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10 passos para fazer uma Redação do Enem nota 1000 Posted: 11 Jun 2016 09:20 PM PDT Redação Nota 1000, quem não quer? Chegar lá não é impossível, mas é preciso muito esforço e dedicação. Confira os 10 passos indicados pela professora Fabiana De Lazzari para uma boa pontuação no seu texto dissertativo argumentativo.Geralmente, as propostas de redação Enem abordam temas com relevância social, que permitam ao estudante refletir sobre a sociedade e a ação do indivíduo frente à sua realidade. Esse tipo de abordagem tem direta relação com outra característica da avaliação federal que é sempre exigir que o estudante formule alguma proposta de intervenção acerca do assunto discutido. Para você ter uma ideia, alguns temas de redação do Enem recentes foram publicidade infantil, implantação da lei seca, e, movimento imigratório para o Brasil no século XXI. Para Fabiana De Lazzari, Professora de Redação e Laboratório de Redação do Colégio Bandeirantes de São Paulo, é muito precipitado prever prováveis temas para a redação. Temas de Redação Enem 2016 – A professora Fabiana ressalta que é importante o candidato ficar atento aos seguintes temas para a Redação Enem 2016, todos eles relacionados à sociedade, ao respeito aos direitos humanos, à ação do homem em sua realidade:
As dicas da professora Fabiana: leia as propostas de Tema de Redação Enem dos anos anteriores, escreva textos baseados nelas e também leia as redações que o Enem avaliou como "textos nota 1000". "Essas estratégicas permitem que o aluno conheça melhor as propostas e que lide melhor com elas, para que esteja e se sinta preparado", pondera. Veja 10 exemplos de textos aprovados como Redação Enem Nota 1000.Para ajudar aqueles que já estão se preparando para a prova que acontece no final desse ano, a professora elenca 10 passos fundamentais: 10 Passos Para uma Redação Nota 1000:1 – Estude as propostas de redação do Enem nos últimos anos. 2 – Conheça os critérios de correção do Inep e leia as redações nota 1000 que eles divulgam. 3 – Formule textos a partir de propostas de anos anteriores 4 – Fique atento à sua proposta de intervenção, pois é um dos critérios de correção. A proposta precisa ser clara, viável e bem explicada. 5 – Respeite aos direitos humanos, como se espera de um cidadão em formação. O desrespeito aos direitos humanos (em qualquer forma) implica nota zero no texto. 6 – Planeje o que escreverá, antes de redigir o texto. Um bom começo é hierarquizar as ideias reservando espaço para a definição de uma tese, para o desenvolvimento de argumentação e para a explicitação da proposta de intervenção. 7 – Peça que o seu professor de português ou redação corrija os seus textos de preparação para o Enem. É fundamental o olhar de um profissional que oriente o estudante sobre cumprimento de proposta, qualidade de argumentação, linguagem, organização textual. 8 – Mantenha-se atualizado sobre o noticiário e os temas de maior repercussão. 9 – Entenda que redação não é um curso à parte das outras matérias. Está em direta relação com história, biologia, literatura, artes em geral, enfim, com tudo. Uma prova de redação tem como especificidade apenas o fato de que a linguagem, a expressão, é um fator de análise. 10 – Use todo o seu repertório cultural, adquirido dentro e fora da escola, para refletir sobre o tema sugerido, na prova.
Fabiana De Lazzari: Doutoranda em Língua Portuguesa pela PUC-SP. Mestra em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM-SP. Bacharel e licenciada em Letras pela Universidade de São Paulo. Psicóloga também formada pela USP. É professora de Redação e Laboratório de Redação no Colégio Bandeirantes, em São Paulo. Contato: colband@maquinacohnwolfe.com Este post sobre Redação Enem nota 1000 foi produzido para o Blog do Enem em cooperação com a equipe de professores do Colégio Bandeirantes, de São Paulo. Veja aqui mais sobre o Colégio Bandeirantes, que é um dos melhores do Brasil: http://colband.net.br/ O post 10 passos para fazer uma Redação do Enem nota 1000 apareceu primeiro em Blog do Enem. |
