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- Inscrições do Enem 2016 vão até esta sexta-feira (20)
- Questões de Biologia do Enem 2015 surpreenderam, mas continuamos acertando em cheio!
- 1808 A chegada da família Real de Portugal no Brasil: história Enem
Inscrições do Enem 2016 vão até esta sexta-feira (20) Posted: 18 May 2016 04:08 PM PDT Enem 2016: Cuidado para não perder o prazo das inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio 2016 (Enem 2016)! Você pode se inscrever até o próximo dia 20 (sexta-feira), mas o pagamento da taxa poderá ser efetuado até o dia 25 de maio.De acordo o Ministério da Educação (MEC), já são mais 5 milhões de participantes confirmados, sendo que, o esperado é um total de 8 milhões. Para participar do exame, basta se inscrever pelo site: http://enem.inep.gov.br/. Veja o passo a passo aqui. O MEC Alerta: "No momento da inscrição, os candidatos precisam informar um número de telefone, fixo ou celular, válido. Também é necessário cadastrar um endereço eletrônico (e-mail), o qual não pode ser usado por outro participante. O sistema de inscrição determina ainda a criação de pergunta e resposta de segurança para o acesso. É importante também que o número de CPF e data de nascimento informados durante a inscrição estejam de acordo com os dados na base da Receita Federal". Neste ano, a taxa cobrada é de R$ 68, sendo que o pagamento pode ser realizado até as 21h59 (de Brasília) do dia 25 de maio. Podem receber a isenção deste valor, os candidatos que se declararem como carentes e, também, os estudantes concluintes do Ensino Médio no ano de 2016 e que estejam matriculados em colégios da rede pública de ensino. Provas do Enem 2016As provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2016 acontecem nos dias 5 e 6 de novembro. Os candidatos terão quatro horas e meia para realizar as questões do primeiro dia (sábado) e cinco horas e meia, para as provas do segundo dia (domingo). Por isso, nada melhor do que estar bem preparado para o exame! Estude com o Blog do Enem! Aproveite os simulados gratuitos para testar os seus conhecimentos. Dica 1 – Revise todo o conteúdo visto em sala de aula e prepare-se para o Enem 2016 com o Curso Enem Gratuito: http://blogdoenem.com.br/curso-enem-gratuito-veja-as-aulas-da-11a-semana/Dica 2 – Veja dicas de como se sair bem nas provas do Enem 2016: http://blogdoenem.com.br/como-se-sair-bem-no-enem/Dica 3 – Está em dúvidas sobre que profissão deseja seguir? Acesse o nosso Guia de Profissões: http://blogdoenem.com.br/guia-de-profissoes/Post escrito por Martha Ramos. Jornalista formada na Universidade Estácio de Sá em Santa Catarina. Fez Pós-Graduação em Marketing e trabalha com produção de conteúdos para jornais, revistas, empresas e blogs. Face: https://www.facebook.com/martha.ramos.5203 O post Inscrições do Enem 2016 vão até esta sexta-feira (20) apareceu primeiro em Blog do Enem. |
Questões de Biologia do Enem 2015 surpreenderam, mas continuamos acertando em cheio! Posted: 18 May 2016 12:39 PM PDT A prova do Enem de 2015 foi surpreendente. Ao contrário do que vinha acontecendo todo ano, o tema ecologia praticamente não foi abordado nas questões de biologia da prova de Ciências da Natureza. Além disso, a prova foi muito mais conteudista, exigindo do(a) candidato(a) um maior conhecimento específico.Apesar disso, o Blog do Enem voltou a repetir o sucesso em algumas previsões para as questões de Biologia: os vírus apareceram (a dengue estava lá, galera!), assim como questões sobre biotecnologia, fisiologia, DNA e cariótipo. O nível de dificuldade da maior parte das questões estava entre fácil e intermediário. Poucas questões de biologia do Enem 2015 podem ser consideradas difíceis, como a que tinha o gráfico da glicose (exigia um pouco mais de interpretação) e a das organelas celulares. E você, o que achou das questões de Biologia na prova de Ciências da Natureza? Deixe sua opinião nos comentários. Mas, antes, que tal se ligar na nossa correção das questões de Biologia do Enem 2015? Os comentários podem te ajudar nas provas que estão chegando! Questões