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- Política – Parte 2 – Aula de revisão para Filosofia Enem
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Política – Parte 2 – Aula de revisão para Filosofia Enem Posted: 10 Sep 2014 06:57 PM PDT Política Thomas Hobbes (1588-1679 Fim do Renascimento início do Iluminismo) Caro(a) estudante, nós continuaremos nesta aula a tratar de teoria política. O nosso primeiro pensador é Thomas Hobbes. Este filósofo, de origem humilde, foi secretário de Francis Bacon, sendo influenciado na sua produção intelectual pelo empirismo baconiano. Mesmo assim Hobbes adaptou, ao seu modo, o racionalismo, criando o seu racionalismo empirista acerca da interpretação da natureza. Também conheceu Galileu e com Descartes teve desentendimentos filosóficos. Porém, o nosso foco é tentar entender a visão política de Hobbes, no que concerne à análise do Estado, do pacto social e da religião. Hobbes faz a seguinte interpretação do homem em sua famosa obra "Leviatã" (monstro): “Homo homini lupus”, que, traduzindo, significa: "O homem é o lobo do homem". E este homem viveria em estado de "guerra de todos contra todos". Hobbes faz esta afirmação porque entende que o homem (as pessoas, o povo) que vive em um "estado de natureza" (sem gerência de um governo e de um contrato social) seria uma pessoa que busca alcançar o bem próprio, invocando para si a satisfação dos prazeres. Isso conduziria o homem ao egoísmo, necessitando este o poder sobre outros homens para perpetuar o seu próprio prazer. Hobbes é um fervoroso defensor do absolutismo como forma de governo, porém, quando reconhece que todo homem busca a satisfação de seus desejos de forma egoísta, neste momento, ele reconhece a igualdade natural entre os homens. Tal igualdade natural está alicerçada na ideia de direito natural, no qual todo homem busca a sua autopreservação em um ambiente hostil para a sua sobrevivência. Do mesmo modo, a força pode ser entendida como um elemento comum a todos os homens, sejam eles fracos ou fortes, cabendo a qualquer um deles a possibilidade de variar as suas táticas de ação contra o seu oponente, ou seja, qualquer um pode conseguir matar o outro, tudo depende de como se usa a força física ou os recursos intelectuais. Dica 1 – Aproveite a época das eleições e revise sobre Política para garantir a sua nota na prova de Filosofia Enem. Relembre sobre Nicolau Maquiavel, Thomas Morus e Francis Bacon nesta primeira aula sobre Política - http://blogdoenem.com.br/politica-filosofia-enem/Tal visão leva Hobbes a interpretar que o homem do "estado de natureza" é um homem que vive por instintos e, por viver assim, isso pode levá-lo à violência quando este se sentir ameaçado. Ao mesmo tempo, este instinto de sobrevivência é entendido por Hobbes como um fator que pode propiciar a paz, pois o homem, sabendo que pode morrer de forma violenta, evita agir sem necessidade. Assim, no "estado de natureza", o instinto humano de autopreservação conduziria os homens a optarem pela paz. Porém, em momentos em que a paz é negada por atos que desestabilizem a ordem natural, a guerra é considerada a melhor saída para se recompor a paz, devendo-se levar em consideração que a natureza humana preza sempre pela autopreservação e a paz é o melhor caminho para a preservação da vida. O problema do "estado de natureza" sugere Hobbes é a instabilidade que o instinto traz ao homem, ficando este sempre em alerta quanto à possibilidade de um atentado contra sua vida. Buscando a autopreservação, com a finalidade de evitar uma morte violenta e assim reinar a paz entre todos os homens, criam-se contratos entre estes para garantir a tranquilidade de todos. Mas, mesmo assim, o pacto social é fraco não conseguindo atender a todas as necessidades humanas, uma vez que ele é um pacto artificial, ou seja, não natural ao homem. Assim, sempre haverá alguém para desejar mais poder do que já tem. Por este motivo, Hobbes sugere que a única saída para reinar a paz entre os homens que compõem uma sociedade seria que estes, em sua maioria, deveriam abdicar de seus direitos individuais e entregá-los nas mãos de um soberano ou de uma assembleia de homens. Entende-se aqui que este possível soberano seria a pessoa mais capacitada para garantir o