Ditadura Militar – Revisão de História: Enem e Vestibular Posted: 11 Jun 2016 06:36 PM PDT Você pode até torcer o nariz e pensar "ah, tema batido", mas a Ditadura Militar iniciada em 1964 e que dominou o poder no Brasil até 1985 sempre está presente no Exame Nacional do Ensino Médio. Então, não custa nada dar uma revisada para não bater um "branco" na hora da prova, concorda? Veja neste post os ciclos do Brasil República que antecederam o movimento militar de 1964, e depois entenda o que foi o Regime Militar, os ‘anos de chumbo’, com a tortura nos quartéis, e, depois, a luta pela Anistia, a campanha das Diretas Já, e o final do Regime com a eleição indireta de Tancredo Neves e José Sarney para a presidência da república em 1985. Os militares no poder – Antes de começar a revisão sobre 1964 é importante perceber que os ciclos de poder militar estão enraizados na História da República. Afinal, a derrubada da Monarquia em 1889 colocou de cara dois militares no comando do país, com Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Este ciclo inicial da República no Brasil ficou conhecido como a República da Espada. Veja aqui uma revisão completa sobre o início do Brasil República. Após o ciclo da República da Espada o país teve o ciclo da República Oligárquica, alternando o poder entre São Paulo e Minas Gerais, na política do café com leite, dominada por proprietários e produtores rurais. Este ciclo dura até 1930 quando através de uma mobilização militar chega ao poder Getúlio Vargas, que governa até o final da 2ª Guerra Mundial, inclusive como períodos de ditadura ao estilo militar, durante o ‘Estado Novo’, que foi de 1937 até 1945, quando o país volta a ter eleições diretas para presidente da república. Getúlio volta em 1950 eleito pelo voto direto, mas tem um final trágico como suicídio em 1954. Veja aqui um resumo especial sobre a era de Getúlio Vargas no poder. Após a morte de Getúlio Vargas o Brasil elege Juscelino Kubitschek presidente da república, que completa o mandato inaugurando Brasília como a nova capital federal. Logo em seguida elege-se como presidente Jânio Quadros, que não se entende com o Congresso Nacional e renuncia antes de cumprir a metade do mandato. Jânio fez um governo pirotécnico, com medidas estapafúrdias como proibir o uso de biquini nas praias. A renúncia implanta um ciclo político instável que envolve a posse do então vice-presidente João Goulart inicialmente como ‘presidente parlamentarista’. O Golpe Militar de 1964Somente após um plebiscito restaurando plenamente o presidencialismo é que João Goulart governa de fato. Mas, não consegue equilibrar as forças políticas e coloca-se ao final alinhado com reformas de base que foram recusadas pela classe média, pelas lideranças empresariais e pela hierarquia militar, que aplica um Golpe de Estado em 31 de março de 1964, e que teve como consequência a Ditadura Militar de 1964 a 1985. Foi, portanto, um dos ciclos mais longos e mais importantes para o Enem é o do Governo Militar. A ditadura começa em 1964 e dura até final do ano de 1984. Somente em 1985 o Brasil volta a ter um presidente Civil. Com a redemocratização tem início a Nova República. Veja abaixo esta revisão especial para o Enem. Na raiz para o movimento de 1964 estavam a contestação dos militares para quebras de hierarquia que o então presidente João Goulart cometia, ao solidarizar-se com militares de patente inferior em contestação ao oficialato, e a bandeiras de ‘Reformas de Base’ defendidas por João Goulard, como a Reforma Agrária. O ambiente civil também era de contestação ao presidente João