sexta-feira, 10 de junho de 2016

Blog do Enem: simplificado como deve ser


Recursos minerais e a exploração no Brasil

Posted: 09 Jun 2016 09:27 AM PDT

Recursos minerais: Estruturalmente, a geologia do Brasil se apresenta de duas maneiras: os Escudos Cristalinos e as Bacias Sedimentares.

Com essas formações e o tamanho territorial brasileiro, o país está entre os maiores produtores de minério do mundo, junto com Canadá, China, Austrália, Rússia e Estados Unidos. Você sabe quais são os principais minerais explorados no Brasil? Não? Então, vem com a gente e curta esta super revisão de Geografia para o Enem!

Recursos minerais

O Brasil conta com grande variedade de minérios disponíveis, cerca de 55 diferentes e alguns aparecem entre as maiores reservas do mundo. Sacou a importância mineral do Brasil no cenário mundial? Não? Então, olha só o ferro, por exemplo: o Brasil é responsável por 8% da produção mundial. Além disso, no ocidente,  somos os maiores produtores de nióbio.

Os principais minérios encontrados no Brasil são: ferro, bauxitacobrecromoouroestanhoníquelmanganêszinco, potássio, entre outros.

Toda essa variedade de minério está localizada em algumas várias províncias minerais, mas dentre as mais importantes temos:

  • Quadrilátero Ferrífero

Localizado em Minas Gerais, é a província mais antiga, no que se trata de exploração mineral, que vem lá do Séc. XVII, quando encontraram ouro e começaram a explorar. Posteriormente, outras jazidas foram encontradas, como prata e ferro, na qual, essa última, é a mais explorada atualmente.

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  • Serra do Carajás

Localizada no Pará, é a grande responsável pela exploração da bauxita, mas encontramos também, ferro, tungstênio, ouro, prata, níquel, manganês, cromo, cobre, zinco e estanho.

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  • Maciço do Urucum

Uma pequena área de exploração, porém, com grande potencial, localizado em Mato Grosso do Sul, produz manganês, ferro, bauxita, cassiterita. O grande problema enfrentado pela região, é a questão transporte, com poucas rodovias e a enorme distância dos grandes centros.

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Você sabia que a exploração do subsolo deve ter prévia autorização da União?

Segundo a Constituição brasileira:

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

As concessões ou autorizações para explorações realizadas com capital estrangeiro eram restritas pela Constituição até 1995, quando, por meio de uma Emenda Constitucional, tais restrições foram removidas. Desde então, com a entrada dos investimentos das multinacionais, o crescimento do setor tem sido ampliado.

Ainda há, a exploração dos minérios não-metálicos, como:

  • Sal marinho – Litoral do Rio de Janeiro e Natal
  • Carvão mineral – Região Sul, mas principalmente, sul de Santa Catarina
  • Água mineral – regiões Sul e Sudeste são grandes produtores
E aí, conseguiu tirar suas dúvidas? Espero que sim, mas caso não tenha conseguido totalmente, dá uma olhadinha na vídeo-aula do link a seguir e depois faça os exercícios, ok? Grande abraço xuxada!

https://www.youtube.com/watch?v=yzap-eVZU6g

1- (Cesgranrio) A existência de grandes jazidas minerais, como as de ferro e manganês no Quadrilátero Ferrífero (MG) e na Serra dos Carajás (PA), pode ser explicada por processos geológicos ligados à:

a) predominância de bacias sedimentares que facilitam os depósitos de minerais mais pesados.

b) existência de escudos cristalinos, de formação recente, os quais contêm ouro e bauxita, além de ferro e manganês.

c) concentração de dobramentos modernos, formados na Era Cenozóica, tanto no Pará como em Minas Gerais.

d) ocorrência de terrenos muito antigos, do Arqueozóico e Proterozóico, favorecendo a concentração desses minérios.

e) formação de amplas áreas sedimentares muito antigas, onde se concentram, predominantemente, jazidas de ferro.

