domingo, 19 de outubro de 2014

Climatologia Geográfica


Maconha: texto de esclarecimento para evitar citações falsas

Posted: 18 Oct 2014 05:06 PM PDT

Desde que eu me entendo como gente, vejo debates tanto em redes sociais quanto na vida real do assunto relacionado à legalização da maconha. Observo argumentos bem fundamentados seja do lado conservador seja do lado mais liberal, porém, quando o assunto é sobre os malefícios benefícios da erva, lágrimas caem dos meus olhos frente à sequência de afirmações pseudocientíficas. Diante disso, resolvi traduzir (adaptando)  um texto de esclarecimento da American Lung Association sobre o assunto.

 AFINAL, O QUE É A MACONHA?

A maconha é uma droga feita das partes secas e desfiadas da planta Cannabis e é normalmente consumida em cigarros feitos na mão.

Ela contém um químico muito potente chamado de delta-9-tetrahidrocanabinol, mais conhecido como THC. É muito similar a químicos que o cérebro naturalmente produz e perturba a função dessas substâncias no sistema cognitivo.

A erva, hoje em dia, é bem mais potente do que nas décadas passadas. Por um longo tempo, os níveis de THC eram de 2,3%, porém, atualmente, os níveis do composto são maiores que 8% e podem estar em aproximadamente 35% nas ervas medicinais.

A MACONHA PODE TER EFEITOS MEDICINAIS?

A planta em si nunca foi provada e aprovada como fonte completa de nutrientes benéficos, isso porque ainda não há nenhum indício de que os benefícios são maiores que os riscos e até porque o consumo não vai deixar ninguém mais saudável. Porém, os canabinoides que a planta contém podem ter vários efeitos medicinais.

Um deles é o delta-9-tetrahidrocanabinol, mais conhecido como THC. Ele estimula o apetite e reduz a náusea (já há medicações feitas com esses objetivos), mas também pode causar dor, inflamação e espasticidade.

Porém, além do THC, a erva também contém cerca de 100 outros canabinoides. Cientistas já sintetizaram numerosos canabinoides no laboratórios (muitos deles extremamente potentes e, que se abusados, podem causar graves problemas de saúde). O corpo humano produz naturalmente compostos canabinoides (chamados de endocanabinoides), que desempenham um papel extremamente importante:

- Na regulação da pressão;

- Na memória;

- No pensamento;

- Na concentração;

- No movimento;

- Na coordenação;

- Na percepção sensorial;

- No apetite;

- Na dor.

Atualmente, os canabinoides mais focados para a pesquisa terapêutica são o THC e o canabidiol (CBD). O CBD é um canabinoide não-psicoativo que talvez também seja útil na redução de dores e de inflamações, controlando ataques epilépticos e até mesmo tratando psicoses e, incrivelmente, vícios.

Mesmo sem um imenso avanço da medicina nesse tema, já são feitos medicamentos com os canabinoides ou baseando-se neles, como:

DRONABINOL: usado para tratar náusea causada pela quimioterapia ou perdas de apetite (que provocam perda de peso) causadas pela AIDS;

NABILONE: usado para os mesmos motivos que o Dronabinol;

SATIVEX: para tratar espasticidade causada por esclerose múltipla e está em pesquisa para o tratamento de dores cancerígenas;

EPIDIOLEX: usado para tratar epilepsia em crianças.

TABACO VS MACONHA

O uso da maconha também deposita alcatrão nos pulmões. Na verdade, quando quantidades iguais de maconha e tabaco são fumadas, a primeira deposita quatro vezes mais alcatrão no pulmão do que o segundo. Isso tudo porque os cigarros que a erva é ‘embalada’ não possuem filtros e é frequentemente inalada mais profundamente do que os cigarros de tabaco.

O fumo da maconha é também irritante para os pulmões e os fumantes podem ter os mesmo problemas respiratórios experimentados por pessoas que fumam tabaco, como:

- Tosse;

- Produção acentuada de muco;

- Bronquite;

- Maior risco de infecção pulmonar.

OUTROS EFEITOS DA MACONHA

Além dos efeitos no sistema respiratório, ela também pode provocar efeitos no cérebro, nos quais incluem:

- Problemas na coordenação motora e na memória-curta;

- Lentidão de resposta;

- Alterações de humor, de julgamento e de tomadas de decisão;

- EM ALGUMAS PESSOAS, pode causar ansiedade, insônia ou perda de noção da realidade.

Por causa desses efeitos, o uso da maconha mais que dobra o risco de um motorista sofrer um acidente.

Além de tudo isso, a erva também afeta o coração, que aumenta as suas batidas em 20-100% depois do uso, um efeito que pode durar 3 horas, colocando os usuários em um imenso risco de ataque cardíaco.

O uso descontrolado pode, ainda, provocar, assim como usuários reportam, pouca satisfação com a vida, saúde mental e física pobre, problemas de relacionamento e menor desempenho acadêmico comparado aos colegas de classe.