Goulart com protestos contra a inflação e a indefinição de rumos da política, em função de uma sinalização de governar à esquerda pelo então presidente. Não ocorreram movimentos de massa de reação ao Golpe Militar. Os Militares no Poder. De 1964 a 1984.Com o golpe consolidado foi criado um um governo provisório, chefiado pelo chamado "Supremo Comando Revolucionário", que instituiu uma eleição indireta para presidente, onde se elegeu o Marechal de Exército Castelo Branco, que passa a governar com os Atos Institucionais. Os mais importantes do início do Governo Militar foram: o AI-1, que limitava a ação do Congresso Nacional e era agora legitimado pelo Executivo e não mais pelo povo, via processo eleitoral; o ato cassava mandatos e suspendia direitos políticos, acabaria com os partidos e previa eleições indiretas, como de fato ocorreu. O AI-2 aumentou os poderes do Executivo, limitou o Judiciário, legitimou a eleição indireta, através do Congresso Nacional, cujo voto seria nominal e não secreto; extinguiu os partidos políticos. Mas, um mês depois foram criados dois partidos, um de apoio ao governo, a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) fazendo uma leve oposição, senão o sistema seria tomado como autoritário, em que só existiria o partido da situação; para isso foi autorizada a criação de um partido oposicionista, para se fazer "críticas construtivas ao governo", como se justificou na época. Em 1966, foi baixado o AI-3, que previa eleições indiretas também para governadores, em que os prefeitos das capitais seriam nomeados pelos governadores e assim dava ao governo um controle maior sobre os estados, visando limitar uma possível tomada, via eleitoral, do poder pela oposição. Para a realização de uma nova Carta Constitucional foi feito o AI-4, em que seria realizada uma comissão de deputados e senadores para aprovar o projeto constitucional em sua totalidade, somente depois disso é que haveria uma aprovação e talvez debates pelo Congresso. Os militares se fixaram no poder com a "promulgação" da Constituição de 1967. Dentre as funções do Congresso estava a aprovação ou rejeição de projetos de lei do Executivo; não podia fazer emendas, dava força ao Conselho de Segurança Nacional, proibia greves nos serviços públicos e os considerados essenciais, o que era algo vago em sua concepção. Alguns pontos foram favoráveis, como a criação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), e tinha uma declaração de direitos que visava a uma redemocratização. O fim do mandato de Castelo Branco chegava perto e pelo gosto do presidente o próximo seria um civil, mas não era assim que pensava a elite militar, que acabou por escolher o Mal. Costa e Silva para a sucessão. De linha dura, o novo presidente passa a sofrer uma lenta oposição por causa da permanência dos militares no poder já por quatro anos. Com isso, em 1968, movimentos estouram por todo país, incentivados pela chamada "contracultura" norte–americana, hippies, os movimentos estudantis de Paris e a Primavera de Praga na Checoslováquia. Os próprios políticos, que apoiaram e legitimaram o golpe, começam a vê-lo com outros olhos, pois suas garantias estavam limitadas; então, formou-se um bloco pró-democracia, chamado de "Frente Ampla", contando com diversos nomes de nossa política, como Carlos Lacerda, Jânio Quadros, Jõao Goulart e Juscelino Kubitscheck, entre outros, que, apesar de diferenças políticas, tinham em comum o saber dos exageros de poder nas mãos dos militares. Marcha dos 100 Mil Num ato policial no Rio, um estudante de 17 anos (Edson Luís Lima) é baleado no restaurante universitário; em seu enterro mais de 50 mil acompanham o cortejo fúnebre. B Passeatas passam a ser realizadas em todo país, quase sempre com choques contra os policias, mas, em 21 de junho, uma realizada no Rio (Sexta-Feira Sangrenta) termina