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- Fenômenos Ondulatórios – Aula de revisão para Física Enem
- Termoquímica – Aula de revisão para Química Enem
- Cultura, Ideologia e Indústria Cultural – Aula de Sociologia Enem
- Biologia Enem – Revise os tipos de tecido conjuntivo (aula 1)
Fenômenos Ondulatórios – Aula de revisão para Física Enem Posted: 03 Oct 2014 05:51 PM PDT Fenômenos Ondulatórios Assim como Newton formulou as leis da Mecânica, Christiaan Huyghens (1629 – 1695) formulou as leis da Mecânica Ondulatória. Na Física Moderna, as leis da Mecânica das Partículas e da Mecânica Ondulatória estão sempre presentes; onde alguns fenômenos são explicados apenas pela Mecânica das Partículas, e outros apenas pela Mecânica Ondulatória, enquanto ainda outros, comuns na Física Nuclear, são explicados por ambas as Mecânicas. Reflexão A reflexão de uma onda ocorre quando a onda encontra um obstáculo em seu trajeto. Como a velocidade de uma onda é determinada apenas pelo meio em que se propaga, a onda refletida terá a mesma velocidade da onda incidente. Além disso, o ângulo de incidência deve ser igual ao ângulo de reflexão. Refração A refração ocorre quando uma onda passa a fronteira de separação de dois meios, ocorrendo dessa forma a mudança de velocidade da onda, e podendo ou não ocorrer mudança da direção da propagação. Além disso a refração obedece a lei de Snell: Sabendo que o índice de refração n de um meio pode ser escrito como a razão entre a velocidade da onda no vácuo pela velocidade da onda no meio, temo que: Como v = λ.f, temos: Difração A difração ocorre quando uma onda encontra uma fenda ou um obstáculo. As ondas têm a propriedade de contornar os obstáculos e fendas. Na difração, a energia não se distribui igualmente em todas as direções. Quanto menor o comprimento de onda em relação ao tamanho da fenda ou obstáculo (d), menor será a capacidade da onda de contorná-los. Interferência De fato, duas ondas nunca se interferem, o que ocorre é uma superposição. O nome interferência permanece por questões históricas. A superposição pode ocorrer de forma a que duas ondas se somem, tornando assim uma interferência construtiva, ou então se anularem, tornando assim uma interferência destrutiva. Para descobrirmos qual o tipo de interferência que ocorre, devemos calcular a diferença de caminho óptico, ou diferença de percurso entre duas ondas. Considerando duas fontes de onda, F1 e F2, a uma distância x1 e x2 de um ponto P, a diferença de percurso será: Na interferência construtiva, as ondas ao atingirem o ponto P, estão em coerência de fase, ou seja, suas frentes de onda chegam juntas ao ponto P, com crista junto de crista, e vale junto de vale. Desta forma, a diferença de percurso pode ser calculado como a distância entre os pontos de fase, que neste caso será um número inteiro n de um comprimento de onda: Além disso, a amplitude resultante será a soma das amplitudes, ou seja, A = A1 + A2 Na interferência destrutiva, as ondas ao atingirem o ponto P, estão em oposição de fase, ou seja, suas frentes de onda chegam no ponto P com crista junto com vale. Desta forma, a diferença de percurso será a distância entre pontos que oscilam em oposição de fase, que neste caso será múltiplos de meio comprimento de onda: Além disso, a amplitude resultante será o módulo da diferença das amplitudes, ou seja, A = | A1 + A2 | Saiba mais sobre Fenômenos Ondulatórios nesta aula do canal Pré-Enem Abril Educação, disponível no Youtube. Após assistir, revise o que você aprendeu respondendo aos nossos desafios! Desafios Questão 01 (FATEC-SP) A figura representa as cristas de uma onda propagando-se na superfície da água em direção a uma barreira. É correto afirmar que, após a reflexão na barreira, a) a freqüência das ondas aumenta b) a velocidade da onda diminui c) o comprimento da onda aumenta d) o ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência e) o ângulo de reflexão é menor que o ângulo de incidência Dica 1 – Revise tudo sobre Ondas em mais esta aula de Física Enem. O Exame Nacional do Ensino Médio está chegando, estude com a gente! – http://blogdoenem.com.br/ondas-fisica-enem/Questão 02 (Unirio-RJ) Um vibrador produz ondas planas na superfície de um líquido com freqüência f=10 Hz e comprimento de onda λ = 28 cm. Ao passarem do meio I para o meio II, como mostra a figura, foi verificado uma mudança na direção de propagação das ondas. Dados: No meio II os valores da frequência e do comprimento de onda serão, respectivamente, iguais a: a) 10 Hz; 14 cm. b) 10 Hz; 20 cm. c) 10 Hz; 25 cm. d) 15 Hz; 14 cm. e) 15 Hz; 25 cm. Dica 2 – Relembre tudo sobre Lentes esféricas: Olho humano em mais esta aula preparatória para a prova de Física Enem. Estude com a gente! – http://blogdoenem.com.br/lentes-esfericas-olho-humano-fisica-enem/Questão 03 (Unifor-CE) Os esquemas a seguir são normalmente usados para representar a propagação de ondas na superfície da água em uma cuba de ondas. O esquema que representa a difração de ondas é o:
Dica 3 – Estude sobre as principais características das Lentes Esféricas em mais esta aula de revisão para a prova de Física Enem – http://blogdoenem.com.br/lentes-esfericas-fisica-enem/Questão 04 (Unifei-MG) Duas fontes S1 e S2 de ondas iguais estão em oposição de fase. A distância x1=S1P é menor do que a distância x2 = S2P. O comprimento de onda das ondas é 5,0 cm e x2=75 cm. Para que o ponto P sofra interferência construtiva, o máximo valor possível para x1 é: a) 72,5cm b) 70,0cm c) 67,5cm d) 73,75cm e) um valor diferente Questão 05 Na figura, F1 e F2 são dois pinos que batem cadenciadamente na superfície da água, produzindo ondas que se propagam com velocidade de módulo 2,0m/s. Os pinos operam com a mesma frequência e em concordância de fase.Se no ponto P as ondas provenientes de F1 e F2 se reforçam (interferência construtiva), uma possível frequência de operação dos pinos é: a) 25Hz b) 30Hz c) 35Hz d) 40Hz e) 45Hz Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender! The post Fenômenos Ondulatórios – Aula de revisão para Física Enem appeared first on Blog do Enem. Tudo sobre Enem, Fies, Sisu, Prouni e Vestibular. | ||||||||||