de Biologia da prova amarela do Enem 2015:Resposta: e. Quando falamos de microquimerismo estamos "contestando" um dos princípios fundamentais da biologia: o de que todas as células de um indivíduo pluricelular são provenientes das células resultantes da divisão mitótica do zigoto. No microquimerismo, algumas células de um indivíduo são provenientes de outro organismo. Resposta: a. As bactérias de Herbert Boyer produziram insulina humana a partir de um pequeno pedaço do DNA humano que contém a sequência de DNA necessária para a produção de insulina. Este pedaço de DNA foi inserido nos plasmídeos (DNAs circulares secundários) das bactérias, através de enzimas de restrição e DNA-ligases. A insulina produzida hoje ainda utiliza esta técnica. Resposta: B. Na imagem, o tecido recebe a imagem formada a partir da reflexão dos raios luminosos provenientes dos objetos externos à câmara escura. Os raios luminosos se propagam em linha reta e, ao passar pelo pequeno buraco na parede, acabam formado uma imagem invertida no tecido. O mesmo ocorre em nossos olhos, pois nossos olhos seguem os princípios físicos da câmara escura. O furo na parede corresponderia a nossa pupila. Já o tecido, corresponde a nossa retina, uma vez que ela se situa no fundo do olho e capta os raios luminosos que ali chegam, formando imagens invertidas. Resposta: b. O próprio enunciado diz que há quatro sorotipos diferentes de vírus da dengue. Isso faz com que um mesmo organismo reaja diferentemente a cada tipo de vírus e que ele seja identificado de maneiras diversas. Assim, se você pegou o vírus tipo 1 da dengue, após alguns dias da infecção, seu organismo irá produzir anticorpos que se ligarão aos antígenos desse vírus e tornarão você imune. Porém, se você entrar em contato com o tipo 3, seus anticorpos (que são extremamente específicos) não conseguirão identificar e se ligar aos antígenos desse tipo de vírus. Essa alta variedade de antígenos dificulta a produção de vacinas, uma vez que elas precisam causar imunidade a todos eles. Resposta: d. Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a conquistarem o ambiente terrestre. Porém, não foi uma conquista definitiva – eles precisam viver em ambientes úmidos próximos a fontes de água doce. Há vários motivos para isso: ovos sem casca que ressecam facilmente, fase larval aquática (girinos) e pele muito fina e pouco queratinizada. A pele muito fina ajuda o anfíbio a complementar a troca gasosa pulmonar, mas é muito delicada e permeável, desidratando-se facilmente. Por esses motivos o ambiente aquático ou úmido é essencial para os anfíbios. Resposta: e. A formação de bolhas em uma queimadura ocorre porque o sistema linfático aumenta a circulação de linfa na região lesionada, tentando diminuir a temperatura da região. Pode ocorrer rompimento de vasos, levando a um extravasamento de líquido, formando as bolhas. Este líquido fica entre a derme e a epiderme e, por isso, deve se evitar estourá-las, pois isso abriria "as portas do organismo" para infecções. Gazes molhadas ajudam a diminuir a temperatura e o ardor, além de manter a região hidratada. Resposta: e. Apesar de cães muito grandes não conseguirem copular com cães muito pequenos, eles podem copular com cães de raças com tamanhos intermediários. Isso mantém o fluxo de genes entre eles e evita a especiação. Resposta: d. Todas as células do nosso corpo possuem o mesmo conjunto de genes. Porém, cada uma delas expressará porções diferentes desse genoma. Por exemplo: as células das glândulas mamárias de uma mulher expressam uma parte do genoma que as ajudará a produzir proteínas presentes no leite. Porém, esta mesma parte não é utilizada pelas células musculares. Resposta: c. Em uma célula, as proteínas serão produzidas pelos ribossomos soltos no citoplasma ou pelos ribossomos aderidos ao retículo endoplasmático rugoso. Neste caso, o retículo será o primeiro a ser ativado. Em seguida, as proteínas precisarão ser "empacotadas". Este é uma das funções do complexo golgiense. Por fim, as embalagens – vesículas de secreção – serão encaminhadas para a membrana para que