabou se revelando mais rigorosa em relação às exigências de moralidade na política do que o próprio Congresso. Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que a chamada Lei da Ficha Limpa valerá para todos os candidatos condenados por crimes graves em órgãos colegiados, incluindo casos nos quais a condenação seja anterior à sanção da lei, em 4 de junho.

Prevaleceu, portanto, a tese de que o Direito Eleitoral deve proteger a moralidade, e evitou-se assim o risco de o novo instrumento se tornar inócuo. Com essa manifestação da Justiça, perdem alguns políticos que, a partir da ampliação do alcance da lei, ficarão impedidos de concorrer em outubro e deverão, por isso, tentar derrubar a norma. Em compensação, ganham os eleitores, pois assim correrão menos riscos de eleger quem tem contas a acertar com a Justiça.

Mesmo levado a agir de alguma forma por um projeto de iniciativa popular apresentado em setembro do ano passado com o respaldo de 1,3 milhão de assinaturas, o Congresso vinha desde então hesitando em atender ao clamor popular. A aprovação só ocorreu depois do abrandamento do texto, que limitou o impedimento do registro de candidatura apenas para condenados em última instância. Mesmo assim, o Senado ainda tentou um recurso semântico para abrandar as exigências, mudando o tempo verbal "os que tenham sido", como saiu da Câmara, para "os que forem" condenados.

Felizmente, na interpretação do TSE, prevaleceu a tese do relator da consulta sobre o projeto Ficha Limpa, ministro Cláudio Versiani, de que a causa da inelegibilidade incide sobre a situação do candidato no momento do registro, com prazo até 5 de julho. Não se trata, como argumentou o relator, de perda de direito político, de punição, pois inelegibilidade não constitui pena. A condenação é que, por si só, sob esse ponto de vista, impede alguém de sair em busca de voto.

Só o corporativismo dos políticos é capaz de justificar a necessidade de a Justiça Eleitoral se pronunciar, impedindo o registro de candidaturas que os próprios partidos deveriam vetar, em respeito aos eleitores. Confrontada com a exposição de sucessivos descalabros na política e na administração pública de maneira geral, a sociedade brasileira tem razões de sobra para se mostrar cada vez menos tolerante com práticas do gênero. Esse é o tipo de deformação que só se mantinha pelo fato de ter sido associada a políticos a ideia de impunidade e pela insistência de muitos deles em buscar votos para garantir imunidade ou tratamento privilegiado.

O projeto que o TSE se encarregou de tornar um pouco mais rigoroso pode não ser abrangente o suficiente para as necessidades do país e não confere 100% de garantia ao eleitor de estar optando por um candidato ético. Mas, diante da falta de disposição dos parlamentares em se mostrarem mais rigorosos, constitui um alento na luta pela moralização.

In: Jornal Zero Hora, in, http://www.mundotexto.com.br/redacao/RDP1.html in 27/05/2012, 15h45min

Dica 2 – Saiba tudo sobre as Competências avaliadas na prova de Redação Enem e sobre os temas que já foram abordados na Redação desde a criação do Exame – http://blogdoenem.com.br/competencias-redacao-enem-2/

Exemplo 03

Copa do Mundo e Renda Básica de Cidadania

Aos olhos do mundo, o Brasil tem ido muito bem nos últimos anos. Uma das áreas que atraíram a atenção foi sua luta contra a pobreza. Em parte, pelo que já alcançou com o Bolsa-Família. E, em parte, por causa da perspectiva ambiciosa que o governo brasileiro deu a todos os programas sociais quando, em janeiro de 2004, o presidente Lula sancionou uma lei que estabeleceu o objetivo de uma Renda Básica de Cidadania para todos os brasileiros.

Em todo o mundo, esse arrojado passo veio como uma surpresa. Quando o debate internacional sobre o ideal de uma renda básica universal se desencadeou, nos anos 80, era óbvio que essa era uma ideia restrita aos países mais ricos. Muitos desses países haviam introduzido programas de renda mínima, pelos quais chefes de família pobres têm o direito a um benefício porque são registrados como desempregados ou porque sua renda declarada é menor que certo patamar. Mas, desde que achem um emprego, o benefício é cancelado ou reduzido: o esforço é punido com a retirada do benefício. Daí o desenvolvimento da "armadilha do desemprego" em que pessoas tendem a cair.

Na Europa Ocidental, na América do Norte, mais tarde no Japão e na Coreia, acadêmicos e ativistas começaram a propor que esses benefícios focalizados não fossem cancelados, mas universalizados na forma de uma Renda Básica de Cidadania paga a todas as pessoas. Se todos receberem o benefício, não apenas os pobres, estes não estarão mais presos numa armadilha da pobreza. Também não haverá nenhum estigma, porque os ricos e os pobres o receberão. Não é o objetivo dessa universalização fazer os ricos ainda mais ricos, pois o sistema de Imposto de Renda deveria ser ajustado para que os ricos financiem seus benefícios."

Tudo isso faz muito sentido, parece, nos países mais ricos que já experimentaram sistemas focalizados de transferências e descobriram seus efeitos perversos, mas não em países com um incipiente Estado de bem-estar. Entretanto, logo se ouviram vozes no Brasil, na África do Sul, no México, na Argentina e noutros países afirmando o contrário. Os que acreditavam que uma Renda Básica de Cidadania se espalharia primeiro nos países mais ricos, dizem, estão tão errados quanto Karl Marx, quando ele afirmou que uma revolução socialista poderia ocorrer somente num país altamente industrializado. Por quê? A razão fundamental é que os sistemas de benefícios dependentes da renda das pessoas são particularmente difíceis de administrar quando uma alta proporção da população vive um pouco acima da linha da pobreza e trabalha na informalidade.

Compreendi este ponto quando o senador Eduardo Suplicy me levou para visitar uma repartição em São Paulo na qual os administradores públicos verificavam se as pessoas que se inscreviam no Programa Bolsa-Família se qualificavam para receber o benefício. Um homem com os óculos quebrados tinha de se lembrar quanto ganhou no ano passado, ora trabalhando, ora não, num posto de gasolina e quanto sua esposa havia ganho como arrumadeira de diversas casas e esporadicamente ao vender mercadorias na feira local. Para muitas pessoas vivendo em dificuldades é compreensivelmente difícil lembrar essas coisas com grande precisão. O risco de haver arbitrariedade, injustiça, clientelismo e corrupção está em toda esquina.

