O estilo é a parte da gramática que trata das estratégias artísticas/criativas usadas na língua (principalmente as figuras de linguagem), também conhecido como estilística. Esses recursos muitas vezes têm o objetivo de sugerir, provocar, embelezar a forma e/ou o conteúdo do texto, ou seja, provocar efeitos expressivos.
Na prova do Enem sempre encontramos alguma questão que trata sobre as figuras de linguagem. Atualmente temos mais de 50 dessas figuras de linguagem. Hoje você vai aprender algumas delas como o pleonasmo, hipérbole, prosopopeia/personificação, perífrase, antítese, metáfora, ironia, eufemismo, metonímia, catacrese, anáfora, assonância, aliteração, paranomásia e onomatopeia.
Uma dica: Ah, professora nunca encontrei esse termos "figura de linguagem" nas provas! Calma! Ás vezes esses termos podem vir grafados nas provas como "linguagem figurada", ou "simbólica", ou "figurativa", ou "conotativa" ou "recurso estilístico ou expressivo". Vamos lá!
Nas figuras de linguagem, as palavras passam a assumir sentidos ampliados, diversos, consoante o contexto. Podem ser classificadas como:
Pleonasmo – Consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem. Ex.: "E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes)
Hipérbole – Trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática. Ex.: Não vejo você há séculos. (Em vez de há muito tempo).
Prosopopeia/personificação – Consiste em atribuir a seres inanimados predicados que são próprios dos seres animados. Como por exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
Perífrase – Consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade. Ex.: O cavaleiro da triste figura (Em vez de Dom Quixote.)
Antítese – Consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido. Ex.: "Os jardins têm vida e morte…" (Cecília Meireles)
Metáfora – Consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido. Ex.: "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa).
Ironia – É a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, com efeito crítico ou humorístico. Ex.: "Confesso que Marianinha foi para mim um daqueles amores únicos, dos quais não temos mais que cinco ou seis em toda a vida". (José Roberto Torero)
Eufemismo – Essa figura é usada para substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável. Ex.: Vossa Excelência está faltando com a verdade, uma vez que ficou comprovado que na sua gestão houve desvio de dinheiro público. (Faltando com a verdade no lugar de está mentindo; desvio de dinheiro público no lugar de roubo.)
Metonímia – Nessa figura há uma transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa, vai significar outra nesse contexto. A metonímia vai fazer essa mudança de significado seguindo uma lógica:parte pelo todo, autor pela obra, efeito pela causa, continente pelo conteúdo, o instrumento pela pessoa que o utiliza, concreto pelo abstrato, etc.). Ex.: Pão para quem tem fome. (pão no lugar de alimento)/ Nas horas de folga escutava Mozart. (Mozart no lugar de a música de Mozart.)
Catacrese – Ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado. Ex.: O pé da mesa estava quebrado.
Anáfora – Consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases. Ex.: "Amor é um fogo que arde sem se ver;/ Éferida que dói e não se sente;/ É um sentimento descontente;/ É dor que desatina sem doer."
Assonância – Consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos. Ex.: "O que o vago e incógnito desejo / de ser eu mesmode meu ser me deu." (Fernando Pessoa).
Aliteração – É a repetição ordenada de mesmos sons consonantais. Ex.: "Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando…" (Guimarães Rosa)
Paranomásia – Essa figura de linguagem vai significar na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos. Ex.: " Conhecer as manhas e as manhãs / O sabor das massas e das maçãs" (Almir Sater e Renato Teixeira)
Onomatopeia – Consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. Ao contrário das figuras anteriores, a onomatopeia procura imitar ruídos e não apenas sugeri-los. Ex.: Chega de blá-blá-blá.
Para gravar um pouco mais sobre cada figura de linguagem, confira a videoaula da professora Letícia Góes, do Curso Online Gratuito:
Veja também esse clipe sertanejo sobre as figuras de linguagem "Figuras de Linguagem do Amor (Macete para Vestibular)", produzido pela UCDB Oficial:
Vamos praticar?