Termoquímica – Aula de revisão para Química Enem Posted: 03 Oct 2014 04:50 PM PDT Termoquímica Estudo dos processos de transferência de energia que ocorrem durante as transformações químicas e algumas transformações físicas. Formas de energia
Microscópico Macroscópico Unidade de energia Joule (J) ou Calorias (Cal) 1Cal= 4,184 J Calor Fluxo de energia devido à diferença de temperatura entre dois corpos. O calor flui sempre do corpo mais quente para o mais frio. Grau de agitação molecular. Transferência de energia na forma de calor Trabalho (w) Qualquer transferência de energia diferente de calor. Ex: trabalho de expansão de um gás, trabalho elétrico, etc. Trabalho de expansão de um gás: w = P .ΔV Transformações e Conservação de Energia As transformações da energia em suas diferentes formas são muito comuns no nosso dia-a-dia. 1ª Lei da Termodinâmica: a energia total do universo deve ser conservada. Sistema: parte do universo que está sendo estudada Vizinhanças: restante do universo Sistema + Vizinhanças = universo Limite: separa o sistema e vizinhanças ΔU = q + ω A variação da energia interna de um sistema é resultado de transferência de energia na forma de calor e trabalho. Obs.:
q > 0: o calor flui para dentro do sistema q < 0: o calor flui para fora do sistema w > 0: o trabalho é realizado sobre o sistema w < 0: o trabalho é realizado pelo sistema Entalpia (H) – transferência de calor a pressão constante. Obs.: reações realizadas em sistemas abertos ocorrem a pressão praticamente constante igual à pressão atmosférica. Reações que ocorrem dentro do nosso corpo ocorrem a volume constante e pressão variável. Classificação das reações
Entalpia e mudanças de fase Nas mudanças de fase em que as moléculas ficam mais separadas, é necessário fornecer energia, logo DH > 0, são processos endotérmicos. Ex: DHvap, DHfus Nas mudanças de fase em que as moléculas ficam mais unidas, energia é liberada, logo DH < 0, são processos exotérmicos. Ex: DHsol, DHcond OBS.: DHvap = – DHcond DHfus = – DHsol etc… DHvap > DHfus Fatores que influenciam o ΔH de uma reação
H2(g) + 1/2 O2(g) → H2O(g) ΔH = -57,8 kcal/mol H2(g) + 1/2 O2(g) → H2O(l) ΔH = -68,3 kcal/mol
A quantidade de calor deve ser somada ou subtraída da entalpia da reação em obediência ao princípio de conservação de energia.
Ex.: H2(g) + Cl2(g) →2HCl(g) ΔH = -44,2 kcal/mol 2H2(g) + 2Cl2(g) → 4HCl(g) ΔH = -88,4 kcal/mol
Tipos de calor Calor sensível – provoca apenas variação de temperatura (grau de agitação molecular muda). É calculado pela equação abaixo, onde Q é o calor sensível, m a massa do corpo e ΔT é a variação de temperatura. Q = m . c .ΔT Calor latente – provoca alteração no estado físico do corpo (separação entre as moléculas). É calculado pela equação abaixo, onde Q é o calor latente, m a massa do corpo e L é o calor latente (J/g) da transformação. L depende do composto e da transformação física. Q = m . L Saiba mais sobre Termoquímica nesta aula do canal Aulalivre.net, disponível no Youtube. Após assistir, revise o que você aprendeu respondendo aos nossos desafios! Desafios Questão 1 (UFSM) A água A água é uma das mais importantes substâncias do planeta Terra, tanto para os processos vitais como para os físico-químicos. No estado líquido e sólido, cobre mais de dois terços do pleneta e, na forma gasosa, é constituinte da atmosfera. Os organismos vivos originaram-se em meio aquoso e se tornaram dependentes dele no decurso da evolução. A água é o solvente universal, pois possibilita a maioria das reações químicas. Assim, o conhecimento de suas propriedades físico-químicas é essencial para o estudo de suas funções na natureza. REICHARDT, K, TIMM, L. C. Solo, Planta e Atmosfera: conceitos, processos e aplicações. São Paulo: Ed. Manole, 2004. (adaptado) Considerando a reação abaixo: 2H2(g) + O2(g) 2H2O(g) A respeito do diagrama de entalpia: Pode-se afirmar que: a) a entalpia da H2O(l) é maior que a das substâncias simples formadoras. b) O ΔH1 é característico de uma reação endotérmica. c) o ΔH2 é característico de uma reação que libera calor. d) a reação 2 é mais endotérmica que a reação 1. e) a ΔH3 corresponde à entalpia de vaporização da água. Dica 1 – Revise tudo sobre os Principais compostos orgânicos e inorgânicos em mais esta aula preparatória para a prova de Química Enem – http://blogdoenem.com.br/principais-compostos-organicos-e-inorganicos-quimica-enem/Questão 2 A figura abaixo representa o digrama de energia da reação de combustão do etanol. I- A representa a energia de ativação; II- B representa a variação de entalpia; III- C representa a formação do produto da reação; IV- A reação é exotérmica; V- A diminuição da temperatura aumenta a velocidade da reação. Assinale a alternativa correta: a) todas as afirmativas são verdadeiras. b) somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. c) somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. d) somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras. e) somente as afirmativas III e V são verdadeiras. Dica 2 – Revise sobre a classificação e a nomenclatura dos Óxidos em mais esta aula preparatória para a prova de Química Enem – http://blogdoenem.com.br/oxidos-quimica-enemQuestão 3 Quando um estudante tirou o gelo (água no estado sólido) do freezer, resolveu medir a temperatura deste, usando um termômetro especial que mede temperaturas entre -70 ºC e 300 ºC. Na primeira medida, ele observou que a temperatura do gelo era de -7 ºC. Resolveu então colocar o gelo em um recipiente metálico e expor o mesmo ao sol. O estudante observou que a temperatura do gelo aumentou de – 7ºC a aproximadamente 0ºC e o gelo começou a derreter. A temperatura permaneceu constante até que todo o gelo derrete-se e após começou a aquecer novamente. Os tipos de calores envolvidos