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Vozes Verbais – Parte II – Gramática Enem Posted: 17 Mar 2015 02:44 PM PDT Se a voz ativa é aquela cujo sujeito executa a ação e a voz passiva é aquela cujo sujeito sofre a ação, o que se pode deduzir é que a voz reflexiva apresenta um sujeito que executa e sofre a ação. A frase abaixo, que ilustra a voz reflexiva, é o resultado de horas de reflexão, com certeza jamais alguém havia pensado em algo assim! Se você a vir em algum livro, copiaram daqui! José cortou-se com a faca. Observe que o pronome se representa o próprio José, ou seja, "José cortou a si mesmo com a faca". A voz reflexiva ainda pode representar reciprocidade. Observe: Nós nos abraçamos. A ação do verbo é reflexiva, porém há ainda a ideia de reciprocidade: "Nós abraçamos um ao outro." Maria e José se beijaram, ou seja, Maria e José beijaram um ao outro. Facinho, né! Agora vamos às características da voz passiva. Dica 1: Entenda o que são vozes verbais – http://blogdoenem.com.br/gramatica-enem-vozes-verbais/Dica 2: 5 dicas para arrasar na prova e fazer uma redação Enem nota mil http://blogdoenem.com.br/5-dicas-redacao-enem/A voz passiva se divide da seguinte forma:Voz passiva analítica: é sempre formada por uma locução verbal. Vejamos os exemplos: As encomendas foram entregues pelo carteiro. A casa foi cercada de policiais. Há nas frases o sujeito passivo "as encomendas" e "a casa", a locução verbal "forma entregues" e "foi cercada" o agente da passiva "pelo carteiro" e "de policiais". O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de, como se vê no exemplo acima. A voz passiva analítica pode ocorrer também com tempo composto (ter ou haver + particípio), ou com locução verbal. Não se esqueça de que o tempo e o modo verbal devem ser mantidos. Observe:
Voz passiva sintética ou pronominal:Ela é chamada assim porque se resume a um único verbo. Porém, ela deve ter, necessariamente, uma marca para que não se transforme em voz ativa que é o pronome se – pronome apassivador, por isso também chamada de pronominal. Construiu-se uma nova ponte. Se tirássemos o pronome se, teríamos uma frase na voz ativa, com o sujeito oculto. Assim: Construiu uma nova casa. Nesse caso, o sujeito seria ele, oculto. Portanto é o pronome se que transforma essa frase em uma voz passiva sintética. É importante observar uma característica da voz passiva sintética: ela normalmente não apresenta agente da passiva. Agora, veja o teste mais importante que se deve fazer para verificar se realmente é voz passiva sintética: transformá-la em analítica. Alugam-se cadeiras de praia. => Cadeiras de praia são alugadas. Viu como é muito fácil identificar o sujeito na analítica? Essa verificação é imprescindível para que haja a concordância adequada: o verbo deve concordar com o sujeito. Esse teste é necessário para que se possam resolver questões de concordância nos concursos. Se o sujeito foi identificado, faz-se a concordância e ponto final. Observe o exemplo abaixo: a) "Aumentou-se" os preços dos combustíveis. Para verificar se é voz passiva e se o sujeito é "os preços dos combustíveis", faz-se a transformação para a sintética: b) Os preços dos combustíveis foram aumentados. Observe que é possível a transformação e que o verbo auxiliar "foram" está no plural para concordar com o núcleo do sujeito "preços"; portanto temos realmente voz passiva sintética. Porém, há um erro de concordância na frase "a": o verbo está no singular e o sujeito, no plural. A forma correta é: Aumentaram-se os preços dos combustíveis. Vendem-se apartamentos. Apartamentos são vendidos. Dessa forma, o verbo está concordando com o sujeito. Viu só como é "facinho, facinho"? Além de questões que solicitam a identificação da voz verbal, há, de forma recorrente, nos concursos, questões que abordam a concordância na voz passiva sintética. Para verificar se ocorre concordância ou não, é só fazer a transformação. Na frase: Precisa-se de professores. o verbo está no singular porque de professores não é sujeito, nem poderia ser, pois vem introduzido pela preposição em (regência do verbo precisar). Este termo funciona como objeto indireto do verbo precisar, portanto não determina concordância. Veja como a transformação é impossível: Professores são precisados. Acho que essa frase não fica muito boa. Xiiiiii! Inclusive "compromete a vida dos professores." Este caso é o que se chama sujeito indeterminado. Mas isso fica para o próximo post, certo? Assista agora à aula de 14min e 34 s sobre concordância verbal do professor Marcelo Braga Fique ligado! Frequentemente, os vestibulares apresentam questões sobre esse assunto. A partir de agora, tenho certeza de que você não vai ter mais dúvidas sobre as questões concordância com a voz passiva sintética. Este post foi elaborado pelo professor Wilson Rochenbach Nunes para o Blog do Enem. Wilson é formado em Letras pela Unilassale Canoas – RS e Mestre em Linguística Aplicada pela PUCRS. Dá aulas de Português para concursos em cursos da Grande Florianópolis e Grande Porto Alegre desde 2002. The post Vozes Verbais – Parte II – Gramática Enem appeared first on Blog do Enem. Tudo sobre Enem 2015, Fies, Sisu, Prouni e Vestibular. |
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