1 – (ENEM 2009)
Metáfora Gilberto Gil
Uma lata existe para conter algo, Mas quando o poeta diz: "Lata" Pode estar querendo dizer o incontível Uma meta existe para ser um alvo, Mas quando o poeta diz: "Meta" Pode estar querendo dizer o inatingível Por isso não se meta a exigir do poeta Que determine o conteúdo em sua lata Na lata do poeta tudonada cabe, Pois ao poeta cabe fazer Com que na lata venha caber O incabível Deixe a meta do poeta não discuta, Deixe a sua meta fora da disputa Meta dentro e fora, lata absoluta Deixe-a simplesmente metáfora.
A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação subjetiva, pela semelhança ou analogia entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura. O trecho em que se identifica a metáfora é:
(A) "Uma lata existe para conter algo". (B) "Mas quando o poeta diz: 'Lata'". (C) "Uma meta existe para ser um alvo". (D) "Por isso não se meta a exigir do poeta". (E) "Que determine o conteúdo em sua lata".
2 – (ENEM 2014)
O negócio
Grande sorriso do canino de ouro, o velho Abílio propõe às donas que se abasteçam de pão e banana:
– Como é o negócio?
De cada três dá certo com uma. Ela sorri, não responde ou é uma promessa a recusa:
– Deus me livre, não! Hoje não…
Abílio interpelou a velha:
– Como é o negócio?
Ela concordou e, o que foi melhor, a filha também aceitou o trato. Com a dona Julietinha foi assim. Ele se chegou:
– Como é o negócio?
Ela sorriu, olhinho baixo. Abílio espreitou o cometa partir. Manhã cedinho saltou a cerca. Sinal combinado, duas batidas na porta da cozinha. A dona saiu para o quintal, cuidadosa de não acordar os filhos. Ele trazia a capa da viagem, estendida na grama orvalhada.
O vizinho espionou os dois, aprendeu o sinal. Decidiu imitar a proeza. No crepúsculo, pum-pum, duas pancadas fortes na porta. O marido em viagem, mas não era de dia do Abílio. Desconfiada, a moça chegou à janela e o vizinho repetiu:
– Como é o negócio?
Diante da recusa, ele ameaçou:
– Então você quer o velho e não quer o moço? Olhe que eu conto!
(TREVISAN, D. Mistérios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979 (fragmento)).
Quanto à abordagem do tema e aos recursos expressivos, essa crônica tem um caráter
(A) filosófico, pois reflete sobre as mazelas sofridas pelos vizinhos.
(B) lírico, pois relata com nostalgia o relacionamento da vizinhança.
(C) irônico, pois apresenta com malícia a convivência entre vizinhos.
(D) crítico, pois deprecia o que acontece nas relações de vizinhança.
(E) didático, pois expõe uma conduta ser evitada na relação entre vizinhos.
3 – (ENEM-2004)
Cidade grande
Que beleza, Montes Claros. Como cresceu Montes Claros. Quanta indústria em Montes Claros. Montes Claros cresceu tanto, ficou urbe tão notória, prima-rica do Rio de Janeiro, que já tem cinco favelas por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)
Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a
a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem. b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos. c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica. d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo. e) prosopopéia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.
GABARITO:
1 – Alternativa E. A metáfora, tal como se afirma no conceito apresentado na raiz da questão, é uma figura de linguagem que consiste em empregar uma palavra fora do seu sentido literal (denotativo), demonstrando semelhança ou analogia entre elementos. A comparação, nesse caso, é mental e subjetiva, tal como no poema de Gilberto Gil. Com exceção da alternativa correta, todas as demais empregam as palavras em seu sentido literal.
2 – Alternativa C. O fragmento utilizado pela banca é construído com base na ironia, o que se observa por meio da frase recorrente "Como é o negócio?".
