terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Blog do Enem: simplificado como deve ser


Biologia Enem: Revise a fermentação alcoólica e láctica!

Posted: 01 Feb 2016 03:38 PM PST

Biologia Enem: A maneira mais rentável de uma célula obter energia a partir de uma molécula orgânica é a respiração celular. Porém, nem todos os seres vivos realizam este processo. Alguns possuem processos alternativos, realizando a oxidação incompleta da glicose sem utilizar oxigênio.

Este processo é chamado de fermentação. A fermentação é um processo que produz bem menos ATPs do que a respiração celular, porém pode ser uma característica essencial para a adaptação de certas espécies de seres vivos a determinados ambientes ou condições. Você sabe como ocorre a fermentação? Não? Então vem com a gente revisar a fermentação para gabaritar as questões de biologia do Enem e dos vestibulares!

Alguns seres vivos têm a fermentação como única maneira de quebrar a glicose, como o caso das bactérias do tétano. Neste caso, estes seres vivos são intolerantes ao oxigênio (que é tóxico para eles), por isso os classificamos como seres anaeróbios estritos ou obrigatórios. Outros seres vivos são oportunistas, realizando respiração aeróbia na presença de oxigênio (afinal é muito mais rentável) e , quando não há oxigênio, realizam a fermentação. Este é o caso, por exemplo, do fermento de pão (que é um fungo). Classificamos estes seres vivos como anaeróbios facultativos. Além dos seres vivos unicelulares que citei aqui, algumas células de animais podem também fazer fermentação, como as células musculares durante um exercício intenso.

Na fermentação, assim como na respiração celular, ocorre a quebra da glicose. Porém, na fermentação ocorre apenas uma quebra – o processo de produção de energia para na glicólise. Como não há a utilização de oxigênio na fermentação, os hidrogênios retirados da glicose não são levados para este gás, como ocorre na cadeia respiratória. Assim, o depósito dos hidrogênios são os próprios fragmentos da glicose. Dependendo do produto gerado ao fim da fermentação, o processo será classificado como fermentação lática ou alcoólica.

Em algumas bactérias, como os lactobacilos utilizados na produção de iogurtes, a fermentação produz ácido láctico.

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Figura 1: Fotomicrografia de lactobacilo (Lactobacillus acidophilus) através de microscópio eletrônico de transmissão colorida atificialmente. Este lactobacilo é utilizado na indústria alimentícia para a produção de iogurtes. Créditos da imagem: Scimat / Photo Researchers

Para isso, estas bactérias quebram a glicose gerando 2 ATPs e duas moléculas de ácido pirúvico. Em seguida, o piruvato é reduzido a ácido láctico através da enzima lactato desidrogenase. Este ácido láctico é então liberado pelas bactérias para o ambiente e é o que dá o gostinho azedo do seu iogurte. A fermentação láctica é também feita nas nossas células musculares quando realizamos um exercício físico muito extenuante (que requisita muita energia e não há oxigenação suficiente para a respiração celular). O acúmulo de ácido láctico nos tecidos é o que promove aquela dor chata após os exercícios.

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Figura 2: Esquema demonstrando a fermentação láctica

Certos organismos como as leveduras e algumas bactérias, realizam fermentação alcoólica cujo produto final é o álcool.

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Figura 3: Fotomicrografia de levedura (Saccharomyces cerevisiae) feita por microscópio eletrônico de transmissão. Nesta imagem podemos ver várias leveduras em processo de brotamento. Estes fungos são utilizados como fermento em pães. Créditos da imagem:  SciMAT / Photo Researchers

Neste tipo de fermentação as duas moléculas de piruvato são descarboxiladas, liberando CO2. Isto gera um composto de dois carbonos chamado de acetaldeído que será o acepetor de elétrons das moléculas de NADH liberadas durante a glicólise. A partir da ação da enzima álcool desidrogenase, o acetialdeído será reduzido, formando álcool etílico. Esses produtos da fermentação são muito utilizados na indústria. O álcool pode ser utilizado na produção de bebidas alcóolicas, como a cerveja e o vinho, ou ainda para a produção de combustíveis. Já a liberação de gás carbônico pode ser aproveitada para fazer crescer massas de pães, pois a liberação do gás forma bolhinhas no interior das massas fermentadas.

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Figura 4: Esquema demonstrando a fermentação alcoólica.

Respiração anaeróbia: Fique atento(a), candidato(a)!  Fermentação não é a mesma coisa que respiração anaeróbia. Na respiração anaeróbia, há um ciclo de Krebs e uma cadeia respiratória, assim como na respiração celular aeróbia. A diferença é que o aceptor final de elétrons não é o oxigênio, mas sim compostos inorgânicos retirados do ambiente, como nitratos e sulfatos. A respiração anaeróbia é realizada por algumas bactérias que vivem em solos pobres em oxigênio e é menos rentável que o processo de respiração aeróbia.

Para finalizar sua revisão, veja esta videoaula do professor Patrick Gomes, do canal Biolodúvidas do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=2HC8XrpvhYI

Agora que você já sabe tudo sobre a fermentação, que tal testar seus conhecimentos?

01 – (UEA AM/2014)   Classificadas de acordo com o produto final obtido no processo, as fermentações podem ser alcoólica, lática e acética. A figura mostra, de forma esquemática e simplificada, as principais etapas de cada uma das fermentações.

