terça-feira, 14 de abril de 2015

Blog do Enem: simplificado como deve ser


Gramática Enem – Hífen, quando usar?

Posted: 13 Apr 2015 04:36 PM PDT

Gramática - Hífen1-FB

O hífen é um sinal diacrítico de pontuação utilizado para ligar os elementos de palavras compostas, como acontece em couve-flor e ex-presidente. Já há algum tempo, o hífen é um elemento gramatical bastante polêmico porque foi ele quem mais sofreu mudanças com o acordo ortográfico de 1990. Ou seja, muita gente que já saiu da escola ou estava no meio de seus estudos teve que aprender tudo outra vez a respeito das regras que regem o hífen.

Para quem já aprendeu e quer reaprender ou para quem está aprendendo pela primeira vez, esta aula de revisão de gramática vai ensinar tudo o que você precisa saber para nunca mais errar o lugar deste tracinho.

O hífen é usado com vários fins em nossa ortografia e, geralmente, sugere a ideia de união semântica, ou seja, a união de sentidos das palavras unidas. Pense na palavra guarda-roupa, com a união do verbo guardar e do substantivo roupa, sabemos que trata-se de um espaço para armazenar peças de vestuário. Outro exemplo é o nome da planta que faz aquele delicioso chá que tomamos para relaxar depois de uma intensa sessão de estudos, a erva-doce, que recebe este nome pela característica natural desta erva que de ser naturalmente doce. Somando os sentidos de duas ou mais palavras, multiplicamos as possibilidades de criar significados para dar nomes às coisas.

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Mas o hífen serve para outras situações e vamos listá-las a seguir:

1) Na separação de sílabas:

Ao escrevermos a nossa preciosa redação do Enem, do vestibular ou ainda as questões discursivas de algumas provas, acontece de preenchermos uma linha e uma palavra um pouco mais comprida não cabe. Para não deixar um amplo espaço em branco, o professor de redação recomenda separar a palavra na altura da sílaba até onde cabe a palavra.

Aprendemos a separar sílabas lá nos primeiros anos da escola e, havendo dúvidas, a maior parte dos dicionários escolares mostra a maneira correta para fazer a divisão silábica de uma palavra.

vo-vô
a-mo-ra
pás-sa-ro
li-mo-ei-ro
tra-ba-lho
U-ru-guai

2) Para ligar pronomes oblíquos átonos a verbos:

Os pronomes oblíquos átonos “me”, “te”, “nos”, “vos”, “o”, “os”, “a”, “as” e “se” indicam o objeto direto e seguem regras de colocação pronominal para determinar sua colocação em relação ao verbo. Eles se unem aos verbos através do hífen.

deixa-o;
obedecer-lhe;
chamar-se-á (mesóclise);
mostre-se-lhe (dois pronomes relacionados ao mesmo verbo);
ei-lo.

3) Em substantivos compostos:

Neste caso, os elementos mantêm a sua autonomia fonética e a sua acentuação, somando os seus sentidos para formar uma terceira unidade semântica.

Amor-perfeito, arco-íris, conta-gotas, decreto-lei, guarda-chuva, médico-cirurgião, norte-americano, etc.

Atenção! Algumas palavras compostas acabaram perdendo, em certa medida, a noção de composição, passando a ser grafadas sem hífen: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.

4) Em compostos em que o primeiro elemento é numeral:

primeira-dama, primeiro-ministro, segundo-tenente, segunda-feira, quinta-feira, etc.

5) Em compostos homogêneos:

Ou seja, quando contêm dois adjetivos (técnico-científico, luso-brasileiro), dois verbos (quebra-quebra, corre-corre) ou elementos repetidos (blá-blá-blá).

6) Nos topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão, ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigos:

Grã-Bretanha, Grão-Pará;
Passa-Quatro, Quebra-Costas, Traga-Mouros, Trinca-Fortes;
Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.

7) Nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento:

couve-flor, erva-doce, feijão-verde, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, bem-me-quer (planta),

andorinha-grande, formiga-branca, cobra-d’água, lesma-de-conchinha, bem-te-vi, etc.

Atenção! Não se usa o hífen quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido: bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental, com hífen) e bico de papagaio (deformação nas vértebras, sem hífen).

8) Nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem:

além-mar, aquém-fontreiras, recém-nascido, sem-vergonha.

9) Sempre que o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra:

anti-inflacionário, inter-regional, sub-bibliotecário, tele-entrega, etc.

10) Entre elementos que formam não uma palavra, mas um encadeamento vocabular:

A divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;
A ponte Rio-Niterói;
A ligação Angola-Moçambique;
A relação professor-aluno.

11) Com o elemento mal antes de vogal, h ou l:

mal-acabado, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo.

12) Nas locuções não se costuma empregar o hífen, exceto aquelas já consagradas pelo uso:

café com leite, cão de guarda, dia a dia, fim de semana, ponto e vírgula, tomara que caia.

Locuções consagradas: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

Nesta super videoaula da professora Isabel Veiga, podemos rever tudo o que vimos nesta revisão sobre os casos em que o hífen é aplicado e um pouco mais. Assista, faça suas anotações e ‘bora arrasar nas provas de gramática e fazer aquele texto impecável na redação.

Na próxima revisão vamos ver como trabalhar o hífen nas palavras compostas por sufixação. Até mais!

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Redação Enem – Saiba como apresentar diferentes pontos de vista

Posted: 10 Apr 2015 02:34 PM PDT

Como você sabe, a redação Enem é cobrada dos candidatos na forma de uma dissertação argumentativa. Isso significa que você precisa apresentar uma solução no parágrafo final (na conclusão). As ideias também precisam estar articuladas de forma que o leitor acredite na viabilidade da sua proposta para melhorar a situação exposta no primeiro parágrafo (a introdução).

Isso significa que você terá de trabalhar com diferentes pontos de vista e ser capaz de pesar cada um dos argumentos expostos na redação Enem. Desenvolver a argumentação, no entanto, não se resume a listar conceitos e simplesmente jogá-los no texto.

Ficou difícil de entender? Então vamos ver um exemplo.

Como discorrer sobre temas genéricos

Imagine que o tema da sua redação seja "mobilidade urbana". Além de discorrer sobre o assunto, você certamente vai precisar apresentar soluções para o problema. Na introdução, seria interessante dizer que esse é um dos maiores desafios das cidades grandes.

No desenvolvimento, é hora de apresentar dados como o número de acidentes devido ao excesso de carros em circulação e o tempo que as pessoas perdem todos os dias para ir e voltar do trabalho. Nos parágrafos que antecedem a conclusão também é interessante dizer os motivos pelos quais a mobilidade urbana é um problema. Na conclusão, é hora de apresentar soluções viáveis.

A argumentação para assuntos específicos na Redação Enem

redação pontos de vista A mesma questão pode ser abordada de uma forma mais objetiva. Vamos supor que o tema da redação do Enem discorra sobre as faixas exclusivas para ônibus. Perceba que o tema tem relação com mobilidade urbana, mas você não pode tratar o assunto de forma genérica. Tópicos pontuais também exigem que o seu ponto de vista seja direcionado.

Nesses casos, é preciso ser capaz de dar voz às diferentes opiniões sobre o tema e apresentar os pontos divergentes. Mas tenha o cuidado de não apresentar argumentos superficiais e opiniões óbvias.

Uma dica para discorrer sobre esse tipo de assunto na Redação Enem é recuperar o histórico sobre o tema. Quais cidades adotaram uma faixa exclusiva para ônibus? Elas obtiveram uma melhora significativa ao adotarem tal sistema?

Ao apontar as razões pelas quais a adoção da faixa foi uma experiência positiva e mostrar em que momentos a iniciativa não deu certo seu texto fica mais rico. Lembre-se de que cada afirmação é sucedida por uma explicação. Logo depois de dizer que o projeto deu certo, é hora de apresentar os motivos: há menos carros em circulação, mais pessoas utilizam o transporte público.

A força dos seus argumentos estará no nível de conhecimento sobre o tema. Por isso é tão importante estar informado e estudar os temas atuais. Reserve pelo menos uma hora do seu dia para ler os principais sites de notícias. Também é recomendável a leitura de reportagens online ou em revistas.

Ao contrário do que muitos alunos pensam, texto longo não é sinônimo de texto bom. Poucas coisas incomodam mais os revisores do que um aluno que enrola, enrola e não diz nada. Outra dúvida bastante recorrente ao discorrer sobre temas polêmicos é "devo ou não expor minha opinião explicitamente?". A resposta é: depende. Assumir um ponto vista requer que os seus argumentos sejam contundentes o bastante para convencer o leitor sobre a sua tese.

O assunto "pontos de vistas radicais na redação do Enem" é debatido por diversos profissionais em um programa criado pela Rede Minas em parceria com a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais. O vídeo tem 1min41 e está disponível no Youtube.

Dicas de Redação  Enem: 1 – Descubra aqui quais são Os Cinco Passos para conquistar a banca de avaliadores.  2 – Descubra aqui como os estudar os temas de atualidades e com produzir bons argumentos na redação do Enem; 3 –  Veja aqui como estruturar suas ideias num texto dissertativo argumentativo.

Este post foi elaborado por Victor Toscano. Ele é jornalista e mora em São Paulo. Foi professor de inglês em diversas escolas e trabalhou como assistente editorial. Atualmente, realiza traduções, dá aulas particulares de inglês e atua como redator online. Twitter: @victor_toscano

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