com quatro mortos, dentre os quais um policial, 23 pessoas baleadas e 35 soldados feridos, e ainda com mil presos. No mesmo mês foi feita outra passeata, dessa vez pacífica, sem confrontos (Passeata dos Cem Mil).ombas nas ruas, agentes infiltrados entre os estudantes, o teatro Ruth Escobar depredado, quando se encenava a peça Roda Viva, e o CCC (Comando de Caça aos Comunistas); combate na Rua Maria Antônia entre os alunos do Mackenzie e os alunos da Faculdade de Filosofia da USP termina com um tiro disparado do telhado do Mackenzie que acertou a cabeça de José Guimarães de 20 anos; tudo isso agravava a situação do país. AI-5 – Novo Retrocesso como fechamento do Congresso Nacional e novas cassações políticas. O ponto final deu-se em agosto quando, ao proferir um discurso, o deputado Márcio Moreira Alves provocou o exército, pedindo a não participação de estudantes no desfile do dia 07 de setembro; o governo pediu a prisão do deputado, frente à recusa do Congresso de liberar o deputado, foi criado o AI-5, o mais temível e rígido dos Atos. Fechou-se o Congresso; houve interferência nas Assembleias estaduais e municipais; caçaram-se e suspenderam-se direitos políticos; confiscavam-se bens e poderia ser decretado o estado de sítio; suspenderam o "habeas-corpus". De dezembro de 1968 até 69, foram baixados 12 AIs (do 6 até o 17). Costa e Silva adoece e o vice, Pedro Aleixo, por estar ligado à Frente Ampla, é afastado do poder, assumindo então uma Junta Militar com os oficiais generais das três Forças Armadas (Brig. Márcio de Souza e Melo, Alm. Augusto Rademaker e o Gal. Lira Tavares). Durante dois meses, a junta governa até a posse do Gal. Emílio Garrastazu Médici, também de linha dura. A resistência ao governo era feita em duas frentes, uma no embate político partidário, pelo PMDB, e uma outra vertente, minoritária, que tentava estabelecer grupos guerrilheiros no País, como a Var-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), entre outras. O principal conflito entre grupos de guerrilha e o governo militar ocorreu no início da década de 1970 nas fronteiras ao Norte do do antigo Estado de Goiás, onde militantes vinculados ao PC do B (Partido Comunista do Brasil) se estabeleceram e travaram combates localizados com as Forças Armadas, que dominaram a guerrilha. O episódio da Guerrilha do Araguaia gera embates de interpretação histórica e de localização de corpos de ex-guerrilheiros ainda 40 anos depois. Os anos de chumbo – Mortes e tortura sob o Regime MilitarTortura – Um dos capitulos mais tristes do período do Governo Militar de 1964 no Brasil foi o da prática de tortura contra presos políticos. Muitos morreram em sessões de tortura e tiveram seus corpos eliminados sem deixar vestígios. A tortura se intensificava no começo dos anos de 1970, mas, para a maioria da população, estava tudo na maior normalidade, graças à conquista do tricampeonato de futebol e do crescimento acelerado do "milagre econômico". Era o chamado PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), sob o governo do general Emílio Garrastazu Médici, segundo o qual o Brasil atingia índices de crescimentos em torno de 10% ao ano, sendo que o normal era de até 35, nos países mais ricos. O milagre econômico abriu o país ao mercado externo e às multinacionais, realizando-se obras com infraestruturas gigantescas e caras, obras faraônicas, como a Transamazônica, Itaipu, etc.; a inflação voltava aos poucos, mas seus índices eram controlados pelo governo. Em 1974, assume a presidência o Gal. Ernesto Geisel, que realiza o PND II, mas, nas palavras de seu ministro Henrique Simonsen, "o milagre acabou", ou seja, a realidade seria outra e os trabalhadores sentiram isso, com a volta da inflação, o arrocho salarial e a queda do poder aquisitivo. Do lado político seria feita uma "abertura, lenta e gradual"; a oposição