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Quando realizada pela levedura adequada, o tipo de fermentação que leva a massa do pão a inflar e tornar-se macia é aquela representada

a) pela produção de ácido lático.

b) pela produção de ácido acético.

c) pela produção de álcool etílico.

d) pela produção de ácido pirúvico.

e) pelas produções de ácidos lático e acético.

 

Gab: C

 

02 – (UNIUBE MG/2013)   A figura abaixo ilustra uma parte importante do metabolismo da glicose, conhecida como fermentação láctica. Analise-a e, com os conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa CORRETA.

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Fonte: LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje.
v. I. 2000. São Paulo: Ed. Ática, p. 164.

a) O processo de fermentação láctica ocorre unicamente no músculo, quando o oxigênio não é sufi ciente para a produção aeróbica de energia.

b) O processo de fermentação láctica é realizado por certos tipos de bactérias, tais como os lactobacilos, e é a base do processo de produção de iogurtes e coalhadas.

c) O processo de fermentação láctica ocorre mesmo nas células musculares que estejam recebendo suprimento suficiente de oxigênio, pois é o único modo de o músculo obter energia.

d) O processo de fermentação láctica pode ocorrer em qualquer tecido do corpo humano, mas sempre na ausência de oxigênio.

e) O processo de fermentação láctica pode ocorrer em qualquer tecido do corpo humano, independentemente do suprimento de oxigênio para esses tecidos.

 

Gab: B

 

03 – (FUVEST SP/2013)   A lei 7678 de 1988 define que "vinho é a bebida obtida pela fermentação alcoólica do mosto simples de uva sã, fresca e madura". Na produção de vinho, são utilizadas leveduras anaeróbicas facultativas. Os pequenos produtores adicionam essas leveduras ao mosto (uvas esmagadas, suco e cascas) com os tanques abertos, para que elas se reproduzam mais rapidamente. Posteriormente, os tanques são hermeticamente fechados. Nessas condições, pode-se afirmar, corretamente, que

a) o vinho se forma somente após o fechamento dos tanques, pois, na fase anterior, os produtos da ação das leveduras são a água e o gás carbônico.

b) o vinho começa a ser formado já com os tanques abertos, pois o produto da ação das leveduras, nessa fase, é utilizado depois como substrato para a fermentação.

c) a fermentação ocorre principalmente durante a reprodução das leveduras, pois esses organismos necessitam de grande aporte de energia para sua multiplicação.

d) a fermentação só é possível se, antes, houver um processo de respiração aeróbica que forneça energia para as etapas posteriores, que são anaeróbicas.

e) o vinho se forma somente quando os tanques voltam a ser abertos, após a fermentação se completar, para que as leveduras realizem respiração aeróbica.

 

Gab: A

 

04 – (UFU MG/2013)   Em uma padaria, um padeiro recém-contratado, teve muita dificuldade na produção de pães. Uns não cresceram e outros ficaram sem gosto algum. Observe abaixo os procedimentos adotados pelo jovem padeiro.

Fornada A – O padeiro acrescentou água fervente ao fermento biológico, em vez de utilizar água morna.

Fornada B – O padeiro utilizou fermento biológico congelado, em vez de utilizar fermento fresco.

Fornada C – O padeiro utilizou fermento em pó químico, em vez de utilizar fermento biológico.

Fornada D – O padeiro esqueceu-se de utilizar o fermento biológico.

Em relação ao processo de fermentação para produção dos pães, marque, para as afirmativas abaixo, (V) Verdadeira, (F) Falsa ou (SO) Sem Opção.

 

1. Na fornada A, o padeiro matou com água quente as células do fungo unicelular Saccharomyces cerevisiae presentes no fermento biológico. Sem as células viáveis, não ocorreu fermentação alcoólica e não houve liberação de gás carbônico na massa. Nessa fornada, os pães não cresceram.

2. Na fornada B, o padeiro fez com que as células da levedura presentes no fermento tivessem sua viabilidade aumentada, devido às baixas temperaturas que estimulam o crescimento celular. Dessa forma, uma maior quantidade de gás carbônico foi produzida durante o processo de fermentação. Nessa fornada, os pães cresceram bastante.

3. Na fornada C, o padeiro obteve pães com sabor muito mais intenso do que aqueles produzidos com o fermento biológico, pois o fermento químico na presença de altas temperaturas no forno acelera o processo fermentativo, caramelizando substâncias que dão gosto ao pão. Nessa fornada, os pães cresceram bastante e ficaram saborosos.

4. Na fornada D, os pães não cresceram e não ficaram com o sabor característico de pão, pois, na ausência da levedura, não há fermentação alcoólica.

 

Gab: VFFV

 

05 – (PUC MG/2013)   Dois processos metabólicos distintos estão esquematizados abaixo.

 

I. GLICOSE – PIRUVATO – OXIDAÇÃO DE PIRUVATO – CICLO ÁCIDO CÍTRICO – CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS

II. GLICOSE – PIRUVATO – FERMENTAÇÃO – ÁLCOOL OU LACTATO

 

Analisando os processos e de acordo com seus conhecimentos sobre o assunto, marque a afirmativa INCORRETA.

 

a) Numa atividade física prolongada podem ocorrer os dois processos.

b) O processo I pode ocorrer em atividades metabólicas tanto de plantas como de animais, dia e noite.

c) O processo II pode ocorrer tanto na produção de vinho como na de coalhada.

d) No processo II há mais gasto de ATP para iniciar a via metabólica do que em I.

 

Gab: D

 

06 – (UFT/2013)   A energia necessária para que ocorra a contração muscular é proveniente da quebra do ATP (Adenosina Trifosfato) disponível no citoplasma das células musculares. Em anaerobiose, esse ATP é formado

 

a) pelo processo de fermentação láctica.

b) pelo processo de fosforilação oxidativa.

c) pelo processo de fermentação alcoólica.

d) pela fosforilação do ADP (Adenosina Difosfato) pela fosfocreatina.

e) pela fosforilação do ADP (Adenosina Difosfato) por fósforo orgânico.

 

Gab: A

 

07 – (Unicastelo SP/2013)   Na padaria, a fila para comprar pão era grande. O padeiro justificou que o pão não estava pronto porque a estufa, onde a massa era mantida, havia quebrado e a massa não havia crescido.

Na produção do pão, a estufa é importante, pois garante a temperatura adequada para

 

a) o processo de respiração anaeróbica das leveduras adicionadas à receita, que produzem o oxigênio que faz a massa crescer antes de ser assada.

b) a expansão do gás carbônico produzido pela respiração dos fungos adicionados à receita, expansão essa que garante o crescimento da massa.

c) a evaporação da água produzida pela respiração das leveduras adicionadas à receita, sem o que a massa não cresceria, pelo excesso de umidade.

d) o processo de fermentação dos fungos adicionados à receita, o que faz com que a massa cresça antes de ser assada.

e) a evaporação do álcool produzido pela fermentação das leveduras adicionadas à receita; álcool que, em excesso, mataria essas leveduras, prejudicando o crescimento da massa.

 

Gab: D

 

08 – (FATEC SP/2012)   Os esquemas, a seguir, evidenciam três maneiras diferentes através das quais a glicose pode ser utilizada como fonte de energia necessária à manutenção da vida.

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Assinale a alternativa correta sobre esses esquemas.

a) Os esquemas 1 e 3 ocorrem em ambientes totalmente anaeróbios para a produção de pães e bolos.

b) O esquema 1 exibe a fermentação alcoólica realizada nas mitocôndrias de leveduras com consumo de oxigênio.

c) O esquema 2 revela um processo aeróbio realizado nas mitocôndrias de lactobacilos e de células musculares humanas.

d) O esquema 3 demonstra um processo aeróbio em que o gás oxigênio atua como agente oxidante de moléculas orgânicas.

e) Os esquemas 1, 2 e 3 evidenciam processos aeróbios de obtenção de energia que ocorrem em plantas e animais em geral.

 

Gab: D

 

09 – (PUC SP/2012)   Considere os esquemas simplificados de duas vias metabólicas indicados por I e II:

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É correto afirmar que

a) I é apresentado exclusivamente por certas bactérias e II exclusivamente por certos fungos, pois estes organismos são todos anaeróbicos.

b) I e II são apresentados exclusivamente por procariontes, pois estes organismos são todos anaeróbicos.

c) em I e II há liberação de gás carbônico e os dois processos apresentam o mesmo rendimento energético.

d) I é apresentado por células do tecido muscular esquelético humano quando o nível de oxigênio é insatisfatório para manter a produção de ATP necessária.

e) I é um processo utilizado na fabricação de pães e II, um processo utilizado na indústria alimentícia para a produção de alimentos como iogurtes e queijos.

 

Gab: D

 

10 – (UNIFOR CE/2012)   Os seres vivos utilizam a glicose como principal combustível e o produto de sua degradação é uma molécula de 3 carbonos chamada ácido pirúvico que poderá seguir 3 caminhos dependendo dos organismos vivos. Uns poderão seguir um caminho aeróbio com a degradação total da molécula da glicose com liberação de produtos menores e mais simples e com maior produção de energia e outros seguirão por cada um dos dois caminhos anaeróbios onde a glicose é apenas parcialmente degradada e a produção de energia é menor.

NELSON, D.L.; COX, M.M.; LEHNINGER, A.L.
Princípios de bioquímica. 4ª ed.São Paulo: Sarvier, 2007.

A respeito do texto acima, responda corretamente:

a) Os dois caminhos anaeróbios são a fermentação alcoólica e a fermentação láctica com produção de lactato e etanol respectivamente e rendimento de 2 ATPs em cada.

b) O caminho aeróbio ocorre através da degradação da glicose até CO2 e H2O com maior produção de energia e dependência de O2 na mitocôndria, em comparação com o anaeróbio.

c) Esse processo de degradação chama-se anabolismo onde moléculas menores unem-se e formam moléculas maiores e mais complexas com produção de energia.

d) Os organismos anaeróbios predominam em relação aos aeróbios, devido produzirem maior quantidade de energia na degradação de seus nutrientes.

e) O etanol, produto da fermentação alcoólica é pouco energético, mas é considerado um combustível limpo evitando incremento na emissão de gases do efeito estufa.

 

Gab: B

 

11 – (UNIRG TO/2012)   A fermentação é um processo de obtenção de energia em que substâncias orgânicas do alimento são degradadas parcialmente, originando moléculas orgânicas menores. Na sequência do processo de fermentação, dependendo do tipo de organismo que a realiza o ácido pirúvico, após receber elétrons e H+ do NADH, transforma-se em:

 

a) Ácido lático apenas.

b) Gás carbônico apenas.

c) Ácido lático e metanol apenas.

d) Ácido lático ou etanol e gás carbônico.

 

Gab: D

 

12 – (UCS RS/2011)   Todos os seres vivos necessitam obter energia por processos metabólicos. Os mais comuns são a respiração celular e a fermentação. Que etapa metabólica ocorre nesses dois processos?

a) Ciclo de Krebs

b) Redução de acetil-CoA

c) Transformação do ácido pirúvico em ácido láctico

d) Glicólise

e) Cadeia respiratória

 

Gab: D

 

13 – (UEPB/2011)   Os principais processos pelos quais ocorre liberação da energia armazenada nas ligações químicas dos compostos orgânicos são a fermentação e a respiração aeróbia. Sobre esses processos podemos afirmar:

I. Os dois processos acima citados iniciam-se com a glicólise, ou seja, com a degradação da molécula de glicose em duas moléculas de piruvato. Nesse processo cada molécula de glicose libera energia para formar quatro moléculas de ATP.

II. Por meio da fermentação, a glicose é parcialmente degradada na ausência de oxigênio, originando substâncias mais simples, como o ácido lático, o ácido acético e o álcool etílico, produtos respectivamente da fermentação lática, acética e alcoólica. Nesses processos, há saldo de apenas duas moléculas de ATP.

III.   Nos procariontes, a glicólise e o ciclo de Krebs ocorrem no citoplasma, e a cadeia respiratória ocorre associada à face da membrana plasmática voltada para o citoplasma. Já nos eucariontes, a glicólise ocorre no citosol, e toda a fase aeróbia ocorre no interior das mitocôndrias.

 

Assinale a alternativa que apresenta a(s) proposição(ões) correta(s).

a) I, II e III

b) Apenas I

c) Apenas II

d) Apenas III

e) Apenas II e III

 

Gab: A

 

TEXTO: 1 – Comum à questão: 14

 No esquema abaixo, estão representadas as duas etapas finais do processo fermentativo em células musculares quando submetidas a condições de baixa disponibilidade de oxigênio.

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14 – (UERJ/2011)   Considere agora o processo fermentativo do fungo Saccharomyces cerevisiae, ou levedo de cerveja.

Neste processo, no lugar do lactato, a substância final formada será:

a) etanol

b) glicose

c) glicerol

d) sacarose

 

Gab: A

 

TEXTO: 2 – Comum à questão: 15

O capim, do tipo elefante, foi importado da África há 100 anos para alimentar o gado em períodos de estiagem. Resistente à seca e capaz de se desenvolver, mesmo em solos pobres, ele foi usado durante décadas por pecuaristas de regiões inóspitas do país.

O capim-elefante não precisa necessariamente ser irrigado e é triturado pela mesma máquina que o colhe. Em seguida, o farelo é jogado sem nenhum tratamento prévio diretamente no forno para esse fim. Queimado, produz vapor que movimenta um gerador. A energia resultante é transferida para uma subestação conectada à rede nacional de distribuição elétrica.

A conversão de capim-elefante em energia não polui. Mesmo o gás carbônico, CO2, emitido durante a queima da biomassa utilizada, é menor do que o consumido pela gramínea durante todo o seu crescimento. (VARGAS, 2010, p. 112).

 

15 – (UNEB BA/2011)   A relação mencionada entre consumo e produção de gás carbônico pelo capim-elefante pode ser justificada a partir da seguinte afirmativa:

01. A queima do capim libera CO2 para o ambiente, enquanto a raiz absorve esse gás junto ao solo durante o processo de obtenção de nutrientes inorgânicos pela planta.

02. A respiração aeróbica realizada pela planta fixa o CO2 do ambiente, enquanto a fotossíntese o libera como principal resíduo desse processo fotoautótrofo.

03. A combustão do capim libera CO2 para o ambiente, enquanto a fotossíntese fixa o CO2 durante a produção de componente orgânico a partir da conversão de energia solar em energia química.

04. A quebra de moléculas orgânicas pela respiração celular libera CO2 em grande quantidade para a atmosfera, enquanto a queima o utiliza como gás comburente do processo.

05. A queima do álcool produzido pela fermentação do capim libera uma quantidade menor de CO2, se comparada com a quantidade fixada durante o processo de fotossíntese realizado pela planta.

 

Gab: 03

 

TEXTO: 3 – Comum à questão: 16

As fábricas que produzem gasolina, óleo diesel e combustível para jatos são enormes aglomerados de dutos de aço e de tanques que consomem quantidades enormes de energia, liberam vapores tóxicos e funcionam com base em um recurso finito: o petróleo. Mas elas poderão ser microscópicas e talvez alimentadas pelo lixo que está por toda parte — papel de revistas, madeiras descartáveis de um projeto de construção, ou folhas que se rastela do gramado.

O truque é transformar as moléculas à base de hidrogênio e carbono, existentes nos itens usados no cotidiano, em um líquido à temperatura ambiente, tornando-as adequadas para ser usadas em máquinas de combustão internas. Os esforços mais promissores envolvem organismos unicelulares transgênicos, capazes de realizar esse trabalho de conversão.

Uma solução seria criar organismos que secretam diretamente hidrocarbonetos, outra estratégia é utilizar açúcares. Quando plantas captam energia, elas armazenam quimicamente essas energias nos açúcares nas partes lenhosas. Pesquisadores estão descobrindo meios de extrair os açúcares dessas fontes celulósicas e os transformar em etanol.

Cientistas e engenheiros esperam produzir substâncias químicas mais úteis diretamente desses açúcares. No primeiro semestre de 2011, cientistas da LS9, empresa ao sul de São Francisco, informaram ter modificado a bactéria E.coli para permitir que os organismos transformassem açúcares em alcanos, uma classe de hidrocarbonetos idêntica a muitas das produzidas em refinarias de petróleo. (WALD, 2011, p. 36).

WALD, Matthew. Combustível de Lixo. Scientific American
Brasil. ano 8, n.104, jan. 2011.

 

16 – (Unifacs BA/2013)   A produção de combustíveis a partir da transformação de açúcares é um procedimento realizado por processo

01. respiratório, executado por micro-organismos que convertem açúcares em fontes celulósicas.

02. anabólico, exclusivo de bactérias, produzindo biomassa a partir de água, gás carbônico e luz solar.

03. fermentativo, catalisado por enzimas, formando etanol e dióxido de carbônico entre os produtos finais.

04. aeróbico, em que moléculas de celulose e outros polissacarídeos são totalmente degradadas em glicose e O2(g).

05. fotossintético, em que a energia solar é transformada em energia química armazenada em moléculas de carboidratos, como nas partes lenhosas das plantas.

 

Gab: 03

Juliana Biologia Enem
Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Juliana Santos para o Blog do Enem. Juliana é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de Ciências e Biologia em escolas da Grande Florianópolis desde 2007. Facebook: https://www.facebook.com/juliana.evelyndossantos.

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Revoltas Coloniais Nativistas do Século XVIII – Revisão História Enem

Posted: 01 Feb 2016 02:31 PM PST

História Enem: As primeiras décadas do século XVIII foram marcadas pelo agravamento da crise açucareira e o início da grande mineração aurífera. Curiosamente, tanto a crise nordestina como o crescimento econômico do sudeste colocaram grupos sociais em conflito na defesa de seus interesses econômicos.

Além disso, a mineração exigiu da metrópole um maior rigor fiscal, que provocou sérios descontentamentos na colônia. Esse foi o contexto no qual ocorreram as revoltas coloniais nativistas do século XVIII. Saiba também os desdobramentos desses fatos para gabaritar História no Enem.

 

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Imagem 1: Gráfico demonstrando a evolução das exportações do açúcar e do ouro entre 1650 e 1800 no Brasil. Fonte: slideplayer.com.br

Dica 1: Repare que o gráfico mostra o grande declínio nas exportações do açúcar e o início da relevância do ouro em 1700, às vesperas das principais revoltas coloniais nativistas do século XVIII. A metade do século XVIII foi um período de relativa paz social no Brasil, principalmente entre 1720 (Revolta de Filipe dos Santos, última grande revolta nativista) e 1789 (Inconfidência Mineira, primeira revolta separatista). Repare que esse momento mais pacífico coincide com a expansão econômica da colônia. Fique ligado! Exercite a interpretação de gráficos. Eles são cobrados no Enem e ajudam a relacionar economia e sociedade.
Assim como as revoltas coloniais nativistas do século XVII, as revoltas coloniais nativistas do século XVIII ainda não contavam com a influência das ideias iluministas, até pelo fato de terem ocorrido nas duas primeiras décadas, quando o Iluminismo ainda não havia se consolidado na Europa. Isso ajuda a explicar a falta de um projeto político alternativo que embasasse o rompimento com a metrópole, algo que só ocorreu com os movimentos separatistas do final do século XVIII e do início do século XIX (Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana e Revolução Pernambucana). As principais revoltas nativistas do século XVIII foram a Guerra dos Emboabas (MG – 1708/1709), a Guerra dos Mascates (PE – 1710-1711) e a Revolta de Filipe dos Santos (MG – 1720).

Guerra dos Emboabas (MG – 1707/1709)

Foi um conflito entre bandeirantes paulistas e emboabas (portugueses e nordestinos) pelas áreas de mineração recém descobertas em Minas Gerais. Liderados por Borba Gato, os bandeirantes paulistas, descobridores das primeiras minas na região, exigiam a exclusividade sobre a prospecção e a extração de ouro em Minas Gerais. Já os emboabas, liderados por Manuel Nunes Viana, praticavam o comércio na região, mas também queriam garimpar, defendendo a livre prospecção e extração de ouro.

Conflitos sangrentos foram travados e os paulistas foram derrotados pelos emboabas. O episódio mais sangrento foi o "Capão da Traição", no qual os paulistas foram rendidos e massacrados pelos emboabas, mesmo após um acordo de trégua. O conflito terminou com a intervenção da Coroa, que passou a exercer um controle fiscal efetivo sobre a mineração, estabelecendo a livre prospecção de ouro em Minas Gerais. Em 1709, a antiga e extensa Capitania de São Vicente foi dividida em duas: Capitania de São Paulo e Minas do Ouro e Capitania do Rio de Janeiro, ligadas diretamente à Coroa.

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Imagem 2: O mapa do Brasil em 1709, após a Guerra dos Emboabas

Fonte: https://www.achetudoeregiao.com.br/atr/Guerra_dos_Emboabas.htm

Guerra dos Mascates (PE – 1710/1711)

A decadência de Olinda, causada pela crise do açúcar, contrastava com o crescimento comercial de Recife, uma freguesia de Olinda. Essa situação levou a Coroa a emancipar Recife de Olinda, provocando a reação dos senhores de engenho olindenses, que não queriam perder a sua principal fonte de arrecadação tributária.

Esses fazendeiros invadiram Recife, derrubaram o Pelourinho, tomaram a Casa de Câmara e Cadeia, soltaram os presos e rasgaram a carta régia que emancipava Recife. Os comerciantes de Recife, chamados de "mascates", reagiram incendiando engenhos e vilarejos de Olinda. O conflito foi sufocado pela intervenção da Coroa, que manteve a autonomia de Recife.

Dica 2: A ideia de que a crise colonial começou com as revoltas nativistas foi defendida na literatura bem antes de ser debatida pelos historiadores. O escritor cearense José de Alencar (1829–1877), autor do livro "Guerra dos Mascates", interpretou as revoltas coloniais como elementos precursores de uma identidade nacional, construída a partir da distinção entre o que é brasileiro e o que é lusitano. Essa busca pela identidade nacional era muito cara ao Romantismo Literário, em um momento em que o Brasil era um país recente ainda muito influenciado pela cultura importada da Europa. Repare a influência da literatura na História. Fique ligado! Para o Enem, a História é construída a partir das versões acerca dos fatos e a literatura produz forte influência sobre essas versões.

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Imagem 3: Capa do livro "Guerra dos Mascates", de 1873, do escritor romântico José de Alencar

Fonte: www.ebooksbrasil.org

Revolta de Filipe dos Santos (Vila Rica/MG – 1720)

Foi um movimento de comerciantes e mineradores de Vila Rica contra os estancos (monopólios) no comércio local e a instalação da Casa de Fundição, que passava a recolher o Quinto com mais rigor, proibindo a circulação de ouro em pó ou em pepitas, além de punir o contrabando de ouro com pena de degredo na África. O movimento foi liderado pelo tropeiro Filipe dos Santos, sendo derrotado pelas tropas comandadas pelo Conde de Assumar, governador da capitania. Casas foram incendiadas e Filipe dos Santos foi condenado à morte na forca, sendo depois esquartejado.

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Imagem 3: Foto da antiga Casa de Fundição de Vila Rica, onde todo o ouro recolhido era derretido e transformado em barras timbradas, procurando-se evitar o proibido contrabando de ouro em pó dentro dos santos do pau oco

Fonte: www.historiabrasileira.com

Dica 3: Você deve ter percebido que todas essas revoltas têm em comum o descontentamento de membros das elites coloniais com alguma decisão ou influência da metrópole que afetasse seus interesses econômicos. Aos poucos, esse descontentamento produziu na colônia aspirações separatistas, como ocorreu na Inconfidência Mineira (1789), na Conjuração Baiana (1798) e na Revolução Pernambucana (1817). Preparava-se o caminho para que parte da elite colonial apoiasse mais tarde a independência do Brasil. Veja como essa idéia aparece no poema "Romanceiro da Inconfidência", de Cecília Meireles, na parte em que trata da Revolta de Filipe dos Santos:
Dorme, meu menino, dorme
Que Deus te ensine a lição
Dos que sofrem neste mundo
Violência e perseguição.
Morreu Felipe dos Santos
Outros, porém, nascerão.
 Fonte:
http://www.vestibular1.com.br/resumos_livros/o_romance_da_inconfidencia.htm
A última estrofe deixa subentendida a relação entre as duas principais revoltas de Vila Rica: a Revolta de Filipe dos Santos (1720) e a Inconfidência Mineira (1789). Cecília Meireles quer dizer que os descontentamentos que motivaram as duas revoltas unem ambas em um mesmo processo histórico de luta por liberdade.  Aprenda com a grande poetisa e fique ligado! Além de fatos e contextos históricos, o Enem também cobra processos históricos.
Para relembrar as principais revoltas coloniais nativistas (séc. XVII-XVIII) e finalizar sua revisão sobre o tema, assista ao esclarecedor vídeo-aula do AjudaEu.
https://www.youtube.com/watch?v=kpJyro47rzs

Agora é a hora de testar seus conhecimentos. Vamos ver como esse conteúdo pode ser cobrado nos vestibulares e no Enem. 

Exercícios

1- Responder, relacionando o nome dos movimentos sociais apresentados na coluna "A" com suas respectivas características, na coluna "B":

Coluna A
1 – Revolta de Beckman
2 – Guerra dos Emboabas
3 – Guerra dos Mascates
4 – Revolta de Filipe dos Santos
Coluna B
( ) Luta dos comerciantes para elevar Recife à categoria de vila, em oposição aos produtores de açúcar de Olinda.
( ) Movimento em oposição às casas de fundição, que haviam aumentado a exploração da Coroa sobre os mineiros.
( ) Combate ao monopólio e aos altos preços praticados pela Companhia de Comércio do Maranhão, e também aos jesuítas, que queriam impedir os grandes proprietários de escravizar os indígenas.
( ) Luta entre paulistas e forasteiros pelo domínio da região das Minas Gerais, reivindicada por aqueles. Levou à separação da região das minas da Capitania de São Paulo e à criação da Capitania de Minas Gerais.
A numeração correta dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 – 3 – 4 – 2
b) 1 – 2 – 4 – 3
c) 2 – 4 – 3 – 1
d) 3 – 4 – 1 – 2
e) 4 – 1 – 3 – 2

 

Resposta: A alternativa correta é a letra "d".