2- (Mackenzie) A principal dificuldade para a exploração integral das riquezas minerais do Maciço de Urucum, no Mato Grosso do Sul, está ligada:

a) ao clima extremamente úmido.

b) à deficiente rede de transportes.

c) às fazendas que ocupam a região.

d) à elevada densidade demográfica.

e) ao baixo preço do cobre.

GABARITO

1– D

2– B

Os textos e exemplos acima foram produzidos pelo professor Leandro, formado em Geografa pela Udesc. Leandro é professor de Geografia em escolas da Rede Particular de Ensino da Grande Florianópolis.

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Pós-modernismo: as vanguardas poéticas – revise Literatura para o Enem!

Posted: 09 Jun 2016 08:03 AM PDT

As décadas de 1950 e 1960 presenciaram o lançamento de tendências poéticas caracterizadas pela inovação formal e outros conceitos. Nesse post você irá estudar as vanguardas poéticas e a poesia concreta, para se dar bem em literatura brasileira no Enem e Vestibular!

Acompanhando o progresso de uma civilização tecnológica e respondendo às exigências de uma sociedade que passava por transformações, além da necessidade de uma comunicação objetiva e rápida, surgiram as tendências poéticas caracterizadas pela nova forma, maior proximidade com outras manifestações artísticas e pela negação do verso tradicional. Era momento de encontrar o "poema produto" ou "poema objeto".

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A poesia concreta foi lançada oficialmente em 1956, na Exposição Nacional de Arte Concreta, em São Paulo. No entanto, Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos, poetas que começaram as experiências concretistas já se encontravam agrupados desde 1952. Os irmãos Campos afirmam:

A poesia concreta é o primeiro movimento internacional que teve, na sua criação, a participação direta, original, de poetas brasileiros. Como no caso do anterior movimento de renovação que houve neste século na literatura brasileira – o Movimento Modernista de 22 -, também a POESIA CONCRETA se constitui em São Paulo.

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Augusto de Campos

Entre os precursores brasileiros do Pós-modernismo também são citados Oswald de Andrade, que produziu poemas que rompiam com o vício retórico nacional, e João Cabral de Melo Neto, que possuía linguagem direta, econômica e arquitetura funcional do verso.

Partindo do pressuposto de que o verso tradicional já tinha ido encerrado seu ciclo histórico, a poesia concreta propõe, então, o "poema-objeto", em que se usa vários recursos, como o acústico, o visual, a carga semântica, o espaço tipográfico e a disposição geométrica dos vocábulos da página.

Uma das características mais importantes da modernidade da poesia concreta é aquele que procura mexer com o leitor, fazendo com que ele participe de forma ativa, já que o poema concreto permite uma leitura de várias maneiras. Assim sendo, o poema constitui um desafio e o leitor transforma-se em coautor:

[…] uma ordenação não linear do poema, com valorização integral do branco da página e uma possibilidade aberta de leitura múltipla, dando importância tanto aos elementos visuais como aos sonoros.

(Irmãos Campos)

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Poesia concreta, de Augusto de Campos

Plano piloto para a poesia concreta, documento-programa do movimento, publicado em 1958:

– poesia concreta: produto de uma evolução crítica de formas dando por encerrado o ciclo histórico do verso (unidade rítmico-formal), a poesia concreta começa por tomar conhecimento do espaço gráfico como agente estrutural.

– poesia concreta: tensão de palavras-coisas no espaço-tempo.

– estrutura dinâmica: multiplicidade de movimentos concomitantes.

– o poema concreto comunica a sua própria estrutura: estrutura-conteúdo. O poema concreto é um objeto em e por si mesmo, não um intérprete de objetos exteriores e/ou sensações mais ou menos subjetivas. Seu material: a palavra (som, forma visual, carga semântica).

Poesia concreta: uma responsabilidade integral perante a linguagem. Realismo total. Contra uma poesia de expressão, subjetiva e hedonística. O poema-produto: objeto útil.