a secreção possa ser eliminada. Resposta: e. A esquistossomose tem como hospedeiros intermediários os caramujos do gênero Biomphalaria. Sem eles, o verme não consegue completar seu ciclo e não forma a larva infectante de humanos – a cercaria. Resposta: e. Em condições anaeróbicas, o consumo de glicose é alto, uma vez que a produção de ATPs é baixa. Na presença de oxigênio, as células produzem muito mais ATPs ao quebrarem uma molécula de glicose. Assim, a taxa de consumo de glicose cai ao longo do tempo, já que há uma produção maior de energia. Resposta: e. Aneuploidia corresponde a alterações no número de cromossomos de um indivíduo, em que há cromossomos a mais ou a menos em um ou mais pares de cromossomos (mas não de todos). O caso apresentado na questão mostra uma trissomia do par de cromossomos 18. Assim, podemos dizer que é uma alteração numérica (pois altera o número de cromossomos e não indica que há alteração no formato dos cromossomos) do tipo aneuploidia. Resposta: d. Por conta da baixa ingestão de água, a neuroipófise dos estudantes passou a liberar o hormônio antidiurético ou ADH no sangue deles. Esse hormônio faz com que os néfrons presentes nos rins aumentassem a reabsorção de água a partir do filtrado glomerular. Isso promove uma economia de água na produção da urina, o que leva a uma maior concentração de sais por volume de urina, deixando-a mais amarelada. Resposta: d. Os seres humanos, assim como os demais animais, não conseguem absorver nitrogênio a partir do ar. Assim, eles absorvem a partir da alimentação. Os seres vivos apresentam compostos nitrogenados como o DNA e as proteínas. Os carboidratos, presentes na opção B não possuem nitrogênio, por isso a alternativa está incorreta. E aí? Você acertou bastante? Estamos torcendo por você! Continue nos visitando. Nas próximas semanas continuaremos dando dicas de Biologia voltadas para os maiores vestibulares do país. Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Juliana Santos para o Blog do Enem. Juliana é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de Ciências e Biologia em escolas da Grande Florianópolis desde 2007. Facebook: https://www.facebook.com/juliana.evelyndossantos. 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1808 A chegada da família Real de Portugal no Brasil: história Enem Posted: 18 May 2016 01:06 AM PDT Descubra o que mudou desde o fato histórico de 1808 A chegada da Família Real de Portugal no Brasil.O ano de 1808 marca e muda radicalmente a História do Brasil. A chegada da família família real de Portugal no Brasil, que viera em rota de fuga das tropas francesas de Napoleão Bonaparte, tem a ver com uma série de conjunções que acabaram por influenciar na independência do nosso país. Os interesses que provocaram o exílio temporário da Corte do Rei Dom João VI e de sua esposa Carlota Joaquina seguiam dois lados distintos das potências que lutavam pela hegemonia européia, os ingleses e franceses. Do lado francês temos a vontade de Napoleão Bonaparte em se tornar uma espécie de senhor da Europa continental, já que suas ambições marítimas tinham sido podadas pelos ingleses na histórica batalha de Trafalgar, sendo esta uma esmagadora derrota dos franceses. Quando da invasão da Alemanha, Napoleão visando pressionar a Inglaterra, decretou em Berlim o tratado do Bloqueio Continental. Portugal se recusou a assinar tal tratado e por isso passou a ser visado pelos franceses, que acabaram pedindo permissão aos espanhóis para passar por seu território, a fim de chegar por terra a Portugal e invadir o reino luso. Ao adentrar em terras espanholas, os exércitos de Napoleão dominaram o país, destronando seu rei e colocando em seu lugar um irmão de Napoleão, com o título de José I, para comandar os espanhóis. Estava aberta uma grande passagem à invasão de Portugal, mas, antes disso, o rei da Espanha já tinha assinado com o líder da França o tratado de Fontainebleau, que extinguia a casa real de Bragança do trono português, o que serviu para justificar a invasão. Em Portugal o Rei Dom João VI fez as contas militares e calculou que não