antes, durante e após o derretimento do gelo são: a) calor latente, calor sensível e calor latente b) calor latente, calor latente e calor sensível c) calor sensível, calor sensível e calor latente d) calor latente, calor sensível e calor sensível e) calor sensível, calor latente e calor sensível Dica 3 – O Exame Nacional do Ensino Médio está chegando! Revise tudo sobre Bases: Definição de Arrhenius em mais esta aula de Química Enem – http://blogdoenem.com.br/bases-definicao-de-arrhenius-quimica-enem/Questão 4 Levando em conta o ciclo da água na natureza, exemplificado na figura abaixo. Os processos físicos de evaporação e condensação são respectivamente processos que apresentam variação de entalpia. a) positiva e negativa. b) negativa e positiva. c) negativa e negativa. d) positiva e positiva. e) igual a zero para ambos. Questão 5 Ao se dissolver uma determinada quantidade de soda cáustica (NaOH) em água a 25ºC, observa-se uma solução cuja temperatura foi de 45ºC. A transformação descrita caracteriza um processo do tipo: a) atérmico. b) adiabático. c) isotérmico. d) exotérmico. e) endotérmico. Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender! The post Termoquímica – Aula de revisão para Química Enem appeared first on Blog do Enem. Tudo sobre Enem, Fies, Sisu, Prouni e Vestibular. | ||||||||||
Cultura, Ideologia e Indústria Cultural – Aula de Sociologia Enem Posted: 03 Oct 2014 04:07 PM PDT Cultura, ideologiae indústria cultural Caros alunos! Bem-vindos novamente a uma nova aula de sociologia. Hoje vamos trabalhar um tema que nos vai fazer lembrar bastante da nossa primeira aula sobre sociedade e processo de socialização. É legal ter trabalhado muito e conseguir voltar ao começo, como um ciclo que vai se fechando e dentro dele se incluem vários conceitos que, de uma maneira mais direta ou mais complexa, relacionam-se. Neste sentido é possível concluir que a sociologia dedica-se a uma variedade muito ampla de conceitos e temas. Todos eles formam parte da mesma área de conhecimento à medida que eles são submetidos a um método científico de tratamento, de pesquisa e necessariamente dialogam com um grande conhecimento que já foi estabelecido previamente, mas que sempre se encontra sendo avaliado. Parte importante de trabalhar os temas que estamos trabalhando nas nossas aulas é aprender que usando uma ciência social é possível estudar vários tópicos, mas também que o mesmo tema pode ser trabalhado ou estudado usando diferentes perspectivas. Hoje vamos fazer isto, nosso objeto de estudo é o conceito de cultura, que é complexo, abrangente e dificilmente poderemos defini-lo com precisão. Em consequência vamos ver que existem pensadores que entendem a cultura desde uma perspectiva muito específica, o que torna muito difícil estabelecer um diálogo com outros autores. Neste sentido também vamos ver que o conceito de cultura apresenta uma complexidade alta que obriga a atravessar as fronteiras das ciências, entendendo que as grandes definições usadas pela sociologia hoje foram formuladas pela antropologia. E isso acontece com outros temas, em que alguns conceitos são "emprestados" de uma área para outra. Mas vamos lá, começar a trabalhar para poder compreender melhor isto. Ótimo estudo! Profa. Magali Alloatti. Sobre a cultura e a história do conceito Vamos começar estabelecendo nosso ponto de partida: cultura é uma noção ampla, dificilmente consigamos definir de maneira acabada ou completa o que queremos dizer com cultura, ou seja, que construir um conceito fixo ou estrito está fora das nossas ambições. Neste sentido, a amplitude do termo faz com que continuamente apareçam autores que propõem definições diferentes às já estabelecidas, outros vão discutir com autores antigos, pelas perspectivas que eles usaram. Mas quase todos eles têm como obrigação definir, nos seus estudos, publicações ou livros, de maneira clara e concisa, o que eles querem dizer com cultura e como usarão o conceito. E isto é muito importante porque as posições ou perspectivas adotadas pelos pesquisadores, professores e intelectuais sobre a noção de cultura dependem em grande parte da corrente ou escola de pensamento. Por exemplo, dentro das ciências sociais, como sociologia, história, geografia, ou na área da filosofia, temos algumas escolas de pensamento que são muito distantes uma das outras. Neste sentido hoje vamos trabalhar usando uma dessas perspectivas, a posição marxista e pós-marxista, que vai nos ensinar um conceito bem interessante: a indústria cultural. E quando chegarmos nesse momento vai ser possível entender porque essas posições ou correntes de pensamento são tão diferentes. Dica 1 – Revise sobre Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais nesta aula preparatória para Sociologia Enem. Estude conosco para o Exame Nacional do Ensino Médio! – http://blogdoenem.com.br/direitos-cidadania-e-movimentos-sociais-sociologia-enem/Mas vamos começar pelo princípio, o que é cultura? Temos ouvido essa palavra desde pequenos, temos visto também que as pessoas atribuem muitas coisas, razões e tipos de ações ao grande conceito de cultura. Por momentos parece que todas as coisas podem ser entendidas como culturais, que qualquer diferença entre as pessoas pode ser entendida como diferença cultural. Mas quem compartilha a mesma cultura? Que tipo de coisas podem ser entendidas como diferenças culturais e que coisas não? Se se trata de duas pessoas ou dois grupos dentro da mesma sociedade e do mesmo país, por que eles têm diferenças culturais? Não deveriam pensar ou interpretar as coisas mais ou menos de forma igual? Qual é a diferença entre religião e cultura? Qual é a diferença entre moral e cultura? Estas e muitas outras perguntas são interrogantes que vão nos orientar a uma possível resposta do conceito de cultura. Em um maravilhoso livro titulado "A cultura como práxis", o sociólogo e filosofo Zigmunt Bauman se dedica à tarefa de identificar o que significa o conceito de cultura. Ou