Beba coca cola

Babe          cola

Beba coca

Babe cola caco

Caco

Cola

C l o a c a

Décio Pignatari

 

vai e vem

e            e

vem e vai

José Lino Grünewald

 

Se

Nasce

Morre nasce

Morre nasce morre

Renasce remorre renasce

Remorre renasce

Remorre

Re

Re

Desnasce

Desmorre desnasce

Desmorre desnasce desmorre

Nascemorrenasce

Morrenasce

Morre se

Haroldo de Campos

No vídeo a seguir o professor Bira, do canal Aula De, no YouTube,  fala sobre o Concretismo, tema que deve ser estudado com atenção para as provas do Enem e dos Vestibulares!

https://m.youtube.com/watch?v=ri49CNslcUI

Agora, que tal testar seus conhecimentos? Veja estes exercícios que escolhi para você:

Exercício

1- (UFRGS)  Considere as seguintes afirmações sobre o Concretismo.

I. Buscou na visualidade um dos suportes para atingir rupturas radicais com a ordem discursiva da língua portuguesa.

II. Teve como integrantes fundamentais Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari.

III. Foi um projeto de renovação formal e estética da poesia brasileira, cuja importância ficou restrita à década de 1950.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) I, II e III.

Gabarito

1- A

O texto foi escrito pela professora Analice, formada em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp. Atualmente é mestranda em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, professora de português na rede particular de ensino de Florianópolis e colaboradora do Blog do Enem. Facebook: http://www.facebook.com/analice.andrade

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O pós-modernismo – Revisão de Literatura para o Enem!

Posted: 09 Jun 2016 07:20 AM PDT

1945 é o ano do fim da Segunda Guerra Mundial e outros acontecimentos marcantes. A literatura brasileira também passa por profundas alterações e nesse post você ficará por dentro do pós-modernismo, seu contexto histórico e suas principais produções literárias, que serão essenciais para gabaritar em literatura brasileira no Enem e no Vestibular!

Em 1945 chega o fim da Guerra Mundial e inicia-se a Era Atômica, com as explosões de Hiroshima e Nagasáqui. A organização das Nações Unidas (0NU) é o reflexo de uma crença da paz duradoura. Mais tarde, é publicada a Declaração dos Direitos do Homem. Logo depois, tem início a Guerra Fria, marcado pela tensão política entre as grandes potências mundiais.

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1945 também é o ano do fim da ditadura de Getúlio Vargas, início da redemocratização brasileira. São convocadas as eleições gerais, em que os candidatos apresentam-se e os partidos são legalizados. Em seguida, dá-se início a um novo tempo de perseguições políticas, ilegalidades, exílios.

A literatura brasileira também passa por grandes alterações, onde aparecem manifestações de grandes passos tomados e, em outros casos, um retrocesso.

A prosa, tanto nos romances como nos contos, segue o caminho que já havia sido percorrido por certos autores da década de 30, ao encontro da literatura intimista, destacando-se a escritora Clarice Lispector.  Ao mesmo tempo o regionalismo toma uma nova dimensão com a produção fantástica de João Guimarães Rosa.

O fim dos anos 40 revela um dos poetas mais importantes da nossa literatura, não pertencendo esteticamente a nenhum grupo e aprofundador das experiências modernistas anteriores: João Cabral de Melo Neto, que definiu, muito bem, as inúmeras faces das manifestações artísticas do pós-guerra:

Pode-se dizer que hoje não há uma arte, não há a poesia, mas há artes, há poesias. Cada arte se fragmentou em tantas artes quantos foram os artistas capazes de fundar um tipo de expressão original.

Ferreira Gullar e Mauro Mota eram autores contemporâneos de João Cabral que apresentam alguns pontos de contato com sua obra.

Autocrítica – João Cabral de Melo Neto

Só duas coisas conseguiram

(des)feri-lo até a poesia:

o Pernambuco de onde veio

e o aonde foi, a Andaluzia.

Um, o vacionou do falar rico

e deu-lhe a outra, fêmea e viva,

desafio demente: em verso

dar a ver Sertão e Sevilha.

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João Cabral de Melo Neto

Guimarães Rosa (1908 – 1967) publicou seu primeiro livro, Sagarana, em 1946, um ano depois da queda de Getúlio Vargas e do início das produções da Geração de 45. Dando uma nova perspectiva ao regionalismo, de início há a revalorização da linguagem e, em seguida, a universalização do regional.