conseguiria deter os franceses. Mas, se ele ali não estivesse mais quando as tropas de Napoleão chegassem, não seria destituído, e a porta para o regressso ficaria entreaberta. Não teve dúvidas. Ordenou uma mudança ‘temporária’ para o Brasil, transferindo a sede do Império Português. Na viagem ao Brasil uma tempestade apanhou a frota de Dom João VI, e ocorreu uma divisão da mesma. Parte dela se dirigiu a Salvador, com o Rei a bordo, e o resto seguiu para o Rio de Janeiro, que era a capital da colônia. Aportaram em fins de janeiro. Começava ali a sala de 1808 A chegada da Família Real de Portugal no Brasil. Dom João enganou Napoleão Bonaparte, e criou um novo ciclo na história do Brasil. A Corte de Portugal permaneceu em Salvador apenas até março de 1808, quando embarcou para a cidade do Rio de Janeiro. Porém, para poder desembarcar a frota, foi necessário assinar a Abertura dos Portos, em que todas as nações amigas de Portugal poderiam comercializar com o Brasil; isto representou o fim do monopólio de exclusividade que o pacto colonial mantinha no Brasil. O país que mais ganhava com isso era a Inglaterra, que dava cobertura militar à fuga de Dom João VI. D. João fez uma série de melhorias que, sobretudo, visavam o bem-estar da corte em nossas terras, criando hortos, parques, ruas, jornais e até faculdades. As mudanças foram tantas que há toda uma simbologia em torno de 1808 e a chegada da família Real de Portugal ao Brasil. Em 1810 foram assinados dois tratados com os ingleses: o Comércio e Navegação, prevendo uma taxação para os produtos que adentrasse no país em 15% para os ingleses, 16% para os portugueses e 24% aos demais e o Aliança e Amizade, em que o governo luso se comprometia a acabar com a escravidão progressivamente, assim como aceitaria a criação de "foreign office", que se responsabilizaria pelo julgamento de ingleses em nosso solo, estando eles livres para as leis locais. Com a derrota de Napoleão e a formação do Congresso de Viena em 1815, para poder participar das medidas tomadas, o ministro francês, Talleyrand, pediu a D. João que elevasse o Brasil à condição de Reino Unido, o que foi feito e acabou por desagradar muitos portugueses que ficaram em Portugal; no ano seguinte, Da. Maria, a Louca, falece e logo depois a coroa passa ao seu filho, agora D. João VI. Em 1817, em Pernambuco, estoura a Revolução de 1817, ou Pernambucana; foi um movimento separatista em que os revoltosos defendiam a instalação de uma república, eram contra a presença lusa em nossas terras, estando também ligados ao declínio da economia açucareira. Antes de estourar, o movimento foi descoberto, mas uma inesperada reação a um mandado de prisão fez eclodir o movimento. Os revoltosos chegaram a tomar o poder com a fuga do governador local; a repressão foi feita por mar e terra, terminando com a prisão dos envolvidos e o fuzilamento de alguns, outros foram anistiados com a coroação de D. João. Percebendo que o rei não demonstra o menor sinal de interesse em voltar a Portugal, a burguesia local passa a ficar agitada, sendo que tal agitação termina com a Revolução do Porto em 1820; os pedidos dos participantes é o de uma Constituição para o Reino de Portugal, Algarves e Brasil. Tal movimento tem uma forte tendência liberal e por consequência constitucionalista, com vontades de limitar bem o poder real; ao assinar o que seria a Carta Régia de seu país, D. João abriria um processo difícil de ter volta, e que até brasileiros foram para a assembleia defender nossos interesses, apesar da péssima recepção obtida pelos nossos deputados. Foi aí que se viu o quão liberal seria a Constituição, que claramente iria favorecer os anseios lusitanos e não os dos brasileiros. Dica 1 – A chegada de Cabral, o Brasil Pré-Colonial, as Capitanias Hereditárias e Governos Geral. Revise a do História do Brasil nesta aula de História Enem – http://blogdoenem.com.br/brasil-descobrimento-historia-enem/Aula GratuitaComplete a sua revisão sobre a chegada da família real de Portugal ao Brasil com esta aula multimídia do Telecurso. Um show para você nunca mais esquecer