A única solução estrutural, com uma economia em grande parte informal, consiste em fazer o sistema de benefícios universal, financiá-lo com recursos públicos e que não use a renda pessoal como a base da taxação.

O Programa Bolsa-Família é um esquema baseado na renda familiar por pessoa. Como é dependente da renda, é vulnerável por todos os argumentos mencionados, mas representa um progresso. Esses obstáculos fazem com que possamos olhar para além do Bolsa-Família em direção à Renda Básica de Cidadania.

Para caminhar em direção a esse destino é necessário fazê-lo gradualmente com uma reforma tributária. Pode ser combinado com a obrigação da frequência à escola, na medida em que essa obrigação realmente venha a prover um benefício adicional de educação, para quem de outra forma ficaria sem ela, em vez de se retirar a segurança de renda das famílias mais frágeis. Qualquer condição imposta além do requisito da renda precisa ser avaliada em termos de quais desses dois tipos de efeitos vão prevalecer. Por exemplo, quanto mais exigente for a condicionalidade em termos do desempenho educacional, o mais provável é que as famílias em pior situação sejam penalizadas.

É desnecessário dizer que a Renda Básica de Cidadania, assim como o Programa Bolsa-Família, não são panaceias. Eles precisam ser parte de uma política social mais ampla, que também abranja o acesso universal à água e à energia elétrica, a um nível decente de educação básica e aos cuidados com a saúde para todos. Mas a Renda Básica de Cidadania é parte central de qualquer conjunto de políticas que podem ser seriamente colocadas para combinar os objetivos de "fome zero" e de "emprego para todos" em circunstâncias contemporâneas.

A experiência brasileira é notável, mas ainda está longe de chegar ao fim da estrada. Será comparada com as experiências de outros países e submetida a um escrutínio simpático, porém crítico, de um grande número de acadêmicos de muitos países por ocasião do 13.º Congresso Internacional da Basic Income Earth Network (Bien), ou Rede Mundial da Renda Básica, que se realizará na Universidade de São Paulo em 30 de junho, 1.º e 2 de julho próximos (ver www.bien2010brasil.com).

Pode o Brasil mostrar o caminho a outros países indo ainda mais longe do que o fez em direção a uma genuína Renda Básica de Cidadania? Sem dúvida, será mais difícil do que vencer a Copa do Mundo mais uma vez. Mas para muitas pessoas nesse país e em todo o mundo é muito mais importante.

In: Jornal O Estado de S. Paulo, Philippe Van Parijs, in http://www.mundotexto.com.br/redacao/RDP1.html in 27/05/2012, 15h45min

Dica 3 – Você conhece bem as cinco competências usadas para avaliar os estudantes na prova de Redação Enem? Conheça mais sobre elas e fique preparado! – http://blogdoenem.com.br/competencias-redacao-enem/

Saiba mais sobre as Competência da prova de Redação Enem  nesta aula do canal Descomplica, disponível no Youtube. Após assistir, revise o que você aprendeu respondendo aos nossos desafios!

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=GU2GaSEXMz0]

Desafios

Questão 01

Por que as redações apresentadas acima são dissertações?

Questão 02

Que características garantem a boa estrutura das redações acima?

Questão 03

Pode-se utilizar matéria de jornais e revistas como exemplo de dissertação?

Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender!

redacao enem

 

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Curso Enem Online – É gratuito, aproveite!

Posted: 21 Mar 2016 05:02 PM PDT

Curso Enem Online: Confira as aulas feitas pelos professores de cada disciplina. Aproveite, é conteúdo direcionado para Exame Nacional do Ensino Médio!

Acompanhe a cada semana no Blog do Enem a lista especial de aulas indicadas do Curso Enem Online Gratuito. É para você ficar tinindo nos conteúdos para o Exame no final do ano. Todo o material é desenvolvido por professores especializados, e com foco justamente nas provas do Enem.

Curso Enem Online

O detalhe deste ano é que  a partir de agora o conteúdo das aulas e apostilas gratuitas do Blog do Enem está alinhado com o que você está estudando em sala de aula e com tudo o que cai no Exame. É um Curso Enem Online gratuito. Então, aproveite esta super oportunidade. Não é todo dia que você encontra por aí um curso direcionado para Enem e, ainda por cima, gratuito!

Você pode estudar em casa, no ônibus, no carro, nos intervalos da escola ou no trabalho, e revisar tudo o que você está aprendendo. Na prática você faz o Curso Enem Online e se prepara para as provas do colégio e do Enem. É importante começar a estudar desde já para os conteúdos não ficarem acumulados perto da data das provas do Exame de 2016.

Curso Enem Online Gratuito – Quarta semana de revisão de conteúdo

Nesta quarta semana os professores prepararam as seguintes aulas para você fazer a sua revisão. Veja e estude:

Química:

http://blogdoenem.com.br/nomenclatura-compostos-organicos-quimica-enem/

http://blogdoenem.com.br/atomos-isotonos-isobaros-isotopos/

http://blogdoenem.com.br/unidades-de-medidas-quimica/

http://blogdoenem.com.br/quimica-lei-conservacao-massas-lavoisier

http://blogdoenem.com.br/quimica-organicas-hidrocarbonetos/

http://blogdoenem.com.br/numero-atomico-massa-quimica-enem/

Biologia:

http://blogdoenem.com.br/biologia-membrana-plasmatica/

http://blogdoenem.com.br/mitocondrias-dna-mitocondrial-endossimbiose/

Inglês

http://blogdoenem.com.br/adverbios-de-frequencia-ingles-enem/

http://blogdoenem.com.br/generos-textuais-2/

Gramática:

http://blogdoenem.com.br/analise-sujeito-particula-se-gramatica-enem/

http://blogdoenem.com.br/sujeito-indeterminado-portugues-enem/

http://blogdoenem.com.br/adjetivos-gramatica-enem/

Literatura:

http://blogdoenem.com.br/intertextualidade-literatura-enem/

http://blogdoenem.com.br/intertextualidade-literatura-enem-2/

Redação:

http://blogdoenem.com.br/literatura-tipologia-textual-2/

Física:

http://blogdoenem.com.br/propagacao-retilinea-da-luz-fisica/

http://blogdoenem.com.br/queda-livre-fisica-enem/

http://blogdoenem.com.br/forca-eletrica-e-lei-de-coulomb-fisica-enem/

http://blogdoenem.com.br/transmissao-de-calor-fisica-enem/

http://blogdoenem.com.br/leis-de-reflexao-e-espelhos-planos-fisica-enem/

Matemática:

http://blogdoenem.com.br/porcentagem-juros-simples-e-compostos-matematica-enem/

http://blogdoenem.com.br/teoria-dos-conjuntos-enem-vestibular/

História:

http://blogdoenem.com.br/economia-acucareira-historia-enem/

Filosofia:

http://blogdoenem.com.br/socrates-filosofia-enem-2/

Geografia:

 http://blogdoenem.com.br/posicao-geografica-geografia-enem/

Martha Ramos

Post escrito por Martha Ramos. Jornalista formada na Universidade Estácio de Sá em Santa Catarina. Fez Pós-Graduação em Marketing e trabalha com produção de conteúdos para jornais, revistas, empresas e blogs. Face: https://www.facebook.com/martha.ramos.5203

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Posição geográfica do território brasileiro e suas consequências – Geografia Enem

Posted: 21 Mar 2016 04:56 PM PDT

Geografia Enem: O Brasil é tido como um país de dimensões continentais. De fato, o vasto território brasileiro é o quinto maior do mundo. Uma série de aspectos físicos do Brasil tem relação direta com essa característica.

Com mais de 8 milhões de Km² de extensão territorial, o Brasil é uma imensidão. Quase metade da América do Sul está em domínios brasileiros. Muito além do tamanho em si, tais dimensões conferem características que são consequências da posição geográfica do território brasileiro. Acompanhe essa revisão para você conhecer melhor o Brasil e obter um ótimo desempenho em Geografia no Enem!

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Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtBICbNUXdSoeNsLivXej5TW6vEtfYplhOz_Nf0zF0V2k5pmeghpltnDwCJaf4g2VB_CgO_ejml4FATXrijYQfI-k15Ejas7v8T9SUR6KPWcKFHXFX5LxN4w8DmPGZgc6ujxMI5F3z8FRD/s1600/2000px-Map_of_Brazil_with_flag.svg.png

 

 

Quando da chegada da frota de naus portuguesas que aportaram na costa brasileira, os viajantes não tinham nenhuma noção da dimensão das terras que estavam por explorar. Curiosamente, o Tratado de Tordesilhas já tinha estabelecido até onde se estenderiam os domínios portugueses no Novo Mundo.

Se dependesse do que estava determinado pelo Tratado de Tordesilhas, o território brasileiro seria bem menor do que é atualmente. Mas, diante do inicial desinteresse que a porção Leste da América espanhola despertou nos espanhóis, em 1750, no Tratado de Madri, ficou estabelecido que os locais que tivessem fundações portuguesas seriam incorporados ao que viria a ser o território brasileiro. E assim foi feito.

A última grande alteração territorial do Brasil foi a aquisição junto a Bolívia do estado do Acre em 1903. Assinado o Tratado de Petrópolis, o Brasil praticamente não mais sofreu mudanças em seu território.

E quanto à posição geográfica do Brasil?

Com a trajetória para se ter o território brasileiro como se conhece hoje, agora pode-se concentrar nas características que a localização do Brasil no planeta Terra confere ao país.

Antes de analisar tais características, as dimensões do Brasil podem ser medidas pelos pontos extremos do território brasileiros. O local mais ao Norte do território brasileiro é o Monte Caburaí, no estado de Roraima, a 5°16'20"N; ao Sul, o extremo se localiza no Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul, na latitude 33° 45′ 03″S. Em linha reta, a distância entre esses dois pontos é de 4.394 Km.

A Leste, a Pontas do Seixas, no estado da Paraíba, é o ponto extremo, a uma longitude de 34°47'35"; no outro extremo, a Oeste, a Serra da Contanama no estado do Acre, a 73° 59′ 32″O. A distância entre esse pontos é de 4.319 Km.

Diante da pequena diferença entre as distâncias máximas no sentido Norte-Sul e Leste-Oeste, diz-se que o Brasil é um país equidistante. Diferentemente de países como a Rússia que possui extensão longitudinal bem superior a latitudinal. Para aquele país, a consequência disso é que no território russo há 9 fusos horários.

Em termos de posição no planeta Terra, onde estamos?

Primeiramente, o território está localizado quase totalmente no hemisfério Sul (em torno de 93%). No hemisfério Norte, apenas os estados do Amapá e Roraima.  Mesmo assim, nem os dois estados citados estão totalmente no hemisfério setentrional. Quanto a posição longitudinal, está posicionado totalmente a Oeste do Meridiano de Greenwich, portanto, trata-se de um país ocidental.

O Brasil é o único país do mundo que é cortado pela Linha do Equador e por um dos trópicos, nesse caso, o de Capricórnio. É exatamente isso que faz com que haja uma variedade climática e de ecossistemas bastante grande no país. 92% do Brasil se encontra na Zona Climática Tropical ou Intertropical; os 8% restantes, estão ao Sul do Trópico de Capricórnio e estão inseridos na Zona Climática Temperada do Hemisfério Sul.

Na realidade, a canção que diz "Moro num país tropical" está quase totalmente correta do ponto de vista geográfico. Só não se aplica aos três estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Paralelos importantes que cortam o Brasil

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Fonte: https://i.ytimg.com/vi/okQeDcZOusU/maxresdefault.jpg

Paralelos importantes que cortam o Brasil: Imagem de satélite com destaque para os paralelos 0° (Linha do Equador) e o trópico de Capricórnio que cortam o território brasileiro.

 

Pontos extremos do Brasil

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Fonte: ALMEIDA, L. M. A. de; RIGOLIN, T.B. Geografia. 1a ed. São Paulo: Ática, 2002. p. 358. Série Novo Ensino Médio. (adaptado)

Pontos extremos do Brasil: Mapa do Brasil com os pontos extremos do território brasileiro em destaque.

 

Então, agora já sabem tudo sobre onde o Brasil se encontra no mundo… Sensacional! Então, para fixar bem o conteúdo e finalizar sua revisão, veja esta super videoaula!

 

Geografia do Brasil Aula 01-1 www.alienstore.com.br Localização Geográfica (canal: canalde professor1429)
https://www.youtube.com/watch?v=UQTRdAcvbC0

 

Agora, que tal você testar seus conhecimentos?

1 – (UFAM/AM – 2005) O Brasil tem a maioria de suas terras situadas nos hemisférios:

 

a) Setentrional e Ocidental

b) Setentrional e Meridional

c) Oriental e Meridional

d) Ocidental e Oriental

e) Meridional e Ocidental

 

2 – (ACAFE/SC – 1999) Observe o mapa do Brasil e analise as afirmações abaixo.

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I. O território brasileiro é atravessado pela linha do Equador, que corta dois estados e dois territórios e pela linha do Trópico de Câncer.

II. A posição geográfica do  Brasil faz com  que a  maior parte do  seu território esteja situado  na zona  intertropical, predominando os climas quentes, com elevadas médias térmicas e variações nos índices pluviométricos anuais.

III. O Sul do  Brasil, localizado  em zona temperada, apresenta  climas  subtropicais diferenciados pela altitude, fator responsável pelas baixas temperaturas que são registradas nas serras e planaltos, durante o inverno.

IV. Santa Catarina, pela sua localização, foi  recoberta  pela  formação  vegetal mais heterogênea do país, hoje restrita às encostas da Serra Geral e do Mar.

A alternativa, contendo todas as afirmações VERDADEIRAS, é:

a) II e III

b) II, lII e lV

c) I e ll

d) lII e lV

e) l, II e III

 

GABARITO

 

1 – E

2 – A

 

Post escrito por Douglas de Barros Oliveira para o Blog do Enem. Douglas é professor de Geografia, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, com 12 anos de experiência na docência e especialista em tecnologia na aprendizagem.

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Como está a sua Imagem? Leis de Reflexão e Espelhos Planos – Revisão de Física Enem

Posted: 21 Mar 2016 02:49 PM PDT

Física Enem: Você com certeza já parou em frente ao espelho para se arrumar, pentear o cabelo, enfim, dar aquele trato na sua imagem.

A óptica que é a parte da física que estuda estes assuntos. Este ramo da ciência te ajuda entender quais as leis, fórmulas e aspectos físicos são necessários para explicar o comportamento da Luz.

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Fonte: http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=riv&cod=_espelhoespelhomeuconhecendoespelhosplanos

 

Reflexão da Luz – Ela ocorre quando os raios de luz incidem, na superfície que separa dois meios e retorna ao seu meio original. Observe a imagem abaixo:

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Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=667&q=reflex%C3%A3o+da+luz&oq=reflex%C3%A3o+da+luz&gs_l=img.3..0l5j0i30l5.300.4138.0.4470.15.11.0.4.4.0.130.1092.8j3.11.0….0…1ac.1.64.img..0.15.1120._7IyjpWRUnw#imgrc=0hff5QGBWpJX4M%3A

 

Espelho Plano – Definição: É toda superfície polida, com grande poder de reflexão, onde a luz sofre Reflexão Regular (reflexão especular). Pode também constar de uma placa de vidro cuja superfície posterior é pintada com uma fina película de prata. Observe o cãozinho abaixo:

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Fonte: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/ondas-e-luz/espelhos-e-reflexao-da-luz.html

 

Na Reflexão Regular (espelhos), a superfície que reflete é muito polida, os raios de luz são refletidos de forma regular e se consegue observar a imagem do objeto, mas na Reflexão Irregular ou Difusa (numa lousa, numa parede, etc.), onde a superfície refletora não é polida, após a incidência, a luz se espalha, ou seja, ela reflete em todas as direções e sentidos, de maneira que se possibilite ao observador enxergar o objeto, estando em diferentes posições.

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LEIS DA REFLEXÃO

1ª Lei – O ângulo de incidência (i) que o raio incidente forma com a normal (linha pontilhada) é igual ao ângulo de reflexão (r) que o raio refletido forma com a normal.

Veja na figura abaixo, que essa lei é válida para espelhos planos, curvos e para qualquer tipo de superfície refletora.

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2ª Lei – Observe que neste caso, o raio incidente, a normal e o raio refletido estão contidos num mesmo plano.

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Desvio(d) na Reflexão – É definido como sendo o ângulo entre o prolongamento do raio incidente e o raio refletido

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Podemos assim realizar o cálculo do desvio (d):

Na reta que contém o raio incidente — i = r  — = 2i + d = 180º

 

Características da Imagem em um Espelho Plano

O ponto objeto e o ponto imagem são simétricos em relação ao espelho, ou seja, a distância do objeto ao espelho é a mesma que a distância da imagem ao espelho. Cabe lembrar que eles estão contidos numa mesma reta perpendicular ao plano do espelho.

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O ponto imagem sempre estará atrás do espelho e é virtual (não pode ser fotografado ou filmado atrás do espelho) Observe como acontece na figura abaixo:

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A altura do objeto sempre será igual à altura da imagem. Outro ponto importante é que a imagem é reversa ou revertida (troca direita pela esquerda), entenda na figura abaixo:

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Agora vamos localizar as imagens i de duas formas:

  • Um ponto O – a imagem i está atrás do espelho, e é simétrica ao mesmo (objeto e imagem estão à mesma distância do espelho e a reta que os une forma um ângulo de 90o com a superfície do espelho).

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Se o objeto não está em frente ao espelho, deve-se prolonga-lo conforme a última figura acima.

  • Um corpo extenso

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TRANSLAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO – Quando um corpo se aproxima ou se afasta de um espelho plano com velocidade V em relação ao espelho, sua imagem se afasta ou se aproxima do espelho com velocidade V em relação ao espelho

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Assim, como objeto e imagem se movem em sentidos contrários, a velocidade do objeto em relação à imagem será 2V.

O mesmo acontece se o espelho estiver se movendo, como por exemplo, o espelho retrovisor plano de um carro em relação a um objeto fixo (por exemplo, uma árvore).

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Enquanto o espelho (carro) se desloca d', a imagem da árvore se desloca DS=2d'. Como os deslocamentos ocorrem no mesmo tempo, a velocidade da imagem da árvore é o dobro da velocidade do carro.

Rotação de um espelho plano – Quando um espelho plano gira de um ângulo (λ) em torno de um eixo normal ao plano de incidência, o raio refletido gira no mesmo sentido de um ângulo (θ) que é o dobro do que o espelho girou.

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Campo de Visão de um Espelho Plano – Região que se torna visível por reflexão no espelho.

Dado o espelho E e o observador O, para se determinar a região vista pelo observador por reflexão no espelho, devemos:

 

1º – Localizar a imagem O' do observador

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2º – A partir da imagem O' do observador, traçar duas retas que tangenciem as extremidades do espelho e, na região onde está o observador, parte da frente do espelho, entre essas duas retas, estará a região que ele consegue enxergar através do espelho (campo visual), em verde na figura.

Construindo os raios de luz de modo que observador O da figura I abaixo enxergue um ponto objeto P

I – Imagem de P

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II – Prolongar o espelho e localizar P*

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III – Unir, com linha pontilhada P' ao olho do Observador

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IV- Traçar um raio de luz que, partindo do ponto P, incida no espelho, retorne sobre a linha pontilhada e atinja os olhos do observador, que irá enxergar a imagem de P em P'.

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Cálculo da altura de um espelho plano vertical para  que, a partir do chão, uma pessoa possa ver-se de corpo inteiro, desde a cabeça até os pés.

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Ligar, com linha pontilhada, A' e B' ao olho da pessoa objeto, que interceptam o espelho nos pontos M (inferior) e N (superior),

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que delimitam o tamanho mínimo do espelho para que a pessoa possa ver-se de corpo inteiro no espelho. Observe que os triângulos oMN e oB'A' são semelhantes e dessa semelhança tiramos o tamanho mínimo do espelho MN  —  H/MN = 2d/d  —

MN=H/2 – o tamanho mínimo do espelho para que a pessoa se veja de corpo inteiro deve ter a metade da altura da pessoa.

MUITO IMPORTANTE: Observe que a altura mínima do espelho é sempre a mesma independente do fato de a pessoa estar a uma distância d, 2d, 3d, etc. do espelho. Assim, a imagem da pessoa encontra-se ajustada ao tamanho do espelho independente da distância a que ela se encontra do mesmo, mas, à medida que a pessoa se afasta do espelho, sua imagem também se afasta dando a impressão, devido ao ângulo visual, que ela parece menor, mas continua sempre ajustada ao tamanho do espelho.

LEMBRETES IMPORTANTES PARA VOCÊ SER DAR BEM NOS EXERCÍCIOS:

Quando a incidência do raio de luz sobre o espelho plano for normal;

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O ângulo de incidência é 0º, o de reflexão também é 0º e o raio de luz retorna sobre ele mesmo.

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Neste caso o desvio que é o ângulo entre o prolongamento do raio incidente e o raio refletido, é de 180º.

Quando a incidência é rasante

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Os ângulos de incidência e de reflexão valem 90º e o desvio que é o ângulo entre o prolongamento do raio incidente e o raio refletido vale 0º.

 

Segue um pequeno vídeo no youtube, com o professor, para você fixar o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=5Z5ZLX_Sk8Y

 

Agora você terá alguns exercícios para você treinar sobre o assunto. Um presentinho pra você, hehehe. Eles já possuem as respostas, mas eu desafio você. Tente encontrar outras formas de resolver as questões, compare as duas, verifique as diferenças e post aqui no Blog. Tenho absoluta certeza de que você irá aprender muito mais assim. Um abração e nos encontramos aqui no Blog do Enem.

 

EXERCÍCIOS

 

1 – Analise as proposições a seguir sobre a reflexão da luz:

I – O fenômeno da reflexão ocorre quando a luz incide sobre uma superfície e retorna ao seu meio original;

II – Quando ocorre reflexão difusa, a imagem formada é bastante nítida;

III – Na reflexão regular, os raios de luz propagam-se de forma paralela uns aos outros;

IV – Quando a luz é refletida por uma superfície, o ângulo de reflexão é sempre igual ao ângulo de incidência da luz.

Estão corretas:

a) I, II e III apenas

b) I, III e IV apenas

c) I, II e IV apenas

d) II, III e IV apenas

e) todas afirmativas estão corretas

 

2 – (PUC – SP) O ângulo de incidência, em um espelho plano, é de 30º. Qual o valor do ângulo formado entre o raio refletido e a superfície?

 

3 – (UFB) A propriedade óptica que afirma que o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão é válida somente para os espelhos planos?

 

GABARITO

 

1 – B             

2 –  Para calcular o ângulo entre o raio refletido e a superfície, utilizamos a equação:

r = 90 – i

r = 90 – 30

r = 60º

3 – Não, a regra também é válida para superfícies irregulares e espelhos esféricos.

 

Os textos e imagens acima foram elaborados, pelo Professor Wesley Oliveira, para o Blog do Enem. Wesley é formado em Física, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e em Matemática pela UNISA – Universidade de Santo Amaro – São Paulo. Ministra aulas de Física e Matemática em escolas de São Paulo e da grande Florianópolis desde 2000. Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100011187033321

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Número Atômico e Número de Massa – Química Enem

Posted: 21 Mar 2016 02:03 PM PDT

Química Enem: O modelo atual do átomo é baseado no de Rutherford (chamado modelo planetário ou Sistema Solar), e segundo ele duas regiões formariam o átomo: um núcleo pequeno positivo e de alta densidade, e uma região extranuclear (a eletrosfera), que seria como um espaço vazio em que estão distribuídos os elétrons.

Rutherford deu uma grande contribuição para a ciência quando em 1914 demonstrou a existência de uma partícula de massa bem maior do que a do elétron, mas de sinal oposto (isto é, positivo), que em 1920 recebeu o nome de prótons.

Em 1932, o físico inglês James Chadwick descobriu uma partícula com aproximadamente a mesma massa do próton, mas que não era carregada eletricamente, e por esse motivo chamada de Nêutron.

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Assim, foram definidos alguns conceitos diretamente relacionados a essas partículas, suas cargas e seus números, que servem para identificar os átomos, como o número de massa (A) e o número atômico (Z).

 

Dica 1– O que mais cai em Química nos Vestibulares no Enem? Veja aqui as melhores dicas: http://blogdoenem.com.br/enem-2013-quimica-cai-mais/

O número atômico (Z) é a quantidade de prótons presente no núcleo do átomo.

Cada elemento químico possui um número atômico, ou seja, não existem átomos de elementos químicos distintos que apresentem o mesmo número atômico; por isso, os números atômicos dos elementos facilitam a classificação e a constituição da tabela periódica.

Observando os elementos na Tabela Periódica, o número atômico (Z) vem em cima do respectivo elemento, indicando quantos prótons ele tem no núcleo.

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Dica 2– Você acha difícil memorizar tudo que aprende? O Blog do Enem pode te ajudar! Acesse o link e descubra quais as dicas para você memorizar o que estudou: http://www.alunosonline.com.br/portugues/dicas-para-voce-memorizar-o-que-estuda.html

 

O número de massa (A) é a soma do número de prótons ou número atômico com o número de nêutrons existentes no núcleo.

 

Ou seja:

A= Z + n

 

Ou se você possuir o número de massa e precisa encontrar o número de nêutrons:

n= A – Z

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Dica 3 – Reveja também outro assunto bastante cobrado nas provas do Enem e dos vestibulares que é o histórico da química orgânica.  Acesse o nosso blog do Enem e veja um super- resumo preparado pela professora Munique Dias. Vai ficar de fora dessa? http://blogdoenem.com.br/historico-da-quimica-organica-revisao-para-o-enem-e-vestibular/

 

Que tal reforçar esse assunto e mandar bem nas provas dos vestibulares e do Enem? Em apenas 4:55 minutos você pode rever tudo sobre número de massa e número atômico com o Kuadro e estudar ainda mais! Não deixe de conferir! https://www.youtube.com/watch?v=xRN_e61fLlA

 

Você consegue resolver este exercício? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender!

 

O átomo de um elemento químico possui 83 prótons, 83 elétrons e 126 nêutrons. Qual é, respectivamente, o número atômico e o número de massa desse átomo?

 

a) 83 e 209.

b) 83 e 43.

c) 83 e 83.

d) 209 e 83.

e) 43 e 83.

 

Resposta: a

 

Dica 4 – Relembre outros assuntos de química acessando o nosso blog www.blogdoenem.com.br e gabarite as questões de química nas provas dos vestibulares e do Enem.

 

Os textos e exemplos de apresentação desta revisão foram preparados pela professora Munique Dias para o Blog do Enem. Munique é formada em química pela UFSC, tem mestrado e doutorado em Engenharia Química, também pela UFSC. Facebook: https://www.facebook.com/Munique

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Economia açucareira – Revisão História Enem

Posted: 21 Mar 2016 01:46 PM PDT

História Enem: Você sabia que Portugal construiu o maior império litorâneo da História?

Contudo, quando outros países ingressaram na expansão marítima, os portugueses não conseguiram manter o gigantesco império, principalmente no Oriente. Foi então que o Brasil entrou nos planos coloniais portugueses. Era o início da colonização, pautada na produção açucareira. Vamos entender como isso tudo ocorreu para gabaritar História no Enem!

Por volta de 1530, as perdas territoriais no Oriente provocaram uma forte retração no comércio lusitano de especiarias. Foi então que o interesse pelo Brasil aumentou significativamente. Isto porque o território reunia condições muito favoráveis à produção do açúcar, já praticada pelos portugueses em suas ilhas atlânticas desde o século XV.

Diferente da extração de pau-brasil, a produção do açúcar exigia o deslocamento e a fixação de um grande número de pessoas, o que implicaria a colonização efetiva do Brasil. Soma-se a isso a necessidade de povoar o território para garantir a posse sobre o mesmo, o que estava ameaçado pela presença francesa no litoral através fundação de várias feitorias.

A primeira expedição colonizadora ocorreu entre 1530 e 1532 sob a liderança de Martim Afonso de Souza. Patrocinado pelo rei, Martim Afonso de Souza deu início à colonização por meio da produção açucareira, construindo o primeiro engenho de açúcar na mesma região onde fundou a primeira vila do Brasil: São Vicente (1532). Aos poucos, a produção açucareira foi assumindo características comuns em toda a colônia:

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Imagem 1: "Fundação de São Vicente", pintura de Benedito Calixto.

Fonte: www.multirio.rj.gov.br

 

1) Latifúndio: o caráter extensivo da agricultura canavieira exigia grandes extensões de terra para o seu cultivo, fazendo predominar no Brasil a grande propriedade, o que era compatível com a enorme extensão territorial da colônia. Contribuía para isso a ocorrência em grandes áreas de um solo argiloso muito propício à cultura canavieira: o solo de massapé.

O latifúndio foi sem dúvida a base de uma sociedade historicamente marcada pela desigualdade social e pela má distribuição de terras, permitindo a formação de uma sociedade aristocrática dominada pelos donos de terras e escravos: os senhores de engenho.

As fazendas canavieiras, mais conhecidas como engenhos de açúcar, eram um grande complexo agro-manufatureiro auto-suficiente, o que desfavoreceu no início da colonização o surgimento de pequenas propriedades voltadas para o mercado interno.

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Imagem 2: Engenho de açúcar.

Fonte: essaseoutras.xpg.uol.com.br

 

Dica 1: Latifúndio e escravidão são os elementos do passado colonial que mais se comunicam com problemas sociais do Brasil contemporâneo como a má distribuição de terras e de renda, o êxodo rural, a favelização, o racismo e a marginalização social de modo geral. O Enem costuma fazer relações históricas entre contextos diferentes, entendendo que a dinâmica histórica é feita não somente de mudanças, mas também de permanências.

 

2) Monocultura de exportação: por ser um produto de clima tropical, o açúcar alcançava grande valor comercial na Europa, onde o clima mais frio tornava-o raro e muito valorizado, tão valorizado que chegou a fazer parte do dote pago em casamento por nobres europeias.

Desta forma, o açúcar era produzido exclusivamente para atender ao mercado europeu, sendo o único produto na colônia voltado a esse fim. Isso não quer dizer que nada mais era produzido nos engenhos brasileiros. Havia o cultivo em pequena escala de gêneros alimentícios voltados à subsistência dos habitantes do engenho: mandioca, feijão, milho etc.

 

Dica 2: Não se pode falar no Brasil em Ciclo do Açúcar, principalmente a partir do século XVII, quando os lucros com o açúcar aumentaram e os canaviais se expandiram, ocupando áreas de pasto e hortas de subsistência, estimulando o surgimento de fazendas ligadas à produção de gêneros voltados ao mercado interno, como gado, algodão e tabaco. Em alguns momentos, esses produtos alcançaram grande valor no mercado externo, sendo também voltados à exportação, como foi o caso do tabaco. Mas isso ocorreu a partir da segunda metade do século XVII, em um momento no qual o açúcar brasileiro entrava em decadência.

3) Parceria holandesa: a crise lusitana no comércio de especiarias orientais afetava não somente a capacidade financeira da burguesia portuguesa, mas também da Coroa, que sofria com uma queda brusca na arrecadação de impostos. Faltavam recursos para a montagem da estrutura necessária à colonização do Brasil.

Foi então que a burguesia portuguesa recorreu a empréstimos contraídos junto a bancos holandeses para a compra dos engenhos de açúcar, das mudas de cana e dos escravos africanos. Os holandeses também compravam em Portugal o açúcar brasileiro para revendê-lo no mercado europeu.

4) Mão de obra escrava africana: a colonização iniciada em 1530 mudou a relação entre portugueses e índios. A relação amistosa baseada no escambo cedeu lugar às guerras de ocupação e escravização promovidas pelos portugueses. A superioridade bélica portuguesa se sustentava no uso de  armas de fogo, desconhecidas pelos índios. Mesmo vencendo as guerras, os portugueses tinham dificuldade de submeter os índios ao trabalho escravo.

Mesmo quando o faziam, não obtinham grande produtividade em função da grande distância cultural. Os índios, em sua economia de subsistência, não se adequavam, mesmo sob castigos físicos, ao trabalho compulsório voltado para o acúmulo de excedentes e ao lucro. Outro importante obstáculo à escravidão indígena foi o genocídio provocado pela transmissão de doenças oriundas da Europa.

Diante destas dificuldades, a Coroa portuguesa preferiu o uso da mão de obra escrava africana. Isto se deveu a três motivos principais. O comércio de escravos africanos já era uma atividade praticada pelos portugueses desde a metade do século XV, gerando lucros à burguesia portuguesa e impostos à Coroa, o que não era possível no Brasil através da captura de índios, atividade que barateava a produção aos colonos, mas não beneficiava a metrópole.

Além disso, a escravidão já era uma prática recorrente entre vários povos africanos, mesmo não sendo marcada pela imposição de um ritmo de trabalho tão intenso quanto aquele a ser praticado no Brasil. Por fim, acrescenta-se a experiência das tribos africanas com a prática agrícola, fundamento econômico da sua organização social, o que não alcançava a mesma importância nas tribos indígenas do Brasil.

 

Dica 3: As guerras tribais africanas resultavam costumeiramente na prática da escravidão. Contudo, não havia entre os povos africanos a mesma segregação praticada no Brasil e no resto da América. Os elementos da tribo derrotada eram submetidos à tradição da tribo vencedora, compartilhando com a mesma dos seus símbolos e rituais, assim como do seu trabalho.
A chegada dos portugueses à África no século XV impôs à escravidão africana uma lógica capitalista. A captura de escravos deixou de ser uma conseqüência exclusiva das guerras tribais. Foi então que surgiram os "pombeiros", grupos de homens encarregados de capturar africanos – alguns da mesma tribo, inclusive – para vendê-los às feitorias portuguesas. Os pombeiros contribuíram para a desintegração de várias tribos, facilitando a comercialização de escravos em larga escala, promovendo uma diáspora africana.

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Figura 3: "Mercado da Rua Valongo", desenho do pintor Jean-Baptiste Debret publicado em sua obra "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", de 1834.

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

 

Para concluir sua revisão sobre o início da colonização do Brasil e a economia açucareira, assista a um trecho do filme Amistad, que retrata a prática da escravidão entre os povos africanos, ressaltando o papel dos "pombeiros": https://www.youtube.com/watch?v=rRebrV3z1kw

 

Agora chegou a hora de testar seus conhecimentos. Vamos ver como esse conteúdo é abordado em questões de vestibular e do Enem!

 

EXERCÍCIOS

 

Questão 1 (UFSC 2011)

 A produção e a comercialização do açúcar foi uma das principais bases econômicas da colonização portuguesa no Brasil. Sobre este tema, é CORRETO afirmar que:

01. o interesse dos portugueses em produzir açúcar no Brasil estava relacionado aos conhecimentos que estes acumularam por várias décadas com o cultivo da cana e a fabricação de açúcar nas ilhas atlânticas sob seu domínio.

02. as tentativas de ocupação francesa e depois holandesa, no Brasil, ocorreram, em primeiro lugar, em função das descobertas de minas de ouro no interior e, em segundo, devido à produção de açúcar no litoral.

04. a organização social das áreas canavieiras do Brasil gerou uma sociedade escravista em torno do complexo "casa grande e senzala". Dessa forma, ao contrário da Europa, o Brasil não conheceu uma sociedade aristocrática.

08. a política mercantilista propunha a independência e a emancipação das colônias, o que causou profunda crise no sistema colonial português.

16. a grande quantidade de açúcar produzido no Brasil no período colonial tornava este produto pouco competitivo no mercado internacional, razão pela qual foi substituído pelo café como principal produto de exportação.

32. para desenvolver a economia açucareira, Portugal precisou recorrer a banqueiros e mercadores holandeses, os quais financiavam a instalação de engenhos, a aquisição de escravos, o transporte e a distribuição do produto na Europa.

