terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Climatologia Geográfica


Físicos descobrem forma de modificar a estrutura do grafeno

Posted: 05 Jan 2015 04:10 PM PST

Uma equipe de físicos da Universidade do Arizona descobriu como mudar a estrutura cristalina do grafeno, conhecido comumente como grafite de lápis, com um campo elétrico. Um importante passo em direção ao possível uso do grafeno em microprocessadores que seriam menores e mais ágeis do que os atuais, baseados em silício.

O grafeno consiste em "folhas" extremamente finas de grafite: ao escrever com um lápis, folhas de grafeno descamam do núcleo de grafite do lápis e ficam no papel, por exemplo. Se for colocado em um Microscópio eletrônico de varredura de alta potência, o grafeno revela sua estrutura semelhante a uma folha de átomos de carbono com ligações cruzadas, assemelhando-se a fios.

Quando submetidos a um campo elétrico, partes do material deixam de se comportar como um metal, e passam a agir como um semicondutor, descobriram os físicos da Universidade.

Grafeno é o material mais fino do mundo, tendo que ser utilizado 300,000 folhas para atingir a espessura de um cabelo humano ou de uma folha de papel. Cientistas e engenheiros estão interessados nele pelas possíveis aplicações em dispositivos microeletrônicos, na esperança de impulsionar-nos da "Idade do Silício" para a "Idade do Grafeno". A parte difícil é controlar o fluxo de elétrons através do material, um pré-requisito necessário para implementá-lo em qualquer tipo de circuito eletrônico.

Brian LeRoy, professor de física associado da Universidade do Arizona, e seus colaboradores superaram um obstáculo em direção a esse objetivo ao mostrar que um campo elétrico é capaz de controlar a estrutura cristalina do grafeno de três camadas.

A maioria dos materiais requerem altas temperaturas, pressão ou ambos para alterar a sua estrutura cristalina,que é a razão do grafite não ligar-se espontaneamente com o diamante, ou vice-versa.

“É extremamente raro que um material mude sua estrutura cristalina apenas por ser aplicado um campo elétrico ,” LeRoy disse. “Fazer o grafeno de três camadas é um método excepcionalmente único que poderia ser utilizado para criar novos aparatos.”

Três camadas de grafeno podem ser empilhadas em apenas duas maneiras. Isso é análogo ao empilhar camadas de bolas de bilhar em uma estrutura triangular, com as bolas representando os átomos de carbono.

Fonte

Texto publicado pelo Phys com o título Physicists discover how to change the crystal structure of graphene.

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Astrobiologia ou Ufologia? Um conflito entre ciência e pseudociência

Posted: 05 Jan 2015 12:00 PM PST

Geralmente, as pessoas confundem astrobiologia com ufologia, que, por sinal, são áreas completamente distintas que supostamente buscam algo em comum: vida extraterrestre. Pretendo mostrar, a partir deste texto, o quanto o campo ufológico é desnecessário na busca pela vida extraterrestre pela falta de profissionalismo, rigor e cientificidade e a importância que a astrobiologia tem neste proeminente cenário científico.

Para começarmos, temos que definir exatamente o que são as duas coisas:

  • Astrobiologia: é o estudo interdisciplinar da origem, evolução e distribuição da vida no universo.
  • Ufologia: é o estudo hipotético de “objetos voadores não identificados” (OVNIs).

Para explicar melhor o que significa objetos voadores não identificados, temos que olhar com muita atenção para a terminologia grifada em negrito e itálico, pois o problema começa com um erro de interpretação.

Quando observamos algo no céu do qual não conseguimos identificar, passamos a nomear tal objeto como OVNI, porque simplesmente não conseguimos utilizar a nossa experiência para identificar o objeto. O erro acontece quando, ao invés de admitirmos o fato de que não sabemos do que se trata, damos uma explicação absurda para o objeto. É comum encontrar a seguinte alegação:

“Eu vi um OVNI… era impossível que aquele objeto tenha sido controlado por alguma inteligência humana, só podem ser seres extraterrestres.”