o ano de 1808. Tudo mudou nas terras do Brasil: O Processo de Independência Quando D. João voltou para Portugal, atendendo uma exigência das Cortes, estabelecida com a Revolução Liberal do Porto, deixou aqui como regente seu filho D. Pedro. O clima de agitação era intenso no Brasil, com conflitos entre brasileiros e portugueses em várias províncias, juntando-se o fato de que, ao voltar para Portugal, D. João esvaziou os cofres do Banco do Brasil. No início D. Pedro agiu moderadamente, baixando os impostos, restringindo despesas e igualando os salários entre os militares brasileiros e lusitanos. As Cortes que já haviam mostrado sua real intenção, a de recolonizar o Brasil, passam a exigir a volta desse para junto de seus pais na Europa, onde ele teria que entregar o governo a uma junta, que estaria totalmente ligada a Lisboa. Somam-se várias pressões que o príncipe regente estava sofrendo, como, por exemplo, proclamar a independência. Lendas ou fatos até hoje não muito esclarecidos citam uma recomendação que D. João teria dado ao seu filho para que ele libertasse o Brasil antes de algum "aventureiro", mantendo-se assim algum elo entre os dois países. D. Pedro recebeu uma ordem expressa para uma volta imediata, por isso foi feito um abaixo-assinado, que reuniu, segundo alguns historiadores, oito mil assinaturas, pedindo para que o príncipe ficasse em nosso país; no dia 9 de janeiro de 1822, ao receber tal número de pedidos, D. Pedro deu uma resposta favorável, que imediatamente foi passada ao povo, ficando tal episódio conhecido como o "Dia do Fico". Outras medidas que desagradaram as Cortes portuguesas foi a convocação para uma Assembleia Constituinte brasileira, a Lei do "Cumpra-se", na qual toda determinação vinda de Portugal só seria aceita no Brasil com o consentimento do príncipe regente; por fim, em 7 de setembro de 1822, ele proclamaria a independência do Brasil às margens do Ipiranga. O Primeiro Reinado Com a proclamação de nossa emancipação, alguns detalhes teriam que ser resolvidos, como, por exemplo, a aceitação de nossa independência pelos países da época. Os EUA foram os primeiros, seguidos do México, Portugal aceitou nossa liberdade perante o pagamento de sua dívida com a Inglaterra, cerca de dois milhões de libras esterlinas. Esta última era a mais interessada em nossa libertação, pois assim poderia dominar livremente nosso mercado. O regime político adotado foi a monarquia, já que um príncipe havia proclamado a independência, outro motivo seria que o modelo monárquico era já comum entre os brasileiros acostumados com a Família Real, aqui estabelecida. Ao contrário dos outros países da América, o Brasil foi o único a manter por muito tempo o regime monárquico; além do que nosso processo de independência foi diferente dos demais, pois o nosso foi "pacífico", não havendo grande participação popular e mantendo-se a integridade do território. De princípio, o moral de D. Pedro era alto, mas ao fechar a Assembleia Constituinte de 1823, passou a ser malvisto pelos seus súditos. A Assembleia Constituinte, de 1823, começou a tomar uma linha liberal, que ia ao contrário das ideias conservadoras de D. Pedro I. Um desentendimento forte entre as partes provocou o fechamento da Assembleia e por consequência a dissolução da constituinte em novembro de 1823. Em março de 1824, estava pronta a primeira Constituição brasileira, sem ser votada ou discutida por uma Assembleia eleita pelos cidadãos; ela foi elaborada por um grupo de políticos escolhidos pelo imperador, sendo, portanto, outorgada. Essa Constituição em um âmbito geral baseava-se no anteprojeto de Antônio Carlos Andrada, mantendo os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), mas criando um quarto poder, o Moderador, que no fim das contas dominava os demais, por vários meios legais; o voto seria censitário, onde os eleitores teriam que Ter mais de 25 anos de idade. De um modo geral, a Carta de 1824 era centralizadora e conservadora. Ela foi considerada absolutista, o que fez com que a popularidade de D. Pedro caísse muito aos olhos do povo, passando