OS JOVENS E A MACONHA

O uso da maconha é particularmente nocivo aos jovens em razão da área do cérebro responsável pelo prazer crescer mais cedo e mais rápido que a área que controla a habilidade de entender riscos e consequências. Um estudo nacional feito pelo Monitoring the Future mostrou que em 2012, 1,1% dos estudantes do oitavo ano do ensino americano, 3,5% do décimo e 6,5% do décimo-segundo alegaram que usavam a maconha diariamente.

A erva é altamente acessível, especialmente para adolescentes mais velhos. Em 2012, 37% estudantes do oitavo ano de ensino americano, 68% do décimo e 82% do décimo-segundo alegaram que a maconha está se tornando cada vez mais fácil de se conseguir. Estudos mostram que à medida que a acessibilidade aumenta, a percepção dos danos diminui.

A percepção de que há risco em fumar maconha está caindo dentre os jovens. Em 2012, 66,9% dos estudantes do oitavo ano de ensino americano, 50,9% do décimo e 44,1% do décimo-segundo disseram que há algum risco em fumar a planta regularmente. Porém, esses números têm diminuído ao longo dos últimos seis anos.

É VICIANTE?

Muita gente acha que a maconha não é viciante, porém, a dependência da erva é a razão número 1 do porquê de jovens no Colorado e nos Estados Unidos procurarem tratamentos para dependentes químicos. Jovens são mais passíveis de se viciarem do que os adultos. Cerca de 4,5 milhões de pessoas nos Estados Unidos cumprem o critério clínico para dependência da maconha.

O THC estimula as células do cérebro a produzirem a dopamina, que cria um sentimento de euforia e pode ocasionar um vício físico.

REFERÊNCIAS E DICAS DE LEITURA:

Sobre a maconha em geral de uma forma resumida:

1. http://www.lung.org/associations/states/colorado/tobacco/marijuana.html

Sobre os efeitos medicinais e remédios já feitos com canabinoides:

2. http://www.drugabuse.gov/publications/drugfacts/marijuana-medicine

3. Dronabinol: http://www.medicinenet.com/dronabinol-oral/article.htm

4. Nabilone: http://en.wikipedia.org/wiki/Nabilone

5. Sativex: http://en.wikipedia.org/wiki/Nabiximols

6. Epidiolex: http://www.gwpharm.com/Epidiolex.aspx

Sobre o depósito de alcatrão no pulmão:

7. http://www.scientificamerican.com/article/large-study-finds-no-link/

Sobre alguns efeitos da maconha:

8. http://www.drugfreeworld.org/drugfacts/marijuana/the-harmful-effects.html

Estudo feito nos Estados Unidos sobre a maconha com estudantes do oitavo, do décimo e do décimo-segundo ano de ensino:

9. http://www.monitoringthefuture.org/data/12data.html

Sobre a dependência da maconha:

10. http://www.healthline.com/health-news/marijuana-addiction-rare-but-real-072014

11. http://en.wikipedia.org/wiki/Cannabis_dependence

Sobre o uso afetar a parte do cérebro responsável por certas habilidades (estudo realizado pelo estado do Colorado):

12. http://www.cde.state.co.us/sites/default/files/documents/dropoutprevention/resources/how_marijuana_harms_youth_brochure_grey.pdf

The post Maconha: texto de esclarecimento para evitar citações falsas appeared first on Climatologia Geográfica.

Satélite registra intenso desmatamento em Rondônia

Posted: 18 Oct 2014 09:40 AM PDT

Climatologia GeográficaA imagem foi capturada pelo satéliteProba-V, da Agência Espacial Europeia (ESA) e mostra claramente o impactos que os humanos vem fazendo sobre em uma das maiores florestas tropicais do planeta. No áreas marrons, podemos ver as regiões onde o desmatamento da Floresta Amazônica no estado de Rondônia está mais intensificado.

A agência espacial chamou a atenção para o padrão de “espinha de peixe” que os desmatadores estão seguindo atualmente em suas atividades: primeiramente cortam estradas maiores na mata, para depois irem abrindo caminhos secundários que podem facilitar a retiradas das árvores da região. Estas práticas foram responsáveis por fazer o Brasil em muitos anos o campeão de desmatamento no planeta.

O dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espacias (INPE) são de 2013, onde foram 932 quilômetros de flores desmatadas em Rondônia, no Pará números atingiram 2.346 quilômetros quadrados e no Mato Grosso foram 1.139. Juntando todos totalizam 5.891 quilômetros quadrados de florestas desmatadas só ano passado.

Fonte: Revista Galileu

The post Satélite registra intenso desmatamento em Rondônia appeared first on Climatologia Geográfica.

0 comentários:

Postar um comentário

Subscribe to RSS Feed Sigam-me no Twitter!