O erro não começa quando a pessoa admite que são objetos desconhecidos, mas quando alguém insiste em dar uma explicação baseada em sua crença pessoal. Admitir que algo não tem explicação não é o mesmo que afirmar algo absurdo ou extraordinário.

Ainda, a frase acima recorre a uma anedota (relato de que algo supostamente aconteceu mas não há meio algum de analisar sua veracidade) e ao argumentum ad ignorantiam (argumento da ignorância), no qual o argumentador (um ufólogo, por exemplo) afirma que, por não ter uma explicação plausível para um OVNI, ele automaticamente é de origem extraterrestre. Perceberam a contradição? Se o objeto voador não é identificado, então, não podemos atribuir um significado secundário sem a conclusão da primeira premissa, caso contrário é falácia, e sua alegação não é válida!

Afirmações que não possam testadas, explicações que não possuem caráter verídico, relatos que não podem ser verificados não possuem caráter científico.

Profissionalismo

Na astrobiologia, o indivíduo deve ter uma formação acadêmica científica (ou filosófica, se a sua intenção for trabalhar em cima dos problemas epistemológicos e ontológicos da mesma), ou seja, normalmente um processo de graduação acadêmica voltada à pesquisa científica, mas, na ufologia, não existe isso. Qualquer pessoa pode ser ufólogo. Não existe graduação e nem pesquisa acadêmica voltada exclusivamente para o estudo científico de objetos voadores não identificados – quer dizer, até existem algumas áreas que usam a ufologia como objeto de estudo, mas são problemas tratados por quem trabalha em outros campos:

  • Astronáutica: análise e identificação de objetos voadores supostamente desconhecidos e;
  • Psicologia: análises e testes psicológicos (estudos comportamentais e neurológicos) de pessoas que alegam haver tido experiências físicas com alienígenas.

No campo ufológico, qualquer pessoa pode levantar a “bandeira” e ganhar fama sem fazer qualquer progresso científico, aliás, sem fazer qualquer estudo rigoroso no campo acadêmico: 1) que consiste em usar metodologia científica; 2) publicar suas descobertas em revistas científicas (de preferência em revistas de alto impacto); 3) submeter sua descoberta a crítica da comunidade acadêmica (intersubjetividade acadêmica) e; 4) ter seu trabalho revisado por pares (peer review) e replicado por outros cientista da mesma área de atuação. E, diferentemente da ufologia, esse processo rigoroso só ocorre no campo astrobiológico.

Rigor

A astrobiologia faz o uso das quatro abordagens que foram citadas acima no desenvolvimento da pesquisa acadêmica, ao passo que a ufologia não possui um método de investigação preciso e objetivo (ou seja, o suposto método científico impregnado por ufólogos varia de uma simples lupa, a um Contador Geiger, às vezes uma luneta ou um binóculo). As conclusões podem ser facilmente derivadas a partir de falsas premissas, erros de interpretações (de relatos a fenômenos naturais), falta de ceticismo científico ou metodológico (dúvida metodológica que condiz com a pesquisa acadêmica), e a busca por uma explicação mais provável na ausência ou presença de evidências (por exemplo, ignorar a explicação mais simples que uma evidência pode fornecer, ou abraçar uma conclusão infundada por falta de uma explicação para um determinado acontecimento ou fenômeno). Os ufólogos místicos enaltecem mais as experiências dos sentidos do que o suporte tecnológico para análise de dados e evidências (por exemplo, é comum ouvir relatos de abduções extraterrestres de pessoas que alegam estarem em seus próprios quartos e depois de tal atormentadora experiência, acaba não restando uma única evidência capaz de corroborar com a ideia, ao ponto que os estudos psicológicos e neurocientíficos apontariam que a suposta causa para tal acontecimento seria a de que a pessoa provavelmente teve uma Paralisia do Sono).

Cientificidade

Apesar dos problemas epistemológicos envolvendo a cientificidade da astrobiologia (extrapolação cósmica da perspectiva evolutiva, por exemplo), ela pode ser considerada uma ciência ou uma protociência (porque ela é uma área científica em desenvolvimento) interdisciplinar (porque ela interage com o conhecimento de outras ciências já estabelecidas).

Na astrobiologia, podemos ver os seguintes exemplos:

  1. Astronomia: suporte na busca e estudo de exoplanetas e exoluas.
  2. Biologia: suporte na compreensão pela evolução da vida a partir da perspectiva cósmica.
  3. Física: suporte na compreensão do sistema físico e influências gravitacionais em exoplanetas.
  4. Geologia: suporte na compreensão do ambiente geológico extraterrestre.
  5. Radioastronomia: suporte na busca pela vida extraterrestre inteligente.
  6. Química: suporte na busca por uma teoria científica da origem da vida na Terra e, talvez, no Universo.

Na ufologia, não existe qualquer interação com outras áreas científicas do saber, ela também não tem objeto de estudo, uma vez que assumir a existência de OVNIs não é a mesma coisa que admitir a existência de vida extraterrestre inteligente. Em outras palavras, a ufologia é uma pseudociência (veja mais aqui), porque: 1) ela não tem objeto de estudo; 2) não age com rigor metodológico e; 3) não produz conhecimento passível de verificação empírica (ou seja, testável). A ufologia é totalmente baseada em relatos e documentos (registros) e anedotas (observações que não podem ser provadas ou testemunhos). Lembrando que relatos e documentos não são evidências científicas.

Aliás, existe uma inteiração da ufologia com outras áreas caracterizadas como pseudociências, mas não com ciências:

      1. Parapsicologia: área que alega que o ser humano possui atividades além da psique. Suas alegações servem atualmente de apoio as reivindicações de que as pessoas abduzidas começaram a manifestar poderes psíquicos (refutada aqui e aqui).
      2. Pseudoarqueologia ou Ufoarqueologia: área que deturpa o autêntico conhecimento arqueológico ignorando evidências da atividade humana na construção de monumentos megalíticos (refutada aqui e aqui)

Como sabiamente disse Carl Sagan no Capítulo 03, do livro “O Mundo Assombrado Pelos Demônios”:

“Cada área da ciência tem o seu próprio complemento de pseudociência. Os geofísicos têm de se haver com Terras chatas, Terras ocas, Terras com eixos loucamente oscilantes, continentes que emergem e afundam rapidamente, além de profetas de terremotos. Os botânicos têm plantas cuja ardente vida emocional pode ser monitorada com detectores de mentiras, os antropólogos têm homens-macacos sobreviventes, os zoólogos têm dinossauros remanescentes, e os biólogos evolutivos têm os literalistas bíblicos mordendo o seu flanco. Os arqueólogos têm astronautas antigos, runas forjadas e estatuária espúria. Os físicos têm máquinas de movimento perpétuo, uma multidão de refutadores amadores da teoria da relatividade, e talve a fusão fria. Os químicos ainda têm a alquimia. Os psicólogos têm grande parte da psicanálise e quase toda a parapsicologia. Os economistas têm previsões econômicas de longo alcance. Até agora, os meteorologistas têm a previsão do tempo a longo prazo a partir das manchas solares, como no Farmer’s Almanac (embora a previsão do clima a longo prazo seja outra história). A astronomia tem, como sua pseudociência mais importante, a astrologia — a disciplina que lhe deu origem. As pseudociências às vezes se cruzam, combinando a confusão — como nas buscas telepáticas dos tesouros enterrados de Atlântida, ou em previsões econômicas astrológicas.”

A utilização de alguns métodos e técnicas de análises em imagens (não é a mesma coisa que utilizar metodologia científica) ainda é necessária para analisar alguns casos ufológicos. OVNIs podem ser pipas, satélites, balões meteorológicos, balões de ar quente, bexigas de gás, sacos plásticos, fenômenos naturais, planetas, estrelas, insetos e sujeiras na lente da câmera e até mesmo efeitos de reflexão da lente da câmera em relação ao flash e ao ambiente (lens flare, por exemplo), e podem até ser extraterrestres, mas ainda não temos uma evidência capaz de sustentar essa afirmação.

Existe também um problema em estabelecer uma análise crítica na ufologia, porque muitas pessoas desconhecem a própria natureza (fenômenos naturais). Por exemplo, não sabem o que é halo solar, nuvens lenticulares e sun dogs. E, convenhamos, a maioria das pessoas nem sempre gosta de ouvir respostas simples, dando preferência a ouvir algo que condiz com suas crenças (viés de confirmação).


Nota do Autor

Comecei a minha caminhada pela ufologia (fui membro do grupo Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista do ufólogo e co-editor da Revista UFO Wallacy Albino e do Centro de Ufologia Brasileiro juntamente com o meu amigo e famoso pesquisador do caso Varginha Ubirajara Rodrigues), mas eu perdi totalmente a minha esperança em continuar na área depois de ver tantas fraudes e podres que são vendidos para as pessoas como se fossem verdades ou como se tivessem estudos científicos que oferecessem suporte para tais asneiras, que, por sinal, são amplamente propagadas por vários ufólogos nacionais e internacionais (ignorância rende). Vide a moda dos Crop Circles (veja aqui e aqui).

Conselho

Se você realmente acredita na possibilidade da vida extraterrestre existir e tem vontade de estudar o assunto de maneira séria, então siga o meu conselho e troque a ufologia pela astrobiologia.

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Há mesmo evidências físicas para a reencarnação?

Posted: 05 Jan 2015 08:08 AM PST

Há seis dias, uma página do Facebook, publicou um artigo que listava 10 evidências físicas para a reencarnação. Hoje, um outro canal de notícias postou o mesmo artigo (com algumas adaptações que, para a saúde dos leitores, não deveriam ser feitas) com o título 10 supostas provas de que a reencarnação existePelo menos, a última teve a decência de colocar o termo supostas.

Vou me focar apenas no que foi publicado pela página do Facebook, já que, provavelmente, você, leitor, a conhece. Ao ver o título, hesitei em ler tudo. Mas, com muita coragem, continuei e, logo no primeiro parágrafo, fui colocado novamente para baixo. O autor do texto teve a audácia de confundir “hipótese” com “teoria”. Eu não quero adentrar muito no campo, então, darei uma explicação básica e breve:

Hipótese: deve ser capaz de produzir inferências (raciocínio concluído ou desenvolvido a partir de indícios) do qual possam ser testadas (direta ou indiretamente);

Teoria: postulado já verificado e com evidências que sustentem-no.

Podemos perceber, ainda, ao decorrer do texto, que vários nomes de cientistas são citados como forma de apelar ao título que eles possuem visando a confirmação da hipótese. Só para constar: o fato de alguém ter se formado em uma universidade não significa que tudo o que ele falar é verdade. Um bom exemplo disso é um certo doutor em química defensor de pseudociências. Não importa se é mestre, doutor ou pós-doutor, se não apresentar evidências para suposições que eles dizem que seriam científicas, não há nenhuma credibilidade no discurso.

Vemos, também, que há a citação de um suposto jornal científico, o The Journal of Scientific Exploration. Mas, ao observarmos a definição feita pela Hypescience, já temos a certeza de que ele não tem crédito algum. Veja:

Medicina alternativa não é ciência, pois já foi invalidada e resumida em um simples termo: NÃO FUNCIONA! Se funcionasse, se chamaria medicina

O “estudo de extraterrestres” apenas aparece na Astrobiologia, mas a matéria não tem a menor certeza se existem. Quando falamos do estudo de OVNIs e de supostas aparições desses supostos seres, estamos falando da Ufologia. Essa que também não é uma ciência.

Enfim, vamos lá para o texto em si:

Primeira “evidência”: Marcas de nascença

MTE5NDg0MDU0NTIzODQwMDE1Basta uma leve pesquisa no Google para descobrir que essas marcas se originam por defeitos em vasos sanguíneos, melanócitos, nos tecidos adiposo e musculoso, nos fibroblastos e nos queratinócitos. Nada relacionado à reencarnação.

Cita-se, ademais, um garoto chamado K.H. (???) – mais um motivo para duvidar, já que não há motivos para esconder o nome dele -, que nasceu com uma marca no mesmo local que o seu avô. Ótimo! Mas isso pode ser apenas uma coincidência. E se não for? Então, deveríamos observar mais pessoas ao redor do mundo que passaram pela mesma situação e ver se há alguma correlação entre elas.

O fato do garoto ter chamado a mãe de War War Khine talvez seja apenas uma ilusão. O garoto falou algo, como uma criança normal, e ela automaticamente associou ao apelido, provavelmente pelo fato de sentir saudades do pai e sentir a necessidade de relacionar qualquer coisa que seja a ele. O mesmo caso para o sonho. Um sonho é apenas fruto de um movimento rápido dos olhos enquanto dormimos, o que não tem nada a ver com situações da realidade.

Segunda “evidência”: A criança que nasceu com ferimentos de bala

reencarnacao-9Meu Deus! O próprio texto se desmente. Veja o que foi dito:

O garoto em questão nasceu com microtia unilateral – má formação da orelha – e microsomia hemifacial, que é o subdesenvolvimento do lado direito de seu rosto. A microtia ocorre em cerca de 1 em cada 6.000 bebês, enquanto a microsomia é estimada em 1 a cada 3.500 bebês.

Terceira “evidência”:  A paciente que matou e se casou com o próprio filho (?????)

0342-600x393O trecho fala de uma história (provavelmente inventada) de uma mulher que teve uma “regressão”, onde foi materializada em uma americana colonizadora que sufocou o filho com uma suposta marca de lua crescente no ombro. Logo após, a mulher se casou com uma pessoa que tinha uma marca de lua crescente no mesmo ombro.

A primeira coisa que deveríamos analisar é a veracidade da história. Supondo que ela seja real, deveríamos visitar o tal casal relatado. Mesmo assim, a única explicação viável seria a de coincidência mesclada com pareidolia.

Só lembrando: papel aceita qualquer coisa de qualquer pessoa. Então, só porque eu escrevi algo em um livro e publiquei, não significa que o que tenha escrito seja real, mesmo que tenha sido escrito por algum meste, doutor ou pós-doutor (o que nos leva de volta ao argumento de apelo á autoridade citado anteriormente).

Quarta “evidência”: Caligrafia

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É clamado que um menino de 6 anos chamado Taranjit Singh relatou que havia nascido em um vilarejo a 60 km de onde ele mora, estudava o nono ano e tinha morrido em um acidente de bicicleta. Eu poderia dar algo bem detalhado como fiz e farei, mas, para ser bem breve, quero dizer que não há evidências de nada disso! São apenas relatos, anedóticas, não servem como evidência.

Quinta “evidência”: Monastérios

0636-600x393O trecho fala de um suposto garoto chamado Robin, que falava em uma língua completamente diferente da sua (reconhecido assim por um professor desconhecido) e disse que aprendeu-a em um monastério.

Então, sem nenhuma descrição explicitada de como era o lugar, um professor foi simplesmente para um monastério das Montanhas Kunlun e, automaticamente, disse que o garoto tinha sido a reencarnação de alguém de lá, sem nenhuma evidência disso.

Tudo isso foi descrito em um livro, o que nos leva ao argumento citado na “Terceira ‘evidência'”, de que papel aceita qualquer coisa de qualquer pessoa.

Sexta “evidência”: Sueco

0538-600x393Há uma história que relata a história de uma mulher que, do nada, começou a falar “sueco”. É um fenômeno chamado de xenoglossia.

É praticamente impossível de comprovar isso! Primeiro, nenhum nome é citado. Segundo, é apenas um relato, e tem a mesma verossimilhança, por enquanto, de uma lenda. Seria o mesmo que dizer que, enquanto eu escrevo esse texto, o saci apareceu atrás de mim com um copo de vodca na mão, falando em russo e dizendo que já aprontou com o meu ente da vida passada.

É algo tão interessante, né? Por isso é tão credível. As pessoas tendem a acreditar no que é maravilhoso, curioso e impossível, sem analisar criticamente nada. Quase a mesma conclusão feita na “quarta ‘evidência'”.

Sétima “evidência”: Soldado japonês

0742-600x393Conta a história de uma menina, chamada Ma Win Tar, que começou a agir como um soldado japonês. Novamente, não há evidências de nada! Os crentes sequer analisaram a possibilidade dela estar inventando o que falava!

Oitava “evidência”: Cicatrizes Fraternais

0841-600x393Relaciona-se à história de Kevin Christenson, um homem que teria morrido em 1979 e que tem elevadas chances de NUNCA TER EXISTIDO! Ao pesquisar pelo nome do indivíduo, apenas achamos outras pessoas ou links direcionados para, adivinhe, “10 evidências para a reencarnação”.

Nona “evidência”: Memória Felina

0937-600x393Eu desisti de tentar refutar detalhadamente cada ponto há muito tempo. Então, comecei a pesquisar os nomes do pessoal citado.

Novamente, essa “evidência” fala da história de um homem chamado John McConnell e blablabla. Ao pesquisar pelo nome dele, apenas chegamos à mesma conclusão do tópico anterior, exceto pelo fato de que ele é encontrado em mais outros sites.

Décima “evidência”: O entre-estados

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Uma história que fala sobre uma paciente que “em uma sessão de regressão” começou a falar do pai e do filho do Dr. Weiss. Supondo, novamente, que essa história não seja inventada e que realmente haja evidências de que essa mulher (chamada Catherine) existiu, ela falou:

O trecho consistiu em uma adaptação do realmente dito, por conta de erros ortográficos

Toda essa fala pode ser identificada, apesar dos nomes citados, por um simples discurso proferido por aqueles que clamam ter poderes sobrenaturais e que dizem revelar coisas sobre a vida do paciente. Como não sabemos toda a conversa e o que antecedeu a parte descrita, não podemos concluir nada. Mas, se soubéssemos os antecedentes, talvez, haveria uma imensa possibilidade de ter havido leitura fria.

Resumindo:

Nada, NADANADANADA do que foi falado é uma evidência para a reencarnação. Muito do que foi dito baseia-se apenas em relatos, em evidências anedóticas, tão verossímeis quanto a história do saci (como descrevi).

Se quiser crer em algo, creia! É seu direito! Mas isso não é algo para ser verificado fisicamente e nem para ter ciência envolvido no meio, caso contrário, mais textos como esse virão.

O texto, apesar de ter sido escrito por mim, teve o apoio do fundador do Universo Racionalista, Douglas Rodrigues.

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A internet pode estar sendo ameaçada por tubarões

Posted: 05 Jan 2015 07:51 AM PST

A internet é interligada pro cabos submarinos e subterrâneos. Porém, a internet vem sendo ameaçada por tubarões, ele adoram morder esses cabos, que podem romper e derrubar boa parte da internet, inclusive a sua.

Desde da instalação desses cabos os animais tem um interesse incrível nesses cabos. Em uma reportagem do New York Times, de 1987 o jornalista Peter Lewis disse: "Tubarões mostraram um inexplicável gosto pelos novos cabos de fibra ótica que estão sendo estendidos pelo fundo do oceano, ligando os Estados Unidos, Europa e Japão".

Ainda não se sabe o motivo desse interesse. Acredita-se que os tubarões são atraídos pelos pulsos eletromagnéticos, enquanto outros dizem que não passa de um inocente curiosidade.

Fonte: Revista Galileu

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