a provocar distúrbios. O mais forte deles foi a Confederação do Equador, em 1824, revolta que estourou em Pernambuco, estendendo-se para a Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Os revoltosos queriam a implantação de uma república e a separação do Brasil, tendo ainda sentimentos antilusitanos entre os revoltosos. A repressão foi violenta, com o uso de mercenários e fuzilamentos dos líderes, o que contribuiu para baixar a popularidade do imperador. A situação piorou devido à desastrosa participação de nossas tropas na Guerra da Cisplatina (Uruguai), que tinha ficado independente; o conflito durou de 1825 até 1828, gerando consideráveis gastos ao governo para no fim perder o dito território, com a intervenção inglesa na disputa entre Brasil e Argentina. Vários jornais criticavam o imperador e com o assassinato de Líbero Badaró e o episódio da "Noite das Garrafadas" ficou claro que a situação estava insustentável. Em uma manobra infeliz, o imperador colocou só brasileiros no ministério; foi criticado, pois perceberam a manobra tipicamente política; em um acesso de raiva, ele destituiu todo o recém-formado ministério, colocando somente portugueses (Ministério dos Marqueses). Frente às pressões, D. Pedro abdica em 07 de abril de 1831 a favor de seu filho menor, D. Pedro de Alcântara. Dica 2 – Revise nesta aula de História Enem tudo sobre as Grandes Guerras Mundiais, o Pós Guerra e a Guerra Fria – http://blogdoenem.com.br/primeira-guerra-mundial-historia-enem/Período Regencial As Regências Trinas Com a abdicação de D. Pedro I, pela Constituição de 1824, deveria se formar imediatamente uma Regência Trina; mas devido ao recesso em que se encontrava o Legislativo, foi feita às pressas uma Regência Provisória, que duraria cerca de três meses. Essa composição procurava conciliar vários interesses políticos, tendo um liberal moderado, o senador Vergueiro; um conservador, o senador Carneiro de Campos e um que seria o ponto de equilíbrio entre os dois, o brigadeiro Lima e Silva. As únicas realizações políticas dessa regência foram limitar do poder Moderador (no caso dos próprios regentes) e chamar de volta o dito "Ministério dos Brasileiros" ao poder. Com nova convocação, a Assembleia Geral escolheu a Regência Trina Permanente, que duraria até a maioridade de D. Pedro II. Foram escolhidos regentes os deputados Costa Carvalho e Bráulio Muniz e mesmo a contragosto de vários deputados, o brigadeiro Lima e Silva permaneceu no poder. Na pasta da Justiça colocaram o padre Diogo Feijó, de linha liberal. As realizações políticas foram quase todas de caráter liberal, como a criação da Guarda Nacional, força militar composta por proprietários rurais e que defendia os interesses da aristocracia rural. Ela era mantida por forças locais e ligada ao Ministério da Justiça e não ao da Guerra. No mesmo ano de 1831 foi feito o Código de Processo Criminal, no qual os juízes seriam eleitos e não mais indicados pelo imperador. No ano de 1834 foi feita uma emenda à Constituição de 1824. Tal emenda ficou conhecida como "Ato Adicional"; bem liberal, ela dava à capital o estatuto de Município Neutro, em que Niterói passou a ser capital do estado fluminense; suprimiu o Conselho de Estado que assessorava o poder Moderador; criou as Assembleias provinciais, visando legislar sobre os problemas locais, contudo, o presidente da província continuaria sendo indicado pelo governo do Rio de Janeiro; e previa a criação de uma regência una e eletiva no lugar da trina. As Regências Unas de Diogo Feijó e Araújo Lima Na eleição para regente uno, a vitória coube a Diogo Feijó (1835-37). Surge então o período conhecido como "Avanço Liberal", mas seu governo seria marcado por várias revoltas e quando se recusou de usar a violência preferiu a renúncia ao governo. Como regente interino foi colocado ao poder Pedro Araújo Lima, que seria eleito no ano seguinte para quatro anos de mandato (1838-42), o que não ocorreu, pois foi dado o golpe da maioridade. Seu governo ficou conhecido como "Regresso Conservador" e seu ministério chamado de "Ministério das Capacidades"; foi