 

2- (Cesgranrio) A colonização brasileira foi sempre marcada por confrontos que refletiam a diversidade de interesses presentes na sociedade colonial como pode ser observado nos(as):

a) conflitos internos, sem conteúdo emancipacionista, como as Guerras dos Emboabas e dos Mascates.

b) ideais monárquicos e democráticos defendidos pelos mineradores e agricultores na Conjuração Mineira.

c) projetos imperiais adotados pela Revolução Pernambucana de 1817 por influência da burocracia lusitana.

d) reações contrárias aos monopólios, como na Conjuração Baiana, organizada pelos comerciantes locais.

e) características nacionalistas de todos os movimentos ocorridos no período colonial, como nas Revoltas do Rio de Janeiro e de Beckman.

 

Resposta: A alternativa correta é a letra "a".

 

3- “A confrontação entre a loja e o engenho tendeu principalmente a assumir a forma de uma contenda municipal, de escopo jurídico-institucional, entre um Recife florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda decadente que procurava mantê-Io numa sujeição irrealista. Essa ingênua fachada municipalista não podia, contudo, resistir ao embate dos interesses em choque. Logo revelou-se o que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural.”

(Evaldo Cabral de Mello. A fronda dos mazombos, São Paulo, Cia. das Letras, 1995, p. 123).

O autor refere-se:

a) ao episódio conhecido como a Aclamação de Amador Bueno.

b) à chamada Guerra dos Mascates.

c) aos acontecimentos que precederam a invasão holandesa de Pernambuco.

d) às consequências da criação, por Pombal, da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco.

e) às guerras de Independência em Pernambuco.

 

Resposta: A alternativa correta é a letra "b".

 

4- Leia o texto a seguir

 

Recife era (…) fétida e doentia (…). Mas havia ali um ancoradouro, porta aberta ao comércio. A indústria, que já se estreava para um dia se apoderar da civilização e subjugá-la, devia arrastar a população do alto das verdes e risonhas colinas (de Olinda) às praias sujas e infetas do Mosqueiro (em Recife).

 Assim, a pouco e pouco minguou a seiva à altiva cidade; suas casas foram desamparadas; tornaram-se ermas as ruas; e o cadáver da formosa Olinda permaneceu como seca múmia entre a verdura das árvores e as palmas dos coqueiros (…).

 (Alencar, José de. Guerra dos Mascates: Crônica dos tempos coloniais. Disponível em <http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/Josedealencar/guerramascates.htm>. Acesso em 22 de janeiro de 2016.)

 

A descrição do escritor José de Alencar tem relação com o seguinte contexto:

a) A crise do açúcar em Pernambuco após o domínio holandês, provocando a decadência de Recife, sede do governo de Nassau no Brasil.

b) A crise dos engenhos olindenses e seu reflexo negativo sobre o comércio de Recife.

c) O início da Revolução Industrial no Brasil no início do século XVIII.

d) O período em que os engenhos de Olinda minguavam, medida em que crescia o comércio de sua principal freguesia, Recife, prestes a ser emancipada.

e)A Guerra dos Mascates, onde os comerciantes de Recife contestavam a emancipação alcançada pelos fazendeiros de Olinda.

 

Resposta: A alternativa correta é a letra "d".

O texto desta aula foi preparado pelo professor Felipe Carlos de Oliveira para o Blog do Enem. Felipe é formado em licenciatura e bacharelado em História pela UFSC, especializado em Interdisciplinaridade pelo IBPEX e mestre em História pela UFSC. É professor de colégios e cursinhos da Grande Florianópolis desde 2001.

 

 

 

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Zika vírus e Microcefalia – Conteúdo de Biologia e Atualidades no Enem

Posted: 01 Feb 2016 09:41 AM PST

Não bastasse a epidemia de dengue que o mosquito Aedes aegypti espalhou pelo país, o vetor passou também a transmitir no Brasil o Zika vírus! Você conhece este vírus? Já ouviu falar? Não? Então se liga neste post, pois o Zika vírus está provocando a tragédia exponencial da Microcefalia. E pode aparecer nas questões de Biologia e Atualidades do Enem e dos vestibulares!

Zika vírus

Histórico do Zika vírus no Brasil – Em abril de 2015 a Universidade Federal da Bahia (UFBA) anunciou que identificara um vírus até então inédito em nosso país: o zika vírus. Cerca de 500 pacientes de Salvador há apresentavam uma doença – até então não identificada – com sintomas semelhantes à gripe.

Algumas amostras foram analisadas e se confirmou, então, no começo de 2015, a presença deste patógeno emergente no Brasil. O zika é um vírus pertencente à mesma família dos vírus da dengue e da febre amarela (Família Flaviviridae).

Microcefalia – Naquela época ainda não estavam presentes os primeiros registros de Microcefalia em bebês de mulheres que tinham contraído o Zika vírus durante a gestação. No segundo semestre de 2015, em Pernambuco, constatou-se uma explosão com centenas de casos de Microcefalia relacionadas ao Zika vírus. Em janeiro de 2016 já estavam acima de quatro mil os registros de casos de Microcefalia. Ou seja, o crescimento do Zika vírus no Brasil e a gravidade das consequências decorrentes foi explosivo.