3 – Alternativa C. Em uma primeira leitura, temos a impressão de que o poeta faz elogios ao progresso da cidade mineira de Montes Claros. Contudo, observando certos elementos presentes no texto, é possível verificar que Drummond usou como principal figura de linguagem a ironia, sobretudo quando sinaliza que a riqueza e o progresso de Montes Claros indicam a expansão da miséria e da degradação social, situação encontrada nas favelas cariocas. Dessa forma, nota-se que o elogio é, na verdade, uma nítida crítica construída por meio da ironia.
Curso Enem Gratuito
Quer aumentar suas chances no próximo Exame Nacional do Ensino Médio e mandar bem nas Notas de Corte do Enem? Estude com as apostilas e aulas gratuitas do Curso Enem Online. Todas as matérias do Exame e ainda as Dicas de Redação. Acesse aqui o Curso Enem Gratuito Online.
Acesse aqui os Aulões do Blog do Enem! São videoaulas gratuitas e completas com os conteúdos mais relevantes para o Exame Nacional do Ensino Médio.
Dica 3: Veja aqui todo o conteúdo do Curso Enem Gratuito: http://blogdoenem.com.br/apostilas-enem/. É gratuito, aproveite para revisar todo o conteúdo do Enem com as nossas apostilas!
Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Su, com base em manuais gramaticais. A maioria dos exemplos são do Livro "A Gramática para Concursos Públicos", do professor Fernando Pestana. A professora é Licenciada Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
Se o teu sonho é entrar no curso de graduação em Medicina você já sabe que não é moleza. As Notas de Corte do Enem explodem no Sisu. Na edição de 2016 chegaram até 889,97 pontos para passar. Mas, pelas cotas, deu para entrar com 686,80 pontos. Só entrou fera! Confira a lista completa das Notas de Corte Sisu 2016 para Medicina e calcule suas chances de entrar nesse curso.
Para quem sonha com o curso de graduação em Medicina entrar na universidade é o primeiro obstáculo. Salvar vidas, entender os segredos do corpo humano e viver quase sem riscos financeiros são algumas das possibilidades de futuro de quem escolhe esta profissão. Veja as notas de corte do Enem para Medicina, na edição do Sisu 2016.
Mas você já sabe, né? O vestibular unificado das univesidades pública é o Sistema de Seleção Unificado, o Sisu. E você passa ou ‘roda’ pela Nota do Enem. Não tem moleza. Na disputa pelas vagas das universidades de todo o Brasil as Notas de Corte Sisu 2016 para o curso de graduação em Medicina passaram fácil, fácil dos 800 pontos. Mesmo nas cotas, foi puxado. Não deu para entrar com menos de 686,8 pontos. Confira:
Veja o Top 5 das universidades com as maiores Notas de Corte Sisu 2016 para Medicina:
1º UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia): 889,97 pontos, para a disputa de Ampla Concorrência e lotação no campus de Barreiras.
2º UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte): 881,4 pontos, para a disputa de Ampla Concorrência e lotação no campus de Caicó.
3º UFPA (Universidade Federal do Pará): 872,4 pontos, para a disputa de Ampla Concorrência e lotação no campus de Belém.
4º UNB (Universidade de Brasília): 832,31 pontos, para a disputa de Ampla Concorrência e lotação no campus de Brasília.
5º UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro): 824,74 pontos, para a disputa de Ampla Concorrência e lotação no campus do Rio de Janeiro. Confira abaixo a tabela completa com as notas de corte do Enem para o curso de graduação em Medicina, edição Sisu 2016.
Mercado de Trabalho para Medicina:
Veja as caracteristicas da profissão e do mercado de trabalho para quem se forma no curso de graduação em Medicina: Quer saber um pouco mais sobre o curso de graduação e as possibilidades de trabalho e salário da Medicina? Então dá uma olhada no post que preparamos com tudo o que você precisa saber sobre o curso de Medicina:
A menor Nota de Corte Sisu 2016 para Medicina: 686,8 pontos
Mas não se desespere se não alcançou uma nota tão alta no Enem! Algumas Notas de Corte Sisu 2016 para Medicina em outras modalidades de concorrência (cotas raciais, de escola pública com renda livre e de até 1,5 salário mínimo) também permitiram que alunos ingressassem nas instituições de ensino do tão sonhado curso.
Na Universidade Estadual do Ceará (UECE) foi mais tranquilo ingressar no curso de graduação em Medicina, com 686,8 pontos, para a disputa de Escola Pública com renda de até 1,5 salário mínimo, no campus de Fortaleza. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) obteve a segunda das menores Notas de Corte Sisu 2016 para Medicina, com 691,28 pontos, para a disputa de Escola Pública com renda de até 1,5 salário mínimo, no campus de Vitória da Conquista.
E para entrar em Medicina na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, a nota de corte Sisu 2016 foi de 693,86 pontos, para a disputa de Escola Pública com renda livre, no campus de Cajazeiras. Nas cotas o sistema funciona como na Ampla Concorrência e no Vestibular: quem tem as maiores notas, leva a vaga.
A linguagem vai muito além do que imaginamos sobre ela. A nossa comunicação apresenta determinadas funções dentro do processo comunicativo que dependem de muitos fatores, como o contexto empregado, a pessoa que fala, sobre o que se fala e como se fala.
São seis funções da linguagem existentes e elas vão tratar sobre os seis elementos da comunicação, que são:
1) Emissor (remetente, transmissor, 1a pessoa do discurso, locutor, falante etc.): aquele que envia uma mensagem. 2) Receptor (destinatário, recebedor, 2a pessoa do discurso, interlocutor, ouvinte etc.): aquele que recebe uma mensagem. 3) Mensagem: aquilo que é transmitido pelo emissor. 4) Código: signos (palavras/imagens) compartilhados pelo emissor e pelo receptor. 5) Referente (contexto): é o assunto da mensagem. 6) Canal (contato): é o meio, o veículo transportador da mensagem.
Sem esses elementos não tem como haver comunicação. Com essa dependência, para cada elemento da comunicação, vai haver uma função da linguagem. São elas:
1) Função Emotiva (Expressiva): o "eu" do texto é o centro da mensagem, na qual ele destaca seus próprios sentimentos, expressa suas emoções, impressões, atitudes, expectativas etc. É a linguagem das músicas românticas, dos poemas líricos e afins.
Exemplo: "Eu não tinha este rosto de hoje / assim calmo, assim triste, assim magro (…)" (Cecília Meireles)
2) Função Conativa (Apelativa): nessa função o receptor é o centro da mensagem, na qual ele é estimulado, provocado, seduzido, amparado etc.. No Enem essa linguagem costuma vir representada nas músicas e dos poemas românticos, das propagandas e afins.
Exemplo: "Mel, tua boca tem o mel / E melhor sabor não há / Que loucura te beijar (…)" (Belo)
3) Função Poética: a mensagem por si é posta em relevo; mais do que seu conteúdo, o destaque dela se encontra na forma como ela é construída e criativa. Essa função usa vários recursos gramaticais: figuras de linguagem, conotação e polissemia, por exemplo. É a linguagem dos poemas e prosas poéticas (literária) e da publicidade criativa.
Exemplo: Amar: / Fechei os olhos para não te ver / e a minha boca para não dizer… / E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, / e da minha boca fechada nasceram sussurros / e palavras mudas que te dediquei… / O amor é quando a gente mora um no outro. (Mário Quintana)
4) Na Função Metalinguística, o código usado para estabelecer comunicação é o centro da mensagem, ele explica a si mesmo. Essa função terá o propósito de esclarecer, refletir, discutir num ato de comunicação em que se usa a linguagem para falar sobre ela própria. É a linguagem das bulas de remédios, dos dicionários, etc.