feita uma revisão no Ato Adicional, conhecido como "Lei Interpretativa" de linha conservadora, acabando com as medidas descentralizadoras tomadas anteriormente. A necessidade de acalmar o país era grande. Os liberais, percebendo isso e obviamente desejosos em tomar o poder que estava nas mãos dos conservadores, passaram a pedir a antecipação da maioridade do menino imperador para os quinze anos. O apoio do povo foi imediato, criou-se o "Clube da Maioridade"; tudo seria um golpe palaciano e a participação popular seria só como massa de manobra; e ao ser indagado se queria assumir o trono antes do tempo previsto pela Carta de 1824, D. Pedro de Alcântara respondeu bem rápido: "Quero já!" E assim, com quinze anos incompletos, foi coroado como D. Pedro II. As Revoltas Regenciais Várias revoltas ocorreram, marcando tal período como um tempo de crise sociopolítica, mas o fundo disso tudo pode ser achado na crise econômica pela qual o Brasil passava, em que o açúcar caiu de preço e o café ainda não era o principal produto das exportações. Dica 3 – O Iluminismo surgiu logo após o Renascimento Cultural. Entenda como ele incentivou a Revolução Francesa e a Independência dos EUA nesta aula de História Enem – http://blogdoenem.com.br/iluminismo-historia-enem/Cabanagem Ocorrida no Pará, tem origem na distância entre os paraenses e o governo do Rio de Janeiro; a priori liderada pela elite local, ávida por uma autonomia, estendeu-se até o Amazonas. O nome tem origem no tipo de moradia típico da região dominada por pessoas pobres que habitavam em cabanas ribeirinhas. A elite local precisou do apoio do povo e quando esse passou a fazer suas reivindicações, a elite retrocedeu, porém o povo não, seguindo em frente. Chegaram a tomar a capital e o poder local, dominando a área por mais de um ano, sob a liderança dos irmãos Vinagre, de Clemente Malcher (depois executado pelos próprios rebeldes) e de Eduardo Angelim. A falta de um programa forte e com objetivos definidos fez com que o movimento perdesse sua força com o passar do tempo. Com duração de quase cinco anos (1835-40), a revolta provocou cerca de 40 mil mortes, matando metade da população local, destruindo plantações e dizimando o gado a poucas centenas. Repressão forte e excessos de poder eram comuns na região. Farropilha Aconteceu entre 1835, durando até 1845, no Rio Grande do Sul, atingindo Santa Catarina; foi a revolta de maior duração no Brasil; sua origem remonta às tarifas que favoreciam aos alfandegários do Rio de Janeiro e foi iniciada pelos charqueadores. Os constantes desentendimentos entre o governo central e o gaúcho provocavam fissuras nas relações, porque os sulistas desejavam uma maior autonomia. O estopim foi o preço do sal, usado no charque, que encarecia e muito o charque gaúcho, favorecendo os produtos platinos, que se tornavam mais baratos. A produção do Rio Grande do Sul abastecia os mercados de São Paulo, região das minas (sudeste e centro-oeste) e da capital do país; a concorrência desleal não favorecia o produto nacional, o que causou profundos desagrados. A revolta teve início quando o líder dos chamados farroupilhas, defensores de mudanças e de mais autonomia, exigiram a renúncia do presidente da província, ligado aos chimangos, defensores da ordem vigente. Bento Gonçalves, rico estancieiro e comandante da Guarda Nacional local, tomou Porto Alegre e acabou fundando, em Piratini, uma república (República Rio Grandense), separando-se do resto do Brasil. No começo, várias vitórias foram dos revoltosos, principalmente nos anos de 1837 e 38. Os revoltosos estenderam seus domínios para Santa Catarina, tomando Lages e, em 1839, Laguna, sob o comando de Davi Canabarro e com a participação de Giuseppe Garibaldi. Derrotados em Laguna, concentraram forças no estado gaúcho. As negociações foram várias, sempre com a rejeição dos revoltados, inclusive com promessas de anistias feitas a partir de 1840. Não obtendo êxitos, foi chamado o barão de Caxias, que passou a cortar as linhas de abastecimentos dos revoltosos na fronteira com o Uruguai; nos três últimos anos, os