quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Posted: 14 Oct 2014 01:27 PM PDT

A australiana sofre de um mutação genética que faz a pessoa enxergar 100 vezes mais cores do que uma pessoa normal. Essa mutação é chamada de tetracromatismo, o ser humano que a contém recebe muito mais receptores de cores que qualquer outra pessoa.

Descrevendo uma folha, ela diz: “É como um mosaico de cores. Na borda consigo ver laranja, vejo também um pouco de roxo e vermelho na região sombreada. Talvez você consiga ver verde escuro, mas eu noto violeta, turquesa e até azul”. A diferença dela para as outras pessoas está nas células cone, ou seja pessoas normais possuem três delas na região dos olhos e as que tem mutações possuem quatro.

A célula absorve as ondas particulares de luz e transmite-as ao cérebro. Para você ter uma ideia uma pessoas normal consegue enxergar cerca de um milhão de cores, já o tetracromático é estimado em um número de 100 milhões. “É chocante para mim o quão pouco as pessoas podem ver”, diz ela.

Pesquisadores chegaram a uma conclusão que essa mutação trata-se de uma alteração no cromossomo X, e esse é o caso da artista australiana.

Cerca de 1% da população mundial é tetracromático. De acordo com Kimberly Jameson, especialista que cuida do caso desde 2012 ” a diferença entre um tetracromático e uma pessoa normal não é tão drástica como a de um daltônico para a visão comum”.

Nas pessoas que não tem o tetracromatismo, existem três cores que dominam o espectro de visão da retina: vermelho, verde e azul. Já no caso da australiana, os pesquisadores acreditam que está mais para as cores de um “avermelhado, alaranjado e amarelo; mas ainda completamente incertos”.

A mulher pretende abrir uma escola de arte para daltônicos, e uma plataforma online para ajudar os tetracromáticos. “Eu quero me certificar de que, antes de morrer, vou ajudar a definir o tetracromatismo. Há muitos por aí e quero ajudá-los a encontrar um caminho”, diz a pintora.

Fonte: Revista Galileu

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