Exemplos: "Samba, / Eterno delírio do compositor / Que nasce da alma, sem pele, sem cor (…)" (Fundo de Quintal)
5) Função Referencial (Informativa/Denotativa): nessa função o referente será o centro da mensagem. É marcada pela impessoalidade, precisão, frases declarativas etc. Essa função é predominantemente em textos jornalísticos, científicos e didáticos.
Exemplo: "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou o governo com avaliação recorde de 87% para seu desempenho pessoal, conforme pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Instituto Sensus divulgada nesta quarta-feira. Em setembro deste ano, essa percepção era de 80,7%." (Site de notícias)
6) Função Fática: é a função na qual o canal (contato) é o centro da mensagem. Estabelece a conversa entre o emissor e o receptor (saudações, cumprimentos etc.). É caracterizada por algumas marcas linguísticas: "Bom dia/tarde/noite", "Oi", "Olá", "Fala…", "Sei…", "Fui", "Valeu", "Tchau" entre outras.
Quer saber mais sobre os elementos da comunicação e as funções da linguagem? Dá uma olhadinha nessa videoaula escolhida a dedo pra você. Ela foi feita pelo professor Fábio Dávilla, do Aulalivre.net:
Vamos praticar?
1 – (ENEM – Vestibular – 2012)
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função de linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois:
a) O discurso do enunciador tem como foco o próprio código; b) A atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito; c) O interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem; d) O referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais; e) O enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
2. (ENEM – Vestibular – 2011)
Pequeno concerto que virou canção Não, não há por que mentir ou esconder A dor que foi maior do que é capaz meu coração Não, nem há por que seguir cantando só para explicar Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar Ah, eu vou voltar pra mim Seguir sozinho assim Até me consumir ou consumir toda essa dor Até sentir de novo o coração capaz de amor
VANDRÉ, G. Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 29 jun. 2011.
Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor:
a) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos; b) transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção; c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certocomportamento; d) procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção; e) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada.
3. (ENEM – Vestibular – 2010) Predomina no texto a função da linguagem:
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia; b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação; c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem; d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor; e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.
4. (ENEM – 2006)
Aula de Português
A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a priminha. O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.
Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em
a) situações formais e informais. b) diferentes regiões dos pais. c) escolas literárias distintas. d) textos técnicos e poéticos. e) diferentes épocas.
Gabarito:
1 – Alternativa B. É possível observar que a atitude do enunciador sobrepõe-se àquilo que está sendo dito, com predominância da função emotiva da linguagem, já que a mensagem está voltada para aspectos subjetivos do enunciador. 2 – Alternativa A. A alternativa que corretamente explica a presença também marcante da função de linguagem denominada emotiva ou expressiva é a que se refere ao tom pessoal e intimista do qual o eu-lírico faz uso ao expressar seus sentimentos e atitudes. 3 – Alternativa E. Observa-se que a mensagem do texto está centrada em seu referente e este é exterior à linguagem e ao processo de comunicação. Ou seja, o texto trata de noções e informações conceituais. A função de linguagem que predomina nesse caso é a referencial. 4 – Alternativa A.
Curso Enem Gratuito
Quer aumentar suas chances no próximo Exame Nacional do Ensino Médio e mandar bem nas Notas de Corte do Enem? Estude com as apostilas e aulas gratuitas do Curso Enem Online. Todas as matérias do Exame e ainda as Dicas de Redação. Acesse aqui o Curso Enem Gratuito Online.
Acesse aqui os Aulões do Blog do Enem! São videoaulas gratuitas e completas com os conteúdos mais relevantes para o Exame Nacional do Ensino Médio.
Dica 3: Veja aqui todo o conteúdo do Curso Enem Gratuito: http://blogdoenem.com.br/apostilas-enem/. É gratuito, aproveite para revisar todo o conteúdo do Enem com as nossas apostilas!
Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Su, com base em manuais gramaticais. A maioria dos exemplos são do Livro "A Gramática para Concursos Públicos", do professor Fernando Pestana. A professora é Licenciada Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
0 comentários:
Postar um comentário