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Roma Antiga: Cultura e Legado – História Enem Posted: 07 Jun 2016 06:46 PM PDT Roma Antiga: Nesta postagem revisaremos a cultura romana em geral, formas de entretenimento, crenças religiosas, filosofia, literatura e afins. Fique atento em prepare-se para os vestibulares e Enem.Do ponto de vista cultural pode-se dizer que os romanos não foram muito originais, embora tenham desenvolvido tradições próprias e baseadas em elementos etruscos ou latinos, como por exemplo, o idioma. Todavia, grosso modo o que se verifica é apropriação romana da cultura grega em geral, haja vista a proximidade e suas relações no mediterrâneo. Gladiadores lutando. Mosaico, Villa Zliten, norte da África, séc. II d.C. No campo religioso foram politeístas até a ascensão cristã, ao fim do império. Suas divindades eram ligadas ao cotidiano geral da civilização e suas cerimônias estavam inseridas em assuntos militares, agrícolas, artes e mesmo o comércio. Desta maneira, as divindades se assemelhavam ou assimilavam as divindades gregas com outros nomes e/ou representações (Júpiter é Zeus/ Minerva é Atenas, entre outros). O Panteão Romano – Templo Romano construído por ordem de Otávio Augusto. Recebeu reforma durante o governo de Adriano. Atualmente é utilizado pela igreja católica e como mausoléu. Os restos mortais de Rafael Sanzio estão no prédio desde o renascimento. A aproximação a cultura grega ocorreu também nas artes. O teatro foi intensamente explorado pelos romanos, as obras de Homero e outros grandes autores gregos foram traduzidas para o latim. Nomes como Políbio, Tito Lívio e Plutarco figuram como grandes historiadores, algumas das principais obras biográficas de governantes, generais, entre outros próceres da antiguidade são de autoria de Plutarco. Tito Lívio escreveu a obra História de Roma, composta por 142 volumes. Durante o governo de Otávio Augusto Roma viveu o período de ouro de sua cultura. Por todo o império, sobremaneira a capital, recebeu um grande numero de obras arquitetônicas com influências variadas, como por exemplo, o arco e a abóboda. No esquema abaixo você pode conferir elementos do arco romano e suas diversas partes e funções da mesma. Cabe ressaltar que muitos edifícios tinham em suas paredes diversas esculturas que, no mais das vezes, apresentavam conquistas militares e grandes feitos. Dica: Revise também o período monárquico de Roma! Veja este excelente post do professor Bruno: http://blogdoenem.com.br/roma-antiga-monarquia-e-republica/Em se tratando de entretenimento, considerando o grande número de escravos, grande parte da população livre possuía muito tempo de ócio, elemento perigoso para a manutenção da paz. Assim sendo, diversas formas de entretenimento foram criadas, entre elas as arenas de gladiadores. O Coliseu, certamente a mais famosa, era palco de confrontos, muitas vezes até a morte entre gladiadores e mesmo homens contra animais ferozes capturados em todas as partes do império. A política do pão e circo foi justamente criada e aplicada para evitar que o grande numero de homens livres se revolta-se contra o Estado. A filosofia latina foi profundamente marcada pela filosofia grega e correntes filosóficas como estoicismo, epicurismo, ceticismo e cinismo marcaram o período de hegemonia romana. O imperador Marco Aurélio foi considerado um grande filósofo estóico. Outra grande contribuição cultural romana foi o direito romano. Para se ter uma ideia, o direito praticado hoje em nosso país deriva de tradições e códigos de leis romanos. O direito em Roma era dividido em três áreas distintas, privado, estrangeiro e público. As leis romanas, a partir do período republicano seriam compiladas no "Jus Civile" (código civil). Além disso, algumas expressões comuns no mundo jurídico provem de Roma e seu idioma, o Latim. (ex: Habeas Corpus, Habeas Data, stricto sensu). Além disso, o português, o francês, o italiano e o espanhol, entre outros idiomas, derivam diretamente do latim. Por fim, desde o início do império, a partir do governo dos primeiros imperadores, o cristianismo, doutrina baseada nas pregações e vida de cristo foi proibida e perseguida pelo Estado romano. No entanto, já no ocaso do grande império, Constantino (imperador) liberou e ajudou a organizar a religião, e por fim, de proibido, o cristianismo viria a se tornar um dos maiores legados da cultura e período de dominação romana para as civilizações ocidentais. Basta observar que a própria hierarquia católica segue o padrão do império, sendo o papa (dentro da doutrina católica) comