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Maconha: texto de esclarecimento para evitar citações falsas Posted: 18 Oct 2014 05:06 PM PDT Desde que eu me entendo como gente, vejo debates tanto em redes sociais quanto na vida real do assunto relacionado à legalização da maconha. Observo argumentos bem fundamentados seja do lado conservador seja do lado mais liberal, porém, quando o assunto é sobre os malefícios e benefícios da erva, lágrimas caem dos meus olhos frente à sequência de afirmações pseudocientíficas. Diante disso, resolvi traduzir (adaptando) um texto de esclarecimento da American Lung Association sobre o assunto. AFINAL, O QUE É A MACONHA? A maconha é uma droga feita das partes secas e desfiadas da planta Cannabis e é normalmente consumida em cigarros feitos na mão. Ela contém um químico muito potente chamado de delta-9-tetrahidrocanabinol, mais conhecido como THC. É muito similar a químicos que o cérebro naturalmente produz e perturba a função dessas substâncias no sistema cognitivo. A erva, hoje em dia, é bem mais potente do que nas décadas passadas. Por um longo tempo, os níveis de THC eram de 2,3%, porém, atualmente, os níveis do composto são maiores que 8% e podem estar em aproximadamente 35% nas ervas medicinais. A MACONHA PODE TER EFEITOS MEDICINAIS? A planta em si nunca foi provada e aprovada como fonte completa de nutrientes benéficos, isso porque ainda não há nenhum indício de que os benefícios são maiores que os riscos e até porque o consumo não vai deixar ninguém mais saudável. Porém, os canabinoides que a planta contém podem ter vários efeitos medicinais. Um deles é o delta-9-tetrahidrocanabinol, mais conhecido como THC. Ele estimula o apetite e reduz a náusea (já há medicações feitas com esses objetivos), mas também pode causar dor, inflamação e espasticidade. Porém, além do THC, a erva também contém cerca de 100 outros canabinoides. Cientistas já sintetizaram numerosos canabinoides no laboratórios (muitos deles extremamente potentes e, que se abusados, podem causar graves problemas de saúde). O corpo humano produz naturalmente compostos canabinoides (chamados de endocanabinoides), que desempenham um papel extremamente importante: - Na regulação da pressão; - Na memória; - No pensamento; - Na concentração; - No movimento; - Na coordenação; - Na percepção sensorial; - No apetite; - Na dor. Atualmente, os canabinoides mais focados para a pesquisa terapêutica são o THC e o canabidiol (CBD). O CBD é um canabinoide não-psicoativo que talvez também seja útil na redução de dores e de inflamações, controlando ataques epilépticos e até mesmo tratando psicoses e, incrivelmente, vícios. Mesmo sem um imenso avanço da medicina nesse tema, já são feitos medicamentos com os canabinoides ou baseando-se neles, como: DRONABINOL: usado para tratar náusea causada pela quimioterapia ou perdas de apetite (que provocam perda de peso) causadas pela AIDS; NABILONE: usado para os mesmos motivos que o Dronabinol; SATIVEX: para tratar espasticidade causada por esclerose múltipla e está em pesquisa para o tratamento de dores cancerígenas; EPIDIOLEX: usado para tratar epilepsia em crianças. TABACO VS MACONHA O uso da maconha também deposita alcatrão nos pulmões. Na verdade, quando quantidades iguais de maconha e tabaco são fumadas, a primeira deposita quatro vezes mais alcatrão no pulmão do que o segundo. Isso tudo porque os cigarros que a erva é ‘embalada’ não possuem filtros e é frequentemente inalada mais profundamente do que os cigarros de tabaco. O fumo da maconha é também irritante para os pulmões e os fumantes podem ter os mesmo problemas respiratórios experimentados por pessoas que fumam tabaco, como: - Tosse; - Produção acentuada de muco; - Bronquite; - Maior risco de infecção pulmonar. OUTROS EFEITOS DA MACONHA Além dos efeitos no sistema respiratório, ela também pode provocar efeitos no cérebro, nos quais incluem: - Problemas na coordenação motora e na memória-curta; - Lentidão de resposta; - Alterações de humor, de julgamento e de tomadas de decisão; - EM ALGUMAS PESSOAS, pode causar ansiedade, insônia ou perda de noção da realidade. Por causa desses efeitos, o uso da maconha mais que dobra o risco de um motorista sofrer um acidente. Além de tudo isso, a erva também afeta o coração, que aumenta as suas batidas em 20-100% depois do uso, um efeito que pode durar 3 horas, colocando os usuários em um imenso risco de ataque cardíaco. O uso descontrolado pode, ainda, provocar, assim como usuários