cumprimento do pacto social entre os homens Podemos perceber que Hobbes admite o pacto social entre os homens e a figura de um soberano só seria aceita se a maioria dos homens entregasse o poder a este. Diga-se de passagem que a grande diferença do absolutismo de Hobbes para o absolutismo reconhecido pela Igreja é que, para Hobbes, ele é fruto do consentimento dos homens e, para a Igreja, é um direito divino do soberano. Dica 2 – Revise sobre Descartes nesta aula de Filosofia Enem e relembre como o filósofo transformou a forma de Pensar do Homem moderno – http://blogdoenem.com.br/descartes-e-duvida-filosofia-enem/O soberano prestaria contas de seus atos e julgamentos apenas para Deus. O soberano então não seria questionado por ninguém. O soberano também seria o legislador, estando ele acima da Lei, pois cabe a ele a função de governar, legislar e executar as leis. Seu principal objetivo, manter a paz. Somente sob uma única condição o soberano perderia o direito de governar, quando este não mais conseguisse manter a ordem e consequentemente a paz. Quanto à religião, sua concepção religiosa identifica uma paz religiosa pautada pelo conformismo e não pela tolerância. Hobbes é a favor de uma religião oficial e obrigatória, de modo que o povo deveria recusar-se a obedecer ao soberano que ofendesse a Deus e dissesse ter recebido Dele direitos divinos para governar o povo. John Locke (1632-1704 Iluminismo) O empirismo científico de Locke também se revelou em sua concepção sobre a política, ou seja, Locke, como bom empirista, não acreditava nas ideias inatas, do mesmo modo transferiu esta máxima, adaptando-a à política, sugerindo que o poder político não seria inato, portanto, não seria proveniente de Deus. Esta postura faz de Locke um dos defensores do liberalismo, por este motivo vamos esclarecer alguns pontos na teoria política de Locke, a saber: estado de natureza, propriedade privada, Estado e pacto social. Estes conceitos foram desenvolvidos na obra: "Segundo Tratado do Governo Civil". Estado de natureza Locke acreditava que os homens viveram em um estado de natureza. Deste modo achava que os homens nasceram livres, dotados de razão, governados por ela, todos iguais, independentes uns dos outros, sendo os homens os executores das leis naturais. Haveria uma única sociedade, onde todos os homens participariam em pés de igualdade e todos os homens seriam guiados pela razão. Haveria aqui um direito natural inalienável a todo homem que é o da condição humana conferindo a ele certas garantias pelo simples fato de ser homem. Deste modo, os homens do estado de natureza eram considerados bons por Locke, viveriam em paz sem se ferirem. Propriedade privada Um dos principais motivos pelo qual o homem adere ao pacto social é o de ter direito à propriedade privada que pode ser considerado um destes direitos inalienáveis ao homem, porém não inato. Isso significa dizer que todo homem tem direito à propriedade privada desde que por força do seu trabalho, algo natural aos homens, produza benfeitorias no local, as quais possam se reverter em direito sobre a propriedade. Mas há de se observar que o direito à propriedade é limitado ao homem, quando este infringe o principio do "bem comum", ou seja, nenhum homem pode se apropriar dos recursos naturais, essenciais à sobrevivência da humanidade, como: água, terras e recursos minerais. Além disso, os direitos civis também devem ser preservados, como: direito à vida, à liberdade, à segurança, à educação. O Estado e o pacto social Com a tentativa de garantir todos estes direitos do estado de natureza e o bem comum os homens dotados de razão, em conjunto, criam o pacto social e o próprio Estado para garantir os direitos naturais. Mas se o Estado não garantir o direito, cabe aos homens tomar o Estado, derrubar o governo ineficiente, implementar um novo que garanta os direitos naturais. Dica 3 – O Exame Nacional do Ensino Médio está chegando! Revise sobre as principais características do Helenismo nesta aula preparatória para prova de Filosofia Enem – http://blogdoenem.com.br/helenismo-filosofia-enem/Locke, ainda que embrionariamente, defende a divisão dos poderes do Estado. Para Locke, a divisão dos poderes garantiria a manutenção dos direitos naturais e impediria o abuso do poder de homens egoístas. Para o Legislativo, Locke defende uma atuação quando necessária, ou seja, para fazer leis ou reformá-las. Quanto ao Executivo, este deve ser atuante no cumprimento das leis e presente no dia a dia da sociedade. Montesquieu (1689-1755 Iluminismo) Montesquieu defendeu fortemente a democracia e o respeito às leis. Atacou assim, de forma severa, o absolutismo e a base deste regime, o clero. Mesmo assim vale lembrar que Montesquieu era um nobre, de modo que sua visão política privilegiava uma aristocracia liberal. Não via com bons olhos o poder nas mãos do povo, mas também não admitia a possibilidade de um governo despótico. Obviamente Montesquieu pensava assim, pois um governo absolutista elimina a possibilidade de poder da nobreza. Do mesmo modo, o governo nas mãos do povo significa o rebaixamento da nobreza. Como Montesquieu lutava contra o absolutismo, o mesmo percebia que este sistema de governo possuía muita força, daí a sua interpretação: só se freia o poder com poder ou como ele mesmo afirmava "Só o poder freia o poder". Isso significa que não cabe ao Executivo ou ao Judiciário elaborar Leis, nem ao Legislativo executar, nem ao Judiciário legislar. As funções são específicas para cada Poder, só assim se garante a liberdade ao cidadão diante do Estado e de outro cidadão. Sua teoria política remonta às bases aristotélicas e sua mais famosa contribuição foi o desenvolvimento da divisão dos poderes do Estado, inicialmente apresentada de forma simples em Locke. Este pensador na obra "O Espírito das Leis" sistematizou a divisão tradicional dos poderes de um Estado moderno: Executivo, Legislativo e Judiciário. Montesquieu percebeu o homem como sendo um ser racional, portanto, livre. Assim, a qualquer momento podem violar a Lei de Deus e alterar a Lei dos homens. Para Montesquieu, todos os seres possuiriam uma natureza, não sendo isso diferente para os homens, para a política e para o Estado. Para cada uma destas situações existiriam leis naturais. No que diz respeito aos sistemas de governos, Montesquieu traçou o perfil, a natureza de três sistemas: o republicano; o monárquico; o despótico. O primeiro, o poder republicano, consiste basicamente do poder estar constituído pelo povo, nas mãos do povo, assim temos a democracia. Mas, quando o poder está nas mãos de poucos, temos uma aristocracia; o segundo, o poder monárquico, consiste na concentração do poder em uma pessoa, garantido por leis escritas (positivadas), este sistema está pautado pela honra. O terceiro, o poder despótico, consiste na vontade de um único homem, sua característica mais comum é o absolutismo fundamentado principalmente pelo medo. Ao analisar os sistemas de governo, Montesquieu objetivava revelar aos legisladores outros modelos de governo que pudessem servir como parâmetro para a positivação de leis. Deste modo, o pensador atribuía aos sistemas de governo uma mecânica, ou seja, por mecanismo ele entendia uma capacidade humana em criar algo e, se um mecanismo é concebido por homens, isso significa então que um sistema de governo poder ser alterado por eles. Montesquieu empreendeu método rigoroso para estudar as Leis. Tão rigoroso, que se confere a ele o embrião da ciência que surgiria no final do século XIX, a Sociologia. O filosofo percebeu a importância das leis naturais, mas diferente dos demais pensadores buscou estudar apenas as leis positivas, pois estas são reais e aplicadas no cotidiano das pessoas. Rapidamente Montesquieu percebeu que algumas leis anulavam outras. Sua conclusão sobre tal situação foi a de perceber que a sociedade e suas demandas mudam constantemente e que, por isso, a necessidade das coisas faz com que novas leis se choquem com outras mais antigas. O filósofo entendeu também que haveria uma ligação entre as leis, conferindo às leis uma universalidade naturalmente igual a todos os homens, porém, mesmo assim, haveria um ordenamento diferenciado entre as leis, o qual criaria as diversas formas de governo. Montesquieu confere ainda à geografia, ao clima, aos hábitos, à economia e à religião particularidades que influenciariam a composição das leis para um determinado grupo. Assim, mesmo havendo leis universais naturais, haveria também leis particulares específicas para cada