O valor da linguagem de Guimarães Rosa não está no aprimoramento das palavras ou no uso de vocábulos arcaicos, mas sim nos neologismos, sempre tendo como ponto de partida a fala dos sertanejos e suas expressões. Dessa maneira, as palavras recriadas ganham força e significados novos:

Joãozinho Bem-Bem se sentia preso a Nhô Augusto por uma simpatia poderosa, e ele nesse ponto era bem-assistido, sabendo prever a viragem dos climas e conhecendo por instinto as grandes coisas. Mas Teófilo Sussuarana era bronco excessivamente bronco, e caminhou para cima de Nhô Augusto. Na sua voz:

– Êpa, Nomopadrofilhospritossantamêin! Avança, cambada de filhos-da-mãe, que chegou minha vez!…

E a casa matraqueou que nem panela de assar pipocas, escurecida à fumaça dos tiros, com os cabras saltando e miando de maracajás, e Nhô Augusto gritando qual um demônio preso e pulando como dez demônios soltos.

– Ô gostosura de fim-de-mundo!…

(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Para salientar a poesia, o ritmo e a sonoridade de sua linguagem, observe um trecho do conto O burrinho pedrês, em que o autor narra a caminhada da boiada, intercalando quadrinhas populares cantadas pelos vaqueiros. As aliterações permitem reproduzir a sonoridade da marcha da boiada:

As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa embolada, com atritos de couros, estralos de guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso do gado Junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de lá e do sertão…

'Um boi preto, um boi pintado,

cada um tem sua cor.

Cada coração um jeito

de mostrar o seu amor.'

Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando… Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito… Vai, vem, volta, vem na vara, vai não volta, vai varando…

'Todo passarinh' do mato

tem seu pio diferente.

Cantiga de amor doido

não carece ter rompante…'

Pouco a pouco, porém, os rostos se desempanam e os homens tomam gesto de repouso nas selas, satisfeitos. Que de trinta, trezentos ou três mil, só está quase pronta a boiada quando as alimárias se aglutinam em bicho inteiro – centopeia -, mesmo prestes assim para surpresas más.

– Tchou!… Tchou!… Eh, booôi!…

E, agora, pronta de todo está ela ficando, cá que cada vaqueiro pega o balanço de busto, sem-querer e imitativo, e que os cavalos gingam bovinamente. Devagar, mal percebido, vão sugados todos pelo rebanho trovejante – pata a pata, casco a casco, soca soca, fasta vento, rola e trota, cabisbaixos, mexe lama, pela estrada, chifres no ar…

A boiada vai, como um navio.

Outro aspecto relevante da obra de Guimarães Rosa é a luta entre Deus e o diabo, o Bem e o Mal, transparecendo todo o misticismo do sertão, uma religiosidade quase medieval, baseada apenas nos dois extremos e marcada pelo medo.

A videoaula do canal Aula De traz ótimas informações que complementarão o tema pós-modernismo. Não deixe de ver:

Exercícios

1-  (UFPA) Os escritores ….. e ….. participaram ativamente do 1º momento da ficção modernista. É da autoria do segundo o romance….. .

a) Mário de Andrade, Oswald de Andrade;  Macunaíma .

b) Manuel Bandeira, Jorge Amado;   Dona Flor e seus dois maridos .

c) Oswald de Andrade, Mário de Andrade;   Amar, verbo intransitivo .

d) Graciliano Ramos, José Lins do Rego;   Menino de engenho

e) Mário de Andrade, Manuel Bandeira;   Itinerário de Pasárgada .

 

2- (FUVEST-SP)  São obras do mesmo autor de   Vidas secas :

a) Jubiabá, Mar morto.

b) Usina, Fogo morto.

c) Angústia, São Bernardo.

d) A bagaceira, Coiteiro.

e) quinze, Caminho de pedras.

 

Gabarito

1- C

2- C

O texto foi escrito pela professora Analice, formada em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp. Atualmente é mestranda em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, professora de português na rede particular de ensino de Florianópolis e colaboradora do Blog do Enem. Facebook: http://www.facebook.com/analice.andrade

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