 

Resposta: o somatório é 33 (01 + 32).

 

Questão 2 (ENEM 2011)

O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.

 

CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

 

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de:

 

a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso

b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.

c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente

d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.

e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

 

Resposta: a alternativa correta é a letra "a".

 

Questão 3

Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer a todos os reinos e províncias da Europa, o tabaco o tem feito muito afamado em todas as quatro partes do mundo, em as quais hoje tanto se deseja e com tantas diligências e por qualquer via se procura. Há pouco mais de cem anos que esta folha se começou a plantar e beneficiar na Bahia […] e, desta sorte, uma folha antes desprezada e quase desconhecida tem dado e dá atualmente grandes cabedais aos moradores do Brasil e incríveis emolumentos aos Erários dos príncipes. ´

André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. São Paulo: EDUSP, 2007. Adaptado.

 

O texto acima, escrito por um padre italiano em 1711, revela que

 

a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar

b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do que ocorria com outros produtos, era direcionado à metrópole.

c) não se pode exagerar quanto à lucratividade propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do tabaco, desde seu início, era maior.

d) os europeus, naquele ano, já conheciam plenamente o potencial econômico de suas colônias americanas.

e) a economia colonial foi marcada pela simultaneidade de produtos, cuja lucratividade se relacionava com sua inserção em mercados internacionais.

 

Resposta: a alternativa correta é a letra "e".

 

Questão 4 (ENEM 2015)

Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destruição.

Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas também como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns.

SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.).Mostra do redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.

De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos colonizadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o(a)

a) suporte artístico.

b) nível tecnológico.

c) base antropológica.

d) concepção estética.

e) referencial temático.

 

Resposta: a alternativa correta é a letra "C".

 

O texto desta aula foi preparado pelo professor Felipe Carlos de Oliveira para o Blog do Enem. Felipe é formado em licenciatura e bacharelado em História pela UFSC, especializado em Interdisciplinaridade pelo IBPEX e mestre em História pela UFSC. É professor de colégios e cursinhos da Grande Florianópolis desde 2001.

 

 

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A intertextualidade e a literatura – Literatura Enem

Posted: 21 Mar 2016 09:26 AM PDT

Literatura Enem: A intertextualidade é o diálogo entre dois textos, verbais ou não verbais. Isso quer dizer que nenhum texto origina-se do nada, ele sempre traz referência daquilo que já foi produzido.

Para aprender mais sobre intertextualidade e literatura, fique ligado(a) nesse post que, sem dúvida, irá te ajudar muito na hora de interpretar obras literárias e textos de diversos gêneros, no Enem ou no vestibular!

 

 

 

Canção do Exílio (Gonçalves Dias)

 

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

 

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

 

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

 

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar — sozinho, à noite —

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

 

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

 

Você já conhece o texto acima, certo? É a conhecidíssima Canção do exílio, escrita pelo poeta Gonçalves Dias no século XIX. Analisando o texto e a imagem que o segue, você não tem a impressão de que eles "conversam"? Pois então! Se temos dois textos e, entre eles, ocorre, claramente, intertextualidade, dizemos que se trata do recurso de uma maneira mais restrita. A Canção do exílio foi escrita no primeiro momento do romantismo brasileiro, quando o nacionalismo tinha grande destaque, devido ao momento em que o Brasil se rompia como colônia portuguesa. A partir de então, muitos outros escritores fizeram novos intertextos. Observe:

 

"Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,

Cantar o sabiá!" (Casimiro de Abreu)

 

"Minha terra tem palmares

Onde gorjeia o mar" (Oswald de Andrade)

 

"Minha terra não tem palmeiras…" (Mário Quintana)

 

"Um sabiá

Na palmeira, longe." (Carlos Drummond de Andrade)

 

"Minha terra tem Palmeiras,

Corinthians e outros times" (Eduardo Alves da Costa)

 

Quando os textos fazem relação com outros textos, ou seja, quando ocorre a intertextualidade, o autor tem como objetivo a crítica, a reflexão ou, até mesmo, a releitura desses textos. O uso de outros textos no momento da produção de outro, funciona como uma reconstrução da busca dos sentidos daquele determinado tema, já que os textos se complementam, sendo que um tem a função de "clarear" o outro.

A intertextualidade não se dá à toa, mas sim através de um trabalho bastante específico: a leitura. Quanto mais experiente for o leitor, ou seja, quanto maior a bagagem literária daquela pessoa, que não só leu muitas coisas, mas que também as leu muito bem, ele terá mais possibilidades de entender antigas e futuras leituras, produzindo, até mesmo, seu próprio caminho, com textos excelentes.

Dessa maneira, quanto mais você lê, melhor e mais proveitoso será seu processo de leitura. Evidentemente, suas produções textuais terão maior aprimoramento conforme você incorpora essas leituras em seus textos, fazendo ligações, referências e esclarecimentos a partir de outras produções que estão presentes na sua bagagem literária!

O conceito de intertextualidade é muito fácil de entender! O que você precisa levar em conta é o quanto é importante fazer leituras de diversos gêneros e assuntos, para que seus textos, e, claro, sua compreensão textual, no Enem e no Vestibular, farão com que sua nota suba nas alturas!

 

Selecionei um vídeo muito interessante, da professora Denise Sodré, de Acerte os ponteiros com o Enem, em que ela fala do "passeio" de um texto dentro de um outro texto. Ela também vai te mostrar questões que já foram vistas nas provas do Enem, comentá-las e esclarecê-las: https://www.youtube.com/watch?v=XJD1TubVLco.

 

Agora que você entendeu a importância de intertextualidade, seguem algumas sugestões de temas para você praticar a produção textual e ficar por dentro da literatura brasileira: a religiosidade no Barroco brasileiro (poesia, artes plásticas, arquitetura); tensão entre religiosidade e sensualidade no Barroco brasileiro (poesia, artes plásticas); o bucolismo e os valores clássicos no Arcadismo brasileira (poesia, pintura).

 

O texto foi escrito pela professora Analice, formada em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp. Atualmente é mestranda em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, professora de português na rede particular de ensino da grande Florianópolis e colaboradora do Blog do Enem. Facebook: http://www.facebook.com/analice.andrade

 

 

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