grupo. O poder Executivo É exercido por um rei que tem direito de veto no parlamento. Poder Legislativo Seus membros reunir-se-iam sob convocação do Poder Executivo; é composto por duas câmaras ou corpos, e também é chamado de sistema bicameral. As câmaras são consideradas independentes, tendo suas assembleias e deliberações em separado. Uma chamar-se-ia "Corpo dos comuns" e seria composta pelos representantes do povo e da burguesia; a outra, "Corpo dos nobres", é composta pelos membros da nobreza; a transmissão dos cargos seria hereditária sempre com a passagem do poder de vetar as decisões da câmara do corpo dos comuns. Poder Judiciário Caberia a este poder o julgamento dos atos que infringissem as leis positivas, de modo que este poder garantiria o princípio da isonomia (igualdade) entre os poderes e a sociedade produzindo neste segundo, inclusive nos indivíduos que o compõem, certa segurança para com o Estado e os demais indivíduos. Saiba mais sobre Thomas Hobbes, John Locke e Montesquieu nestas aulas dos canais Megaaluno.com, Sistema Poliedro e Filosofia com David G. Borges, disponíveis no Youtube. Após assistir, revise o que você aprendeu respondendo aos nossos desafios! Desafios Questão 1 Vunesp – 2011 (com adaptações) Em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou “o homem lobo do homem”. Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar. (Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, 2001) O trecho representa o pensamento do filósofo a) Montesquieu. b) Hobbes. c) Maquiavel. d) Locke. e) Bacon. Questão 2 Fundação Dom Cintra – 2010 John Locke afirma que o homem entra em sociedade com a finalidade de: a) Julgar, legislar e executar ações com os mesmos objetivos. b) Eliminar as disparidades nas relações humanas. c) Estruturar as relações econômicas. d) Criar o Poder Legislativo. e) Preservar a propriedade. Questão 3 Fundação Carlos Chagas – 2010 O filósofo inglês John Locke (1632-1704) é considerado como um dos principais teóricos do Liberalismo. A teoria liberal: a) Estabelece a ideia de origem divina do poder e da justiça, fundada nas virtudes do bom governante. b) Defende que o Estado deve elaborar as regras e normas das atividades econômicas, segundo suas necessidades. c) Estabelece uma teoria da propriedade privada como direito natural. d) Afirma que o Estado tem o direito de legislar, permitir e proibir tudo quanto pertença à esfera privada, especialmente por meio da censura do pensamento. e) Acredita que o monarca é responsável pela decisão sobre impostos, tributos e taxas, sendo livre para intervir nas relações da sociedade civil. Questão 4 UFU – julho 2008 Com base na teoria de Hobbes e no texto abaixo, marque a alternativa correta. O que Hobbes quer dizer falando de "guerra de to dos contra todos", é que, sempre onde existirem as condições que caracterizam o estado de natureza, este é um estado de guerra de todos os que nele se encontram. BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991. p. 36. a) O estado de natureza e o estado de guerra estão relacionados apenas a alguns homens. b) Hobbes caracteriza a "guerra de todos contra todos" como algo que pode sempre existir. c) A "guerra de todos contra todos" independe de condições para existir. d) O estado de natureza caracteriza-se pela ausência de guerra. Questão 5 Universidade Estadual de Goiás – 2008 O Estado, como entendemos hoje, é o resultado de uma longa evolução histórica. Pode-se, no entanto, afirmar que o modelo atual ou os modelos atuais têm sua origem na modernidade com Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau etc. Uma das grandes conquistas em termos de liberdade e do exercício de poder foram o conceito de estado de direito e a separação de poderes. “A liberdade política não consiste de modo algum fazer aquilo que se quer. Em um Estado, isto é, em uma sociedade na qual existem leis, a liberdade não pode consistir apenas em poder fazer aquilo que se deve querer e em não ser obrigado a fazer aquilo que não se deve querer [...]. A liberdade é o direito de fazer tudo aquilo que as leis permitem” (REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2000. 