venceu várias cadeiras no Senado, o que preocupou o governo, que então baixa o "Pacote de Abril", com várias medidas, entre elas, a reforma do Judiciário, a criação dos senadores biônicos, em alusão à sua nomeação pelo governo e pela Lei Falcão; limitava-se a propaganda política à veiculação do nome do candidato, seu currículo e o número do mesmo, sem falas ou discursos. A linha dura do exército sentia a perda de seu espaço, com isso o Gal. Sílvio Frota queria ser o novo presidente, mas Geisel já tinha escolhido o Gal. Figueiredo para sucedê-lo; as mortes do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manuel Fiel Filho resultaram na demissão do comandante do 2o Exército de São Paulo. Frota intensifica sua candidatura e Geisel tenta demiti-lo; então Frota convoca uma reunião com os comandantes militares em Brasília; assessores do presidente levam os comandantes do aeroporto para o palácio do governo e o intima: ele ou Frota, a decisão foi favorável a Geisel. Em outubro de 1978, revogam-se os Atos Institucionais e são instituídas as "salvaguardas nacionais". A eleição do Gal. Figueiredo provoca um certo ar de tranquilidade, em que no mesmo ano de sua posse é feita a "anistia geral e ampla", porém não irrestrita. A volta de vários nomes da política nacional acabou por fortalecer a oposição e fez crescer mais ainda o movimento sindical. O jeito era abrir o bipartidarismo existente e acabar com a ARENA e o MDB; deu-se a criação de basicamente cinco novos partidos: o PMDB, oriundo do MDB; o PDS (Partido Democrático Social), vindo da ARENA; o PT (Partido dos Trabalhadores), que reunia as esquerdas, estudantes, intelectuais e sindicalistas; o PTB de linha getulista, mas com a relativa fraqueza da falta de um líder político; e o PDT (Partido Democrático Trabalhista), ligado à figura de Leonel Brizola. Em 1982, o povo volta a votar em prefeitos e governadores; analfabetos não teriam direito a voto e nem os eleitores das capitais e cidades de segurança nacional; objetivando um controle maior do processo eleitoral, criou-se o voto na legenda, em que se votava em todos os candidatos do mesmo partido, mas sem o voto na legenda do partido; cédula sem os nomes; proibição de coligações partidárias e manutenção da Lei Falcão. Diretas Já – Mobilização Popular pelo fim da DitaduraO ano de 1984 marca o início da campanha pelas diretas para presidente ("Diretas Já"), lançada pelo deputado Dante de Oliveira; comícios feitos em todas as capitais, com músicos de nome, atores e atrizes, políticos de oposição juntaram multidões, mas o resultado foi negativo pois o Congresso não votou a emenda, de certa forma, por pressões internas. A Nova República Uma disputa dentro do Partido Democrata Social (PDS), e que dava a sustentação política aos militares, colocou em campos opostos dois candidatos, o engenheiro Paulo Maluf, ex-governador de São Paulo, e o coronel da reserva Mário Andreazza, ex-ministro do interior de governos militares. A disputa acabou por rachar o partido, de onde sairia uma dissidência denominada Frente Liberal. O grupo dissidente aliou-se ao PMDB de Ulisses Guimarães para , pelo voto indireto no Congresso Nacional eleger como Presidente da República Tancredo Neves (PMDB), e como vice José Sarney (Frente Liberal). Sarney era o ex-presidente do PDS. Mas, com a morte do primeiro, assume a Presidência, onde ficaria por cinco anos. Com o governo Sarney, dá-se início a uma fase de transição democrática, com a convocação de uma nova Assembleia Constituinte, que promulga a Constituição de 1988, chamada de "Constituição Cidadã" pelo deputado Ulysses Guimarães, que fora o presidente do PMDB nos anos do combate a ditadura e na travessia para a democracia, e que presidiu a Assembléia Nacional Constituinte. A marca ‘Cidadã’ da nova Constituição foi reconhecida pelos seus pontos liberais e