reportam, pouca satisfação com a vida, saúde mental e física pobre, problemas de relacionamento e menor desempenho acadêmico comparado aos colegas de classe. OS JOVENS E A MACONHA O uso da maconha é particularmente nocivo aos jovens em razão da área do cérebro responsável pelo prazer crescer mais cedo e mais rápido que a área que controla a habilidade de entender riscos e consequências. Um estudo nacional feito pelo Monitoring the Future mostrou que em 2012, 1,1% dos estudantes do oitavo ano do ensino americano, 3,5% do décimo e 6,5% do décimo-segundo alegaram que usavam a maconha diariamente. A erva é altamente acessível, especialmente para adolescentes mais velhos. Em 2012, 37% estudantes do oitavo ano de ensino americano, 68% do décimo e 82% do décimo-segundo alegaram que a maconha está se tornando cada vez mais fácil de se conseguir. Estudos mostram que à medida que a acessibilidade aumenta, a percepção dos danos diminui. A percepção de que há risco em fumar maconha está caindo dentre os jovens. Em 2012, 66,9% dos estudantes do oitavo ano de ensino americano, 50,9% do décimo e 44,1% do décimo-segundo disseram que há algum risco em fumar a planta regularmente. Porém, esses números têm diminuído ao longo dos últimos seis anos. É VICIANTE? Muita gente acha que a maconha não é viciante, porém, a dependência da erva é a razão número 1 do porquê de jovens no Colorado e nos Estados Unidos procurarem tratamentos para dependentes químicos. Jovens são mais passíveis de se viciarem do que os adultos. Cerca de 4,5 milhões de pessoas nos Estados Unidos cumprem o critério clínico para dependência da maconha. O THC estimula as células do cérebro a produzirem a dopamina, que cria um sentimento de euforia e pode ocasionar um vício físico. REFERÊNCIAS E DICAS DE LEITURA: Sobre a maconha em geral de uma forma resumida: 1. http://www.lung.org/associations/states/colorado/tobacco/marijuana.html Sobre os efeitos medicinais e remédios já feitos com canabinoides: 2. http://www.drugabuse.gov/publications/drugfacts/marijuana-medicine 3. Dronabinol: http://www.medicinenet.com/dronabinol-oral/article.htm 4. Nabilone: http://en.wikipedia.org/wiki/Nabilone 5. Sativex: http://en.wikipedia.org/wiki/Nabiximols 6. Epidiolex: http://www.gwpharm.com/Epidiolex.aspx Sobre o depósito de alcatrão no pulmão: 7. http://www.scientificamerican.com/article/large-study-finds-no-link/ Sobre alguns efeitos da maconha: 8. http://www.drugfreeworld.org/drugfacts/marijuana/the-harmful-effects.html Estudo feito nos Estados Unidos sobre a maconha com estudantes do oitavo, do décimo e do décimo-segundo ano de ensino: 9. http://www.monitoringthefuture.org/data/12data.html Sobre a dependência da maconha: 10. http://www.healthline.com/health-news/marijuana-addiction-rare-but-real-072014 11. http://en.wikipedia.org/wiki/Cannabis_dependence Sobre o uso afetar a parte do cérebro responsável por certas habilidades (estudo realizado pelo estado do Colorado): 12. http://www.cde.state.co.us/sites/default/files/documents/dropoutprevention/resources/how_marijuana_harms_youth_brochure_grey.pdf The post Maconha: texto de esclarecimento para evitar citações falsas appeared first on Climatologia Geográfica. |
Satélite registra intenso desmatamento em Rondônia Posted: 18 Oct 2014 09:40 AM PDT A imagem foi capturada pelo satéliteProba-V, da Agência Espacial Europeia (ESA) e mostra claramente o impactos que os humanos vem fazendo sobre em uma das maiores florestas tropicais do planeta. No áreas marrons, podemos ver as regiões onde o desmatamento da Floresta Amazônica no estado de Rondônia está mais intensificado. A agência espacial chamou a atenção para o padrão de “espinha de peixe” que os desmatadores estão seguindo atualmente em suas atividades: primeiramente cortam estradas maiores na mata, para depois irem abrindo caminhos secundários que podem facilitar a retiradas das árvores da região. Estas práticas foram responsáveis por fazer o Brasil em muitos anos o campeão de desmatamento no planeta. O dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espacias (INPE) são de 2013, onde foram 932 quilômetros de flores desmatadas em Rondônia, no Pará números atingiram 2.346 quilômetros quadrados e no Mato Grosso foram 1.139. Juntando todos totalizam 5.891 quilômetros quadrados de florestas desmatadas só ano passado. Fonte: Revista Galileu The post Satélite registra intenso desmatamento em Rondônia appeared first on Climatologia Geográfica. |
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