2.v.). Neste sentido, as leis não limitam a liberdade, mas a asseguram a cada cidadão. Este é o princípio do constitucionalismo moderno e do estado de direito. A divisão dos três poderes do Estado é a condição da liberdade: “para que não se possa abusar do poder, é preciso que, por meio da disposição das coisas, o poder detenha o poder” (REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2000. 2.v.). O texto acima está se referindo a qual autor e a qual obra? a) Locke – Ensaio sobre o governo civil b) Maquiavel – O príncipe c) Montesquieu – O espírito das leis d) Rousseau – O contrato social Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender! The post Política – Parte 2 – Aula de revisão para Filosofia Enem appeared first on Blog do Enem. Tudo sobre Enem, Fies, Sisu, Prouni e Vestibular. |
Simbolismo – Aula de revisão para Literatura Enem Posted: 10 Sep 2014 06:25 PM PDT Simbolismo Monet As palavras-chave para entender o estilo simbolista aí estão: representar, evocar, magia, misticismo, inconsciente. Contemporâneos dos parnasianos, os simbolistas reagiram fortemente contra os princípios cientificistas da época, propondo uma arte baseada na expressão de estados emocionais subjetivos, misteriosos, ilógicos, ou seja, aquilo que só admite expressão simbólica, porque não pode ser codificado racionalmente. A razão e a lógica, instrumentos de análise de realidade, cedem lugar à intuição. As obras que iniciam o Simbolismo no Brasil são Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambas de Cruz e Sousa. Contexto histórico No final do século XIX, a Europa estava enfrentando um período de crise, gerada pela segunda Revolução Industrial. A nova ordem econômica beneficiava somente a elite, quando a maior parte da população era constituída de proletários. Isso gerou intranquilidade e pessimismo. Neste mesmo momento, o Brasil passava por grande agitação política e social, devido a fatos como a abolição da escravatura (1888), a proclamação d República (1889), entre outros. Características
Como fantásticos signos Erram demônios malignos. Na brancura das ossadas Gemem as almas penadas. Lobisomens, feiticeiras Gargalham no luar das eiras. Os vultos dos enforcados Uivam nos ventos irados. (Cruz e Sousa)
Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. (Cruz e Sousa)
Noites de além, remotas, que eu recordo, Noites da solidão, noites remotas Que nos azuis da fantasia bordo… (Cruz e Sousa) Autores e obras
Broquéis (poesia); Faróis (poesia); Últimos Sonetos; Tropos e fantasias (prosa); Missal (prosa); Evocações (prosa).
Setenário das dores de Nossa Senhora e Câmara ardente (poesia); Dona Mística (poesia); Mendigos (prosa). Este é Ismália, o poema mais conhecido de Alphonsus de Guimaraens: Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar… Viu uma lua no céu, Viu outra no mar… No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar… Queria subir ao céu, Queria descer ao mar… E no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar… Estava perto do céu, Estava longe do mar… E como um anjo pendeu As asas para voar… Queria a lua do céu, Queria a lua do mar… As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par… Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar. Dica 1 – Revise tudo sobre Machado de Assis em mais esta aula de Literatura Enem. Estude com a gente para o Exame Nacional do Ensino Médio! – http://blogdoenem.com.br/machado-de-assis-literatura-enem/Saiba mais sobre Simbolismo nesta aula do canal Aula De, disponível no Youtube. Após assistir, revise o que você aprendeu respondendo aos nossos desafios! Desafios Questão 01 Sobre o fragmento de texto abaixo, que pertence à estética simbolista, é correto afirmar que: "Indefiníveis músicas supremas, harmonias da Cor e do Perfume… Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume…" a) apresenta características parnasianas, tais como o uso da mitologia e de uma linguagem simbólica. b) é de autoria de Alphonsus de Guimarães e não apresenta rimas externas, nem figuras de linguagem. c) foi escrito por Cruz e Sousa, e o fragmento apresenta como característica marcante a objetividade. d) caracteriza-se pela linguagem simples, pela musicalidade e é de autoria de Cecília Meireles. e) pertence ao poeta Cruz e Sousa e apresenta como características simbolistas a musicalidade, o uso de palavras que iniciam com letra maiúscula no meio dos versos. Dica 2 – Confira as principais características do Realismo nesta aula de revisão para Literatura Enem. Estude com a gente para o Exame Nacional do Ensino Médio! – http://blogdoenem.com.br/realismo-aula-de-revisao-para-literatura-enem/Questão 02 (MACK )Assinale a alternativa em que aparece um trecho do Simbolismo brasileiro. a) Vejo através da janela de meu trem b) E não há melhor resposta c)Ai! Se eu te visse no calor da sesta d) Eu amo os gregos tipos de escultura: e) Brancuras imortais da Lua Nova, Questão 03 Dica 3 – Relembre sobre o Romantismo nesta aula de Literatura Enem. O Exame Nacional do Ensino Médio está chegando, estude com a gente! – http://blogdoenem.com.br/romantismo-literatura-enem/(ITA) Leia os seguintes versos. Mais claro e fino do que as finas pratas O som da tua voz deliciava… Na dolência velada das sonatas Como um perfume a tudo peifunzava. Era um som feito luz, eram volatas Em lânguida espiral que iluminava, Brancas sonoridades de cascatas… Tanta harmonia melancolizava. (Cruz e Sousa. "Cristais", em Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1995, p. 86.) Assinale a alternativa que reúne as características simbolistas presentes no texto. a) Sinestesia, aliteração, sugestão. b) Clareza, perfeição formal, objetividade. c) Aliteração, objetividade, ritmo constante. d) Perfeição formal, clareza, sinestesia. e) Perfeição formal, objetividade, sinestesia. Questão 04 (UNIRIO) Leia o texto a seguir. Cantiga outonal Outono. As árvores pensando… Tristezas mórbidas no mar… O vento passa, brando, brando… E sinto medo, susto, quando Escuto o vento assim passar… (Cecília Meireles) a) Apesar de modernista, a autora apresenta tendências de outro movimento literário, evidentes no texto. Que movimento é esse? b) Retire do texto uma passagem que justifique a sua resposta anterior e, a seguir, cite a característica que ela apresenta. Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender! The post Simbolismo – Aula de revisão para Literatura Enem appeared first on Blog do Enem. Tudo sobre Enem, Fies, Sisu, Prouni e Vestibular. |
Formas da energia: Conservação da energia – Física Enem Posted: 10 Sep 2014 05:31 PM PDT A energia é um conceito abstrato, mas podemos defini-la de maneira concreta, como sendo a capacidade de um sistema de realizar trabalho. Lembrando que trabalho em Física está relacionado a um deslocamento que acontece quando há ação de uma força. Vamos falar inicialmente de duas formas de energia: a cinética e a potencial. A cinética está associada ao movimento. Se um corpo está em movimento e possui uma velocidade, então ele possui energia na forma cinética, e esta é diretamente proporcional ao quadrado da sua velocidade, e ao valor da sua massa. onde m é a massa do corpo e v a sua velocidade. O objetivo de grande parte dos nossos sistemas tecnológicos é produzir energia cinética, para que máquinas realizem o nosso trabalho. Um exemplo claro disso são os automóveis, graças a sua energia cinética não precisamos andar grandes distâncias. Mas como podemos produzir energia cinética? A resposta a essa pergunta está na outra forma de energia, a potencial. Podemos defini-la como a energia que tem a capacidade de ser transformada em energia cinética. Quando levamos uma massa de água para o alto de uma montanha e a deixamos lá represada, ela passa a ter a capacidade de se movimentar caso seja liberada. Neste caso a água possui energia na forma de potencial gravitacional pelo fato de está em certa altura. A energia potencial gravitacional é maior quanto maior for à altura que o corpo é colocado. Podemos medi-la da seguinte forma: Eg = m.g.h onde g é a aceleração da gravidade e h a altura ocupada pelo corpo de massa m. Outra maneira de se obter energia potencial ao deixar um sistema em uma determinada posição, é quando comprimimos uma mola, ou qualquer outro material que ao ser deformado tente a retornar a sua posição original. Vamos usar como exemplo uma mola. A energia potencial elástica é diretamente proporcional ao quadrado da deformação provocada na mola, simbolizada por x, e a uma propriedade da mola que está relacionada a sua confecção e o tipo de matéria utilizado, que é a constante elástica, simbolizada pela letra k. Então podemos calcular a energia potencial elástica através da seguinte equação: Outra forma de energia potencial é a potencial química. Esta forma de energia está associada a todo tipo de reação química que libera energia. São exemplos de transformação de energia potencial química em cinética, os motores dos carros, que ao queimar combustível produzem movimento, nosso metabolismo que quebra as moléculas dos nutrientes contidos nos alimentos para produzir a energia que nos permite dentre outras coisas correr. Então a energia potencial química é liberada na quebra de uma ligação química que forma a molécula de uma substância. Usinas termelétricas que utilizam combustíveis em seu funcionamento tem como fonte primária a energia potencial química, que é transformada em energia térmica. A energia térmica, ou calor, está associada a variação de temperatura ou a mudanças de estado físico, é a energia que passa de um corpo mais quente para outro mais frio. O calor pode ser produzido também através do atrito, por exemplo, quando esfregamos uma mão na outra, nesse caso essa energia é perdida para o ambiente. Quando acontece o atrito durante os processos de transformação de energia, parte dela é dissipada, ou seja, não pode ser reaproveitada na forma de outro tipo de energia. Além da produção de calor, o som e a luz são outras evidências de que a energia está sendo dissipada. Um exemplo disso é quando ocorre uma explosão devido a alguma reação química, temos simultaneamente a produção de energia térmica, sonora e luminosa, que não podem ser reaproveitadas em outro processo de transformação de energia. Durante as etapas de transformação de energia, quando não há dissipação por atrito, dizemos que a energia se conserva. Ou seja, toda energia potencial é transformada em cinética, e vice e versa. A soma das energias cinética e potencial de um sistema é chamada de Mecânica. Se não há variação na energia mecânica dizemos que ela se conservou. Que tal uns exercícios para colocar todo este conhecimento em prática? 1) (ENEM 2009) É correto afirmar que os coletores solares permitem boa economia de energia, pois Gabarito: C 2) (ENEM – 2009) A energia geotérmica tem sua origem no núcleo derretido da Terra, onde as temperaturas atingem 4.000 ºC. Essa energia é primeiramente produzida pela decomposição de materiais radiativos dentro do planeta. Depreende-se das informações acima que as usinas geotérmicas Gabarito: D 3) (ENEM 2010) No nosso dia a dia deparamo-nos com muitas tarefas pequenas e problemas que demandam pouca energia para serem resolvidos e, por isso, não consideramos a eficiência energética de nossas ações. No global, isso significa desperdiçar muito calor que ainda poderia ser usado como fonte de energia para outros processos. Em ambientes industriais, esse reaproveitamento é feito por um processo chamado cogeração. A figura a seguir ilustra um exemplo de cogeração na produção de energia elétrica. (A) térmica em mecânica. Gabarito: A 4) (ENEM – 2009) Considere a ação de se ligar uma bomba hidráulica elétrica para captar água de um poço e armazená-la em uma caixa d'água localizada alguns metros acima do solo. As etapas seguidas pela energia entre a usina hidroelétrica e a residência do usuário podem ser divididas da seguinte forma: As etapas I, II e III acima mostram, de forma resumida e simplificada, a cadeia de transformações de energia que se processam desde a fonte de energia primária até o seu uso final. A opção que detalha o que ocorre em cada etapa é: (A) Na etapa I, energia potencial gravitacional da água armazenada na represa transforma-se em energia potencial da água em movimento na tubulação, a qual lançada na turbina, causa a rotação do eixo do gerador elétrico e a correspondente energia cinética, dá lugar ao surgimento de corrente elétrica. Gabarito: E 5) (ENEM 2012) A usina termelétrica a carvão é um dos tipos de unidades geradoras de energia elétrica no Brasil. Essas usinas transformam a energia contida no combustível (carvão mineral) em energia elétrica. Em que sequência ocorrem os processos para realizar essa transformação? Gabarito: C The post Formas da energia: Conservação da energia – Física Enem appeared first on Blog do Enem. Tudo sobre Enem, Fies, Sisu, Prouni e Vestibular. |
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