rebeldes sofreram várias derrotas, devido à superioridade de infantaria e artilharia do exército de Caxias; todavia, ao mesmo tempo eram feitas promessas de anistia e pacificação. Com um governo liberal no Rio de Janeiro, foi feita uma paz honrosa com: anistia geral; liberdade aos escravos participantes da revolução; integração dos rebeldes ao exército imperial no mesmo posto em que estavam nas forças revoltosas; devolução de terras confiscadas ou ocupadas pelas autoridades de ambas as partes. As medidas tomadas pelos farroupilhas seriam mantidas, principalmente as melhorias para os rebanhos e a proteção da economia local, graças ao controle dos direitos alfandegários. Sabinada Deu-se na Bahia, de 1837 até 1838. Tem suas origens em conflitos ocorridos em 1832 e 33, onde revoltosos passaram a lutar contra restauradores e o governo central, proclamando linhas do federalismo aos baianos. O médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira liderou uma revolta iniciada no Forte de São Pedro em Salvador; com a fuga das autoridades para o interior, os revoltosos tomaram a capital, proclamando uma república e separando-se do resto do país. Mas tal separação seria provisória, até a maioridade de D. Pedro II. A repressão não tardou e foi violenta, com incêndios a prédios e matança generalizada. Quanto aos líderes presos, a liberdade só lhes veio com a ascensão do menino imperador ao trono em 1840. Balaiada O Maranhão, naquela época, tinha uma situação de miséria forte, onde grande parte da população tinha tarefas simples de boiadeiros, lavradores e domésticos. O início da revolta se dá em 1838, quando um certo "Cara Preta" junto com alguns companheiros invadem a cadeia para libertar seu irmão e mais alguns presos. Os soldados que guardavam a cadeia, além de não reagirem, acabaram por aderir aos atacantes. Raimundo Gomes, o "Cara Preta", empolgando-se com o fato, organizou uma coluna e passou a atacar as vilas vizinhas, crescendo cada vez mais, com a simpatia do povo sofrido da região; foi nesse momento que veio aliar-se às forças rebeldes Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, o "Balaio"; simples fabricante de cestos, seu motivo era vingar sua filha violentada. Outra adesão de peso foi a de Cosme Bento das Chagas, o "Preto Cosme", que conseguiu se evadir da cadeia da capital da província, terminando por liderar cerca de 3 mil escravos quilombolas. Em agosto de 1839, eles tomaram a cidade de Caxias, estabelecendo lá um governo provisório. Em fevereiro do ano seguinte, o coronel Luís Alves de Lima e Silva, filho do ex-regente brigadeiro Francisco Lima e Silva, foi designado para a presidência da província. A seu comando foram entregues quase que oito mil soldados, a chamada "Divisão Pacificadora", que começou uma série de vitórias para o governo. Com a finalidade de comemorar a coroação de D. Pedro II, o futuro duque de Caxias concedeu uma ampla anistia, de efeito quase total, pois mais de 2.500 revoltosos se entregaram; os líderes que continuaram foram perseguidos e mortos. Desafios Questão 1 Antes mesmo da proclamação da independência, o Brasil já estava passando por um lento processo de ruptura. Tal processo teria sido iniciado quando? a) Com a volta de D. João VI para Portugal. Questão 2 Quais as características políticas do primeiro reinado? a) absolutista e descentralizador. Questão 3 O período regencial foi um tempo de crise, o motivo disto foi: a) a forte crise econômica que o país passava, gerando assim uma instabilidade política e social. Questão 4 Das alternativas abaixo, uma não possui uma revolta regencial, qual? a) Confederação do Equador. Questão 5 (FAAP 96) A Guarda Nacional foi organizada por: a) José Bonifácio para consolidar a Independência. b) Feijó para garantia e ordem interna durante a Regência. c) Caxias como apoio à ação centralizadora no II Império. d) Floriano Peixoto para obstar as tendências descentralizadoras. e) Rui Barbosa, quando candidato à Presidência da República. Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender! 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