humanitários, concedendo vários direitos ao cidadão. O governo Sarney é marcado por fortes crises econômicas, com duas mudanças de moedas, em que logo no começo foi instituído o Cruzado e depois o Cruzado Novo, com o Plano Verão; ambos previam um congelamento de preços e salários, provocando um arrocho e não dando resultados. Em 1989, seriam realizadas eleições para presidente, por voto popular. Depois de vinte e nove anos, Fernando Collor (ex-Governador de Alagoas) elegeu-se e lançou outro plano, o Brasil Novo ou Plano Collor, que, basicamente, era só uma retenção da moeda, não tendo mais bases econômicas e mudanças de peso, além de outra mudança da moeda, desta vez de volta ao nome Cruzeiro. A volta da inflação e denúncias envolvendo familiares e o tesoureiro da campanha presidencial (Paulo César Farias) deram em um processo de "impeachment", que teve como desfecho na renúncia de Collor, em 29 de dezembro de 1992. Seu governo ficaria mais marcado pelas camisetas e pelos "caras pintadas" do que pela abertura às exportações, provocando a falência de empresas despreparadas para a concorrência internacional, onde a taxação do governo tem sua parcela de culpa. Plano Real – O fim do Ciclo InflacionárioCom o processo de Impeachment sendo votado no Congresso Nacional o então presidente Collor antecipou-se à derrota e renunciou ao mandato. Mesmo assim o Senado Federal cumpriu todo o protocolo de conclusão do Impeachment. Com a saída de Fernando Collor assumiu o então vice-presidente, o mineiro Itamar Franco. Os principais feitos do governo Itamar foram o incentivo à Indústria Automobilística, para que fabricassem ‘carros populares’ no Brasil, baixando o preço dos modelos iniciais, e de buscar um mecanismo que pudesse estancar um ciclo histórico de inflação no País. Nascia o embrião do Plano Real. Fernando Henrique Cardoso, que era senador pelo Estado de São Paulo, foi nomeado Ministro da Fazenda encarregado por Itamar Franco de conduzir o Plano Real. E, graças aos efeitos da estabilização da moeda e com o final da inflação Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente da república derrotando ainda no primeiro turno o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva. Fernando Henrique reelege-se depois, também com vitória em 1º turno contra o candidato Lula. A marca dos anos de Fernando Henrique Cardoso no governo foram a estabilização da moeda, a criação de mecanismos de equilíbrio fiscal para evitar a volta do descontrole das contas públicas que geravam a inflação, e um movimento de privatização de empresas estatais de mineração, de energia, e de telefonia. A privatização ocorreu pela venda de ações ao mercado, com destaque para as empresas Vale do Rio Doce (mineradora); EMBRAER 0 Empresa Brasileira de Aeronáutica (fabricante de aviões); e de empresas de telefonia. Fernando Henrique consegue aprovar perto do final do primeiro mandato uma emenda constitucional que cria o mecanismo da ‘reeleição’, e obtém nova vitória. Na sucessão do segundo mandato elege-se como presidente da república o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva. O Partido dos Trabalhadores assume a Presidência da RepúblicaOs governos de Luís Inácio Lula da Silva – O primeiro mandato de Lula foi marcado pela implementação de programas de distribuição de alimentos (Fome Zero) e de distribuição de renda (Bolsa Família). Ao final do primeiro mandato estoura um escândalo de compra de votos no Congresso Nacional denominado Mensalão, onde deputados do PT e de partidos aliados ao governo petista recebiam uma ‘mesada’ para votar a favor dos projetos do Governo Federal. Mesmo com esta crise do ‘Mensalão’, que derruba e manda para a cadeia por corrupção líderes históricos do PT como José Dirceu e José Genoíno, Lula consegue nova vitória eleitoral para um segundo mandato, onde segue com uma política de incentivo à inclusão social marcada por créditos de incentivo à indústria e ao consumo das classes populares. Para sucedê-lo na presidência da república Lula escolhe como candidata Dilma Roussef, que tinha sido ministra de Minas e Energia e chefe de Gabinete da Casa Civil nos seus governos. Dilma Roussef ganha a eleição em 2010 com o discurso da continuidade, iniciando primeiro mandato no ano de 2011. Mantem a política de inclusão social iniciada por Lula, colocando foco em programas educacionais como o estímulo ao financiamento de ensino superior para que alunos pudessem estudar em universidades privadas, com um novo desenho de juros baixos e prazos mais longos para o FIES (Programa de Financiamento Estudantil). e cria o PRONATEC, Programa Nacional de Acesso a Cursos Técnicos, com a oferta de vagas gratuitas. No entanto, ao contrário do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que manteve um controle conservador da economia, a presidente Dilma Rousset cria uma equipe econômica própria que tenta modificar os fundamentos que estavam vigente no País desde o Plano Real. A economia desacelera o crescimento e retorna a inflação. Mesmo com este cenário ela consegue a sua reeleição em 2015, derrotando os candidatos Aécio Neves (ex-governador de Minas Gerais) e Marina Silva (ex-senadora pelo PT pelo Estado do Acre). O Impeachment de Dilma RoussefDilma inicia o segundo mandato sob intenso bombardeio de quebra de compromisso com os temas da campanha eleitoral de 2014. Logo nos primeiros atos de governo a presidente inicia um movimento de corte de gastos em programas sociais e financiamentos de infraestrutura, pois as contas públicas não estavam em ordem. Este fato fôra mascarado nas eleições, e logo em seguida ela perde apoio popular, político, e empresarial. A situação política da presidente Dilma Roussef decai rapidamente pelo envolvimento do Partido dos Trabalhadores (PT) em denúncias de corrupção que arrasaram as contas da empresa Petrobrás, a mais importante do país. A Justiça Federal, o Ministério Público Federal, e a Receita Federal organizam uma força-tarefa chamada Lava-Jato para investigar a corrupção na Petrobras, e outros partidos políticos aliados do governo federal também são envolvidos em corrupção nas empresas públicas, em especial o PMDB e o PP. Dilma é afastada do poder no dia 12 de maio de 2016, num processo de ação de Impeachment em tramitação no Congresso Nacional, e assume como presidente interino o então vice-presidente, Michel Temer. ExercíciosAntes de fazer os exercícios sobre Ditadura Militar que separamos pra você, veja estas aulas gratuitas para depois fazer os exercícios com gabaritos: Dica 1: História – videoaulas e apostilas sobre o Brasil Colônia – http://blogdoenem.com.br/historia-enem-aulas-apostilas-gratis/ Se liga nessa videoaula do Professor Schiavoni, no Canal Aulalivre.net, no Youtube, e dê a sua primeira revisada sobre Ditadura Militar. Dica 2: História – Apostila Enem Gratuita. Revisão em 8 aulas e 26 exercícios –http://blogdoenem.com.br/historia-apostila-enem-gratuita/Agora quem vai lhe ajudar na revisão é o Professor Lucas Cabral, do Canal Pré Enem Abril Educação, no Youtube. Saca só! Dica 3: Geografia – Saiba tudo sobre Vegetação com aulas gratuitas – http://blogdoenem.com.br/geografia-enem-vegetacao-aulas-gratis/Encerrando, temos a videoaula do Professor Paulo Sérgio, no Canal Meritus Online, no Youtube. Solta o play! Aproveite as nossas dicas e revise seus estudos para mandar bem no Exame Nacional do Ensino Médio e descolar uma super nota! Dica 4: Enem 2013 – Acesse seu cartão de inscrição e saiba seu local de prova! –http://blogdoenem.com.br/enem-2013-saiba-seu-local-prova/O post Ditadura Militar – Revisão de História: Enem e Vestibular apareceu primeiro em Blog do Enem. |
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