seja, que coisas podem ser definidas como cultura e que coisas não. A primeira conclusão que ele tem para nos oferecer é que o conceito de cultura é principalmente histórico. Em outras palavras aquilo que é e foi entendido como cultura tem variado no tempo, a cultura encontra-se definida pela sua natureza história, ela é um processo dinâmico, que vai mudando o tempo tudo, que incorpora coisas, experiências, linguagens, símbolos. Mas que dentro dela vão, também, se combinando, vão se convertendo em outras coisas diferentes. Então ali temos um aspecto central da noção de cultura, trata-se de um conceito necessariamente variável e polimorfo, não tem como fazer uma definição que consiga se manter no tempo, porque o seu mesmo conteúdo vai mudando. Uma segunda característica da história do conceito que estamos trabalhando foi a conotação que ele teve ao longo do tempo. Cultura foi uma grande caixa em que os primeiros antropólogos, como Franz, Boas, Freizer, entre outros, foram colocando todas as diferenças que foram encontrando nas suas viagens e pesquisas no mundo. Esses antropólogos eram pessoas de bastante dinheiro que procuravam conhecer diversas populações nos pontos distantes do mundo para tentar fundar a ciência da antropologia, como o estudo dos homens nas suas diversas maneiras de viver. Neste sentido, para grande parte da antropologia, para a história, literatura e filosofia, a cultura é o que nos diferencia dos animais e nos faz seres humanos. Em concordância com o mencionado, nos começos dessas ciências o pensamento é que a cultura se contrapõe à natureza humana. Para nós é comum ouvir a expressão de que uma pessoa culta é uma pessoa que conhece muito, que sabe muito. Mas também a cultura faz referência às maneiras de se comportar, uma pessoa deve agir de maneira "apropriada" aos critérios do que as outras pessoas têm. Progressivamente, ao longo da história e com o progresso das ciências como ciências, os cientistas começaram a perceber que existiam maneiras de pensar, falar, agir "certas e erradas" que variavam de uma sociedade para outra. Assim foi começando a surgir consciência de que existem diferentes culturas, com seus valores, critérios e conteúdos variáveis, não só no espaço geográfico, senão também no tempo. Às vezes alguns comportamentos que eram considerados errados ou respeitáveis, hoje são rejeitados pela sociedade. Dica 2 – Aproveite que as eleições estão chegando e estude sobre Política e democracia no Brasil em mais esta aula preparatória para Sociologia Enem – http://blogdoenem.com.br/politica-e-democracia-brasil-sociologia-enem/Uma terceira característica muito importante que devemos levar em conta sobre este tema é que é bem melhor falar sobre culturas, em plural, do que cultura no singular. Porque não só podemos apreciar diversas culturas em relação aos países, senão que dentro de um mesmo país, ou sociedade, é possível reconhecer diferentes culturas. Como já temos mencionado anteriormente, uma característica da nossa realidade atual é que as sociedades encontram-se conformadas por grupos sociais diversos, por estrangeiros, comunidades descendentes de imigrantes que procuram manter sua identidade, e por outros grupos sociais que buscam estabelecer outra identidade diferente às "ordinárias". Assim temos mencionado que não é possível estabelecer a cultura como um conceito fixo, não histórico, também não é uma boa ideia pretender critérios universais de cultura ou de pessoas que tenham mais ou menos cultura. Assim é melhor falar de culturas no plural, já que elas variam no espaço geográfico e no tempo. Por último, embora os países tenham uma população que compartilhe uma identidade e história comum, é possível encontrar grupos culturalmente diferentes dentro da mesma sociedade. Ainda mais, como já temos falado também, o Estado é o responsável por resolver possíveis conflitos gerados a partir de diferenças culturais dentro da sua população. Considerando as características explicadas, uma maneira interessante para abordar o conceito de cultura é retomar o antropólogo Clifford Geertz e seu livro "A interpretação das culturas". Após fazer muitas viagens e de conviver e interpretar diversos povos diferentes, Geertz tenta discutir com dogmas de pensamento estabelecidos pela antropologia e a sociologia. Ele faz uma colocação interessante, dizendo que a cultura são conjuntos de dimensões nos quais a vida do homem se divide. A cultura são maneiras de pensar, de sentir, de estabelecer um critério moral e formas de punição do certo e errado. São também maneiras de agir, formas de pensamento que procuram organizar o mundo, de gerar um conhecimento, de mantê-lo e de distribui-lo. Geertz nos ensina que não se trata de "matrimônio", por exemplo, senão de como diversas sociedades compreendem as relações entre os homens e as mulheres, assim como formas de fazê-las públicas e reconhecidas. Da mesma maneira, existem culturas que acreditam que o trabalho é bom, que outorga honra às pessoas que exercitam o trabalho, mas outras culturas já consideram o trabalho uma atividade destinada a pessoas "inferiores". Dica 3 – Relembre tudo sobre o Estado Moderno e o Poder do Estado em mais esta aula de revisão para a prova de Sociologia Enem. Estude com a gente e fique preparado! – http://blogdoenem.com.br/estado-moderno-e-o-poder-estado-sociologia-enem/O processo por meio do qual vamos adotando, incorporando, assimilando a cultura da sociedade em que vivemos é aquele processo de socialização que já estudamos previamente. Ele não só funciona como uma maneira de assimilar e incorporar conhecimentos, mas é a maneira pela qual um ser humano vai se convertendo em indivíduo, sem cultura seríamos humanos sem fala, sem critérios de bem ou mal, sem costumes, sem regras. Ou seja, a nossa cultura – que pode variar de outros grupos e sociedades – faz com que nós nos convertamos em indivíduos capazes de nos relacionar e nos entender, ainda sem falar entre nós. Pensemos em uma pessoa que espera para atravessar a rua, um carro para e faz um sinal para ela atravessar. É um exemplo de como vamos incorporando maneiras de interagir, de nos comunicar, sem nos conhecer. E vários outros exemplos podem ser mencionados em relação a isto. Falando desde outras perspectivas. Como foi mencionado também é preciso considerar que, dentro das ciências sociais, as perspectivas para analisar e definir temas de pesquisa variam segundo a corrente e as escolas. Cada uma delas difere nos supostos e pontos de partida, na maneira de conceber as coisas, na maneira pela qual vão justificar as suas concepções, e assim por diante. No caso da temática de cultura, temos uma perspectiva altamente crítica para analisar: o marxismo nas suas origens e o pós-marxismo ou Escola de Frankfurt. A segunda escola é herdeira da primeira e mantém a perspectiva crítica sobre a cultura, só que se aprofunda muito mais nas formulações teóricas sobre o seu funcionamento. No caso de Marx, a cultura teve um lugar bastante importante nos seus escritos, ele foi sem dúvida um dos grandes críticos do seu tempo e do nosso tempo. Este autor vai considerar a cultura primeiramente em termos de ideologia, o que no pensamento marxista tem uma conotação negativa. Na primeira sessão do livro "A ideologia alemã", Marx estabelece que as classes sociais mais ricas precisam manter o domínio sobre as classes sociais mais pobres que são exploradas pelas primeiras, produzindo a sua ganância. Ou seja, as classes sociais pobres, tanto a dos trabalhadores de fábrica, como a dos camponeses, são as que no sistema capitalista trabalham e vivem em condições ruins. Essa exploração por parte dos capitalistas sobre os trabalhadores garante a acumulação de dinheiro e ganância. Sendo assim, a dominação das classes pobres pelas classes altas não pode ser simplesmente física, ou seja, não é possível manter o sistema capitalista pela força, e aí entra o conceito de ideologia. Segundo Marx, a ideologia é a expressão da dominação de uma classe por outra, uma expressão simbólica daquela opressão. Mas cultura não quer dizer diretamente ideologia, portanto, não podemos confundir esses dois conceitos, já que são bem diferentes. A ideologia de uma sociedade capitalista é a dominação no âmbito cultural de uma classe (ou classes) sobre outras classes. Ou seja, a cultura é um espaço de relações sociais economicamente condicionadas. Marx chama a atenção para as relações de dominação capitalistas, já que a ideologia conquista parte do espaço cultural. Assim, aquelas produções culturais que deveriam ser livres da determinação econômica, para expressar sentimentos, experiências, formas de compreender o mundo, acabam sendo definidas pelo esquema econômico. Marx não é um autor simples, já sabemos isso, mas é preciso fazer um esforço para compreender esta crítica e poder avançar para a Escola de Frankfurt e sua contribuição à análise da cultura. No seu livro "A ideologia alemã", Marx trabalhou de maneira mais profunda os conceitos de ideologia e cultura. Ele chega, em um momento, a considerar os dois como iguais, ou seja, a ideologia é igual à cultura. Mas devemos compreender que, para Marx, a cultura envolve a religião, a política, a arte, a filosofia, ou seja, todas as produções simbólicas dos homens que expressem as suas maneiras de pensar e sentir a realidade. Nesse livro, Marx acredita que a ideologia tem conquistado completamente o âmbito cultural, e por isso ele faz aquela equivalência de cultura – ideologia. Mas lembremos de que ideologia é a expressão da dominação de várias classes sociais nas mãos de outras, no âmbito cultural. Em síntese, como bem já sabemos sobre Marx, nenhuma área da vida humana consegue ficar fora da influência das relações econômicas do modo de produção. Uma vez explicado isto é possível ir para o pensamento frankfurtiano, em que dois autores, fundadores da escola, fizeram uma das contribuições mais importantes sobre cultura. Eles são da corrente marxista e, como várias outras correntes, eles têm tomado parte do pensamento de Marx e interpretado de uma maneira especial. Aquelas relações de determinação por parte da realidade econômica sobre as outras dimensões da vida fazem parte de um tema de intenso debate dos intelectuais chamados marxistas. Alguns aceitam essa relação de maneira estrita e outros têm aceitado um grau de maior liberdade entre essas dimensões, dando força à econômica. Os autores Adorno e Horkheimer escreveram um livro de grande importância neste tema titulado "Dialética do esclarecimento", dentro do qual há um capítulo ao qual vamos nos remeter, chamado "A indústria cultural". O que quer dizer indústria cultural? Este conceito foi proposto pelos autores mencionados como uma ferramenta explicativa com a qual tentaram compreender como funciona a dimensão cultural das sociedades, em casos nos quais eles acreditavam que acabariam contribuindo para regimes de dominação. Vamos explicar um pouco melhor isto. Adorno e Horkheimer escreveram esse livro no ano 1944, sendo testemunhos do holocausto Nazi, de vários regimes autoritários da Itália, Iugoslávia, França, Alemanha, entre outros. Os níveis de terror que essas experiências históricas mostraram para estes intelectuais fizeram com que eles se perguntassem por que as pessoas de uma população ou de uma sociedade aceitavam esse tipo de coisas por parte dos governos. Assim eles começaram a pensar de maneira mais profunda as formas pelas quais a cultura entra nessa equação e funciona em favor desses regimes autoritários. É importante lembrar que para estes autores não se trata somente de como a dimensão cultural foi utilizada para trabalhar em favor de ditaduras, mas também em países democráticos, contribuindo com formas de ordenamentos políticos diferentes. Eles são por excelência grandes críticos dos Estados Unidos, pois eles veem que as pessoas estão deixando de serem indivíduos – no sentido de pessoas livres para escolher, estudar, criticar, criar – para serem principalmente consumidores. Eles deixaram para trás maneiras de agir e de construir a sua identidade e passaram a definir a sua identidade simplesmente pelo consumo de bens e produtos culturais cada vez mais restritos. Agora estamos mais perto da ideia de indústria cultural. Adorno e Horkeimer usaram esse termo para demonstrar como é possível que uma dimensão da vida humana, a cultura, tenha se convertido em uma indústria, produzindo aquilo que é necessário, determinado pelo produtor, na quantidade e do tipo necessário. Eles fazem uma analogia entre a dimensão cultural e a indústria para destacar o fato de que ela é gerenciada pelas necessidades daquele que a possui. E segundo eles, a indústria cultural se encontra a serviço dos interesses dominantes nos níveis econômicos e políticos. A cultura como conjunção de: símbolos, significados, maneiras de ser, de sentir, de compreender o mundo, de se expressar, a música, a arte, a filosofia, a estética, etc., encontra-se dominada pelos interesses mencionados. E ela funciona assim como um fator que produz legitimidade dos regimes políticos, sejam eles ditaduras ou democracias, porque tanto em um como em outro, a necessidade de legitimidade é igual. Estes autores pensam que o momento da segunda guerra mundial e a pós-guerra se encontra dominado pela irracionalidade. Eles definem o nazismo, entre outros regimes, como irracional, já que se trata de uma maneira de pensar sobre as pessoas – no caso dos judeus, das pessoas de raça negra, dos ciganos – como inferiores ao resto das pessoas. Isto não tem fundamento nenhum, ou seja, é irracional. O caso dos Estados Unidos também se encontra dominado pela irracionalidade, já que as pessoas têm esquecido todas as outras manifestações culturais fora das promovidas pelo capitalismo. Convertidos em simples consumidores, os cidadãos se conformam com os filmes mais conhecidos do cinema e com os livros mais vendidos, todos procuram comprar os mesmos carros, as mesmas roupas e sapatos. Assim, para Adorno e Horkheimer, a indústria cultural também está funcionando nos Estados Unidos, já que está funcionando somente em beneficio dos grandes capitalistas, quando, antes, a cultura tinha funcionado para denunciar o mal-estar, as opressões dos seres humanos, diferentes maneiras de pensar. Agora tudo isso está sumindo, deixando a cultura como uma caixa de ferramentas para construir legitimidade e acalmar, por meio do consumo, as populações, para elas não se preocuparem com as questões políticas, sociais, etc. Embora complexo este pensamento tem muito a contribuir, já que ele abandona a ideia de que cultura deve ser respeitada sem ser questionada, ou seja, ela deve ser analisada e interrogada, para poder identificar diferentes interesses que estejam por trás. A grande contribuição do Marx e da Escola de Frankfurt é ter nos revelado que a cultura não é alheia aos interesses econômicos e políticos. Mas não podemos cair em uma posição reducionista e pensar que é completamente determinada por eles. Deve-se entender que grande parte da complexidade das sociedades humanas faz com que todas as dimensões da vida se permeiem. Assim, o ganho da atitude crítica do marxismo e da sociologia em geral é perder o olhar ingênuo sobre as coisas, permitindo um questionamento profundo que identifique relações de dominação que funcionem em todos os âmbitos e momentos. Não é justificado pensar que consumimos somente aquilo que é determinado pela indústria cultural, porque é verdade que temos a opção de comprar coisas diferentes, de ver filmes e ler livros alternativos. Mas que também é nossa escolha se queremos consumir aquilo que é o mais consumido e publicado. O importante é que seja produto de uma escolha crítica e pessoal e não determinada somente por outras pessoas ou pela influência de propagandas e publicidades. Saiba mais sobre Indústria Cultural nesta aula do canal Historia Banguela, disponível no Youtube. Após assistir, revise o que você aprendeu respondendo aos nossos desafios! Desafios Questão 1 Nesta aula temos trabalhado com o tema da cultura, em diversas variantes. Foi mencionado que a maneira pela qual os pesquisadores devem trabalhar com este conceito precisa respeitar uma condição primeira: a definição precisa e cuidadosa do que eles vão entender por cultura na hora de desenvolver uma pesquisa. E isto é necessário: a) Porque a noção de cultura não tem uma definição reconhecida por todos, em consequência cada pessoa pode pensar sobre ela como quiser. b) Porque o conceito de cultura não foi formulado ainda, o que permite aos pesquisadores criar quantas definições desejarem. c) Porque o conceito de cultura pode ter vários significados e tem uma natureza muito ampla, sendo assim necessário restringir a sua amplitude. d) Porque o termo cultura tem diferentes significados em cada ciência, ou seja, na filosofia pode significar uma coisa e na geografia outra distinta. Questão 2 Aprofundando-se mais no conceito de cultura, foram mencionadas algumas considerações importantes em relação à história do conceito. Destacamos três características principais que definem a história do conceito, escolha a opção que as resume: a) A primeira característica é que o conceito de cultura é histórico, ou seja, ele varia na história. A segunda característica é que foi um conceito com várias conotações ao longo do tempo. A terceira característica se refere à necessidade de falar sobre culturas no plural e tentar evitar nos ater a uma definição única, já que é um conceito muito amplo. b) A primeira característica é que o conceito de cultura não tem variado no tempo, já que ele tem uma natureza estática. A segunda característica é que cultura se contrapõe à ideia de pessoas selvagens, já que algumas pessoas não têm cultura. A terceira característica é que só algumas pessoas são cultas, como consequência do processo de socialização. c) As primeiras duas características se referem às civilizações que desenvolveram culturas diferentes e, por causa disso, o conceito não é fixo. A terceira característica se refere às pessoas cultas e às pessoas incultas ou selvagens, diferença que é explicada pelos diversos processos de socialização que cada pessoa teve. d) A primeira característica faz referência à cultura que as famílias têm e que conseguem transmitir aos filhos, por isso o processo de socialização é muito importante. A segunda e terceira características destacam a liberdade que cada pessoa tem de formular o conceito de cultura que acredite melhor. O mais importante é que temos a liberdade de definir cultura do jeito que pensemos seja apropriado. Questão 3 Temos trabalhado sobre a relação entre cultura e ideologia proposta por Marx e retomada posteriormente por outros pensadores da mesma corrente de pensamento. Restringindo-nos aos comentários sobre Marx, a relação entre ideologia e cultura pode ser expressa como: a) São idênticas. Para Marx a ideologia é cultura e vice-versa, não é possível distingui-las. b) São completamente diferentes, não é possível estabelecer relações entre estes dois conceitos. c) As relações entre estes conceitos variam, já que depende de como cada um de nós define cultura. d) A relação entre os dois conceitos é o fenômeno de dominação das classes dominantes sobre as classes dominadas, ou seja, a ideologia é a dominação no âmbito da cultura. Questão 4 Avancemos um pouco, vamos trabalhar sobre a Escola de Frankfurt. Eles formularam um conceito bem interessante: de indústria cultural. Levando em conta o explicado na nossa aula, podemos resumir o fundamento do conceito da seguinte maneira: a) O conceito se refere às atividades culturais desenvolvidas dentro das indústrias. b) A formulação do conceito tenta destacar que a cultura começou a ser desenvolvida junto à revolução industrial. c) O fundamento do conceito faz referência a que as atividades industriais são expressões da cultura, como outras atividades econômicas e sociais. d) Eles usam o termo indústria para explicar que a cultura responde a interesses, produção, ganâncias e objetivos de atores socioeconômicos da mesma maneira que a indústria faz. Questão 5 Temos aqui uma tirinha da Mafalda bem interessante. Vamos ler com atenção: Disponível em: <http://sapatilhando.wordpress.com/page/5/>. Acessado em: 10/06/2012. Se dividirmos a história em quadrinhos, veremos que no começo a Mafalda está brava porque a televisão só fala de "use", "compre", "coma", etc. Ela se sente ofendida pela maneira que a televisão concebe as pessoas e por isso tenta influenciar nas suas escolhas. Mas, depois de desligar a televisão, ela fica se perguntando mesmo o que as pessoas efetivamente são. E aí liga novamente a televisão. Como é possível explicar o sentimento de Mafalda? Escolha a opção que seja mais acertada segundo o seu critério: a) Mafalda acredita que somos nós que definimos o que a televisão vende, oferece e promove. Sendo assim ela fica triste porque nós deveríamos assistir mais a televisão para poder influenciá-la. b) Mafalda se sente ofendida porque a televisão não pensa sobre nossa identidade e acaba oferecendo qualquer tipo de produto sem considerar as diferenças entre as pessoas. c) A televisão não oferece quantidade suficiente de opções para escolher segundo nossa vontade. Sendo assim Mafalda fica brava pelo fato de não ter opções apropriadas para ela. d) Mafalda se sente triste porque a contínua oferta de produtos de maneira indiferente pela televisão demonstra que as pessoas não têm uma definição própria de quem são e do que desejam da vida. Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender! The post Cultura, Ideologia e Indústria Cultural – Aula de Sociologia Enem appeared first on Blog do Enem. Tudo sobre Enem, Fies, Sisu, Prouni e Vestibular. | ||||||||||
Biologia Enem – Revise os tipos de tecido conjuntivo (aula 1) Posted: 03 Oct 2014 10:52 AM PDT Os tecidos conjuntivos originam-se da mesoderme e possuem uma grande quantidade de substância intercelular, formada por diferentes tipos de fibras proteicas. Dependendo do tipo de célula e de matriz extracelular, os tecidos conjuntivos irão desempenhar diferentes funções no organismo, como o transporte de substâncias, armazenamento de energia e sustentação. Você conhece os tipos de tecidos conjuntivos e suas funções? Não? Então fique ligado neste post e arrase nas questões de Biologia do Enem e dos vestibulares. Dica 1: Revise também o tecido epitelial e suas características! Veja este super post com uma divertida videoaula de biologia do professor Paulo Jubilut e dicas da professora Juliana Evelyn dos Santos: http://blogdoenem.com.br/biologia-enem-tecido-epitelial/Para iniciar sua revisão, veja esta interessante videoaula de biologia do professor Hélio Apóstolo, do canal Vestibulando do Youtube: E aí, curtiu o vídeo? Muito bom, não é mesmo? Agora, para revisar tudo sobre os tecidos conjuntivos, veja o resumo que preparamos para você: Tecido conjuntivo propriamente dito: O tecido conjuntivo propriamente dito situa-se abaixo da epiderme na pele, assim como em regiões internas do organismo,protegendo e preenchendo espaços entre os órgãos internos. Nesse tecido há uma grande quantidade de material extracelular, formada por um gel com mucopolissacarídeos e proteínas ligadas a glicídios que dão firmeza e elasticidade ao tecido. Nessa matriz estão mergulhados vários tipos de células, como os fibroblastos (que produzem proteínas e glicídios), adipócitos (que armazenam gordura), macrófagos (que fagocitam microrganismos e partículas inertes), plasmócitos (que fabricam anticorpos) e mastócitos (que produzem histamina e heparina – vasodilatadora e anticoagulante). Na matriz há ainda três tipos de fibras: colágenas (resistente à tração), elásticas (feitas de elastina, que cede à tração e volta ao formato original) e reticulares (formado de glicoproteínas que compõem uma rede de sustentação). De acordo com a quantidade de fibras presentes no tecido conjuntivo propriamente dito podemos classificá-lo em dois subtipos: denso (com grande concentração de filbras, presente nos tendões) e frouxo (com poucas fibras, presente nos espaços entre os órgãos e na pele). Dica 2:Revise também o sistema nervoso! Veja esta super revisão com aula da Khan Academy! http://blogdoenem.com.br/biologia-sistema-nervoso/Tecido conjuntivo adiposo: O tecido conjuntivo adiposo tem como principal função reservar energia na forma de lipídeos. Além disso, auxilia o organismo na proteção térmica e na proteção contra choques mecânicos. Neste tecido encontramos os adipócitos, células que possuem boa parte do seu interior ocupado por uma bolsa que reserva lipídeo. Dica 3: Que tal dar uma revisadinha no sistema imunológico? Veja este post com uma divertida aula de biologia da Khan Academy: http://blogdoenem.com.br/sistema-imunologico-biologia-enem/Tecido conjuntivocartilaginoso: Também chamado de cartilagem, o tecido conjuntivo cartilaginoso é formado por células jovens, os condroblastos (produtoras de fibras colágenas e da matriz), que depois, quando adultas, são chamadas de condrócitos. Estas células ao envelhecerem têm uma redução de volume e, assim, ficam alojadas em lacunas presentes na matriz extracelular. O tecido cartilaginoso é resistente, porém não tão rígido quanto o tecido ósseo. Além disso, assim como o tecido epitelial, as cartilagens não possuem vasos sanguíneos ou nervos. Por tal motivo, precisa ser nutrido pelos tecidos adjacentes. O tecido conjuntivo cartilaginoso é encontrado entre algumas articulações móveis para amortecer movimentos. Além disso, pode formar estruturas como o nariz, as orelhas, partes da laringe e epiglote. Tecido conjuntivo ósseo: O tecido conjuntivo ósseo é um tecido de sustentação definitivo, mais forte e rígido do que a cartilagem. Isso ocorre, pois, a matriz é enriquecida com sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além disso, a matriz óssea contém fibras colágenas que conferem ao tecido certa elasticidade. O tecido ósseo, ao contrário do que possa parecer, é um tecido vivo. Por isso, possui vasos sanguíneos o permeando para levar nutrientes e oxigênio. Estes vasos sanguíneos estão em canais que passam por entre a matriz, chamados de canais de Havers. A matriz óssea é produzida por células jovens chamada de osteoblastos. Quando essas células ficam maduras, passam a ser chamadas de osteócitos, que se alojam em cavidades ou lacunas que se ligam através de pequenos canais. Além dessas duas células há também os osteoclastos, células responsáveis pela desconstrução e remodelamento do tecido conjuntivo ósseo. Dica 4:Revise também o esqueleto humano e suas funções! Para isto, veja este super post com dicas da professora Juliana: http://blogdoenem.com.br/esqueleto-humano-biologia-enem/Tecido conjuntivo hematopoiético:O tecido conjuntivo hematopoiético é responsável pela produção de elementos figurados do sangue. Podemos dividir este tecido em dois tipos: tecido mieloide ou medula óssea vermelha (presente no interior de alguns ossos, possui células-tronco capazes de se transformarem em células sanguíneas) e tecido linfático ou linfoide (nesse tecido, os linfócitos, produzidos na medula óssea, reproduz-se e passa a atacar antígenos, está presente nos linfonodos, no timo e no baço). O sangue e a linfa também podem ser considerados como tipos especiais de tecido conjuntivo, em que a matriz extracelular é líquida. Agora que você já revisou os principais tipos de tecido conjuntivo, que tal testar seus conhecimentos? 1) (UEL-2006) O osso, apesar da aparente dureza, éconsiderado um tecido plástico, em vista da constanterenovação de sua matriz. Utilizando-se dessa propriedade,ortodontistas corrigem as posições dos dentes,ortopedistas orientam as consolidações de fraturas efisioterapeutas corrigem defeitos ósseos decorrentes deposturas inadequadas. A matriz dos ossos tem uma parteorgânica proteica constituída principalmente por colágeno,e uma parte inorgânica constituída por cristais de fosfatode cálcio, na forma de hidroxiapatita.Com base no texto e nos conhecimentos sobre tecidoósseo, é correto afirmar: a) A matriz óssea tem um caráter de plasticidade em razãoda presença de grande quantidade de água associada aoscristais de hidroxiapatita. b) A plasticidade do tecido ósseo é resultante dacapacidade de reabsorção e de síntese de nova matrizorgânica pelas células ósseas. c) O tecido ósseo é considerado plástico em decorrência daconsistência gelatinosa da proteína colágeno que lheconfere alta compressibilidade. d) A plasticidade do tecido ósseo, por decorrer dasubstituição do colágeno, aumenta progressivamente, aolongo da vida de um indivíduo. e) A matriz óssea é denominada plástica porque os ossossão os vestígios mais duradouros que permanecem após amorte do indivíduo. 2) (FaZU-2001) As células do sangue são originadas decélulas totipotentes que estão localizadas: a) no tecido nervoso b) no tecido muscular liso c) na medula óssea vermelha d) no tecido muscular estriado e) no tecido cartilaginoso Respostas: 1) B; 2) C. Dica 5: Você quer ver mais vídeos legais de Biologia? Então acesse a plataforma da Khan Academy em português! Lá você encontrará vídeo-aulas e exercícios de várias disciplinas que podem te ajudar no Enem! Confira: https://pt.khanacademy.org/welcomeDica 6: Quer treinar seus conhecimentos em Biologia? Baixe esta apostila de biologia gratuitamente! http://blogdoenem.com.br/biologia-enem-apostila-gratuita/Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Juliana Santos para o Blog do Enem. Juliana é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de Ciências e Biologia em escolas da Grande Florianópolis desde 2007. Facebook: https://www.facebook.com/juliana.evelyndossantos. The post Biologia Enem – Revise os tipos de tecido conjuntivo (aula 1) appeared first on Blog do Enem. Tudo sobre Enem, Fies, Sisu, Prouni e Vestibular. |
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