Entenda o que é o Zíka vírus e a Microcefalia

É um vírus envelopado, com uma molécula de RNA como material genético. O zika vírus, endêmico de alguns países da África e do sudeste da Ásia, foi descrito pela primeira vez em 1947 em um macaco Rhesus na floresta de Zika, em Uganda. Na década seguinte, vários estudos registraram a presença do vírus em humanos de regiões próximas.

No Brasil há uma emergência diferenciada em relação ao Zika vírus, pois pela primeira vez nos registros da litratura médica há o fenômeno em escala da Microcefalia ocorrendo nos fetos de grávidas que contraem a doença durante a gestação. É uma tragédia social e de saúde pública, porque a Microcefalia não tem cura.

Veja aqui uma aula especial sobre Microcefalia preparada pela professora Juliana Evelyn Santos. Entenda porque os Estados Unidos deram um alerta no começo de 2016 para que mulheres grávidas não viajassem ao Brasil. A Organização Mundial da Saúde também se mobilizou logo em seguida, praticamente obrigando o governo brasileiro a tomar providências mais sérias para combater o Aedes aegypiti e os virus que ele transmite. Está tudo na aula da professora Juliana sobre Microcefalia. Clique no link da imagem a seguir.

microcefalia-zika-virus
Veja o que é a Microcefalia e como combater o Zika vírus

Como o Zika vírus é transmitido?

O zika pode ser transmitido por mosquitos do gênero Aedes, como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, cujas populações encontram-se em grande crescimento em nosso país. Além disso, há também a transmissão via sexual descoberta em 2009 por um biólogo estadunidense que visitou o Senegal, onde foi picado por mosquitos.

Brian Foy retornou ao seu país e, antes de apresentar sintomas, teve relações sexuais com sua esposa. Após alguns dias, ambos apresentaram sintomas da doença, ficando pela primeira vez registrado que o zikavírus pode também ser transmitido via sexual.

Dica 1: Revise também uma aula especial sobre a Dengue! Ela pode pintar no Enem e no seu vestibular! Para revisar, veja este super post com dicas da professora Juliana Evelyn e reportagem do dr. Dráuzio Varella.

Quais são os sintomas do zika vírus?

O zika é um agente patogênico bem menos potente que outros da família Flaviviridae. A pessoa infectada passa a apresentar sintomas após um período aproximado de 10 dias. O paciente passa a apresentar febre baixa constante, dores musculares e nas articulações, conjuntivite, erupções na pele e coceira.

Não há registros de mortes causadas pelo zika vírus. A doença evolui de forma benigna e desaparece espontaneamente entre o 3º e 7º dia de sintomas. Observe que a Microcefalia não ataca a mãe do bebê. A doença da Microcefalia se instala no feto.

Como é o tratamento?

Não há tratamento específico para o ciclo do Zika vírus. Segundo o Ministério da Saúde, os médicos devem indicar tratamento sintomático, com o uso de dipirona ou paracetamol para diminuir a febre e a dor. Assim como em casos de dengue, não deve ocorrer o uso de aspirina, sob o risco de ocorrerem hemorragias.

A Microcefalia, que ataca o feto, também não tem tratamento. O bebê nasce com sequelas que até então são permanentes e irreversíveis. Os danos não se limitam ‘ao menor diâmetro da cabeça’. São muito sérios e podem envolver cegueira, retardo mental, dificuldade de locomoção, e deformações físicas, entre outros. Veja aqui um resumo completo sobre Microcefalia.

Como podemos prevenir esta doença?

Não há vacina contra o zika vírus. Portanto, assim como no caso da dengue, a principal forma de prevenção é interrompendo o ciclo reprodutivo do mosquito Aedes aegypti. Para isso, é preciso evitar deixar água parada em recipientes onde a fêmea do Aedes possa colocar ovos. O único caminho seguro é interromper o ciclo do mosquito.

Há caminhos de prevenção, tais como colocar telas nos ambientes mais frequentados (como a sala de aula, por exemplo), usar repelentes, fazer aplicações de larvicidas em depósitos de água, e de inseticidas em locais onde há concentração do mosquito. Mas, estas ações, ainda que virtuosas, não são suficientes em si.

Como o zika vírus veio parar no Brasil?

Uma das principais suspeitas para o surto de zika no Brasil é o grande fluxo de turistas estrangeiros ocorrido durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Salvador foi uma das cidades sedes e muitas pessoas vindas de países endêmicos para o zika vírus visitaram a cidade.

Dica 2: Você já ouviu falar que mosquitos transgênicos são a nova arma contra a dengue? Não? Então fique ligado(a) neste super post, pois o assunto pode cair em biologia e atualidades em seu vestibular!

E aí, curtiu o nosso post? Então, para fixar o conteúdo, que tal ver uma videoaula sobre o zika vírus? Então, veja esta interessante aula do professor Rômulo Passos:

Juliana Biologia Enem
Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Juliana Santos para o Blog do Enem. Juliana é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de Ciências e Biologia em escolas da Grande Florianópolis desde 2007. Facebook: https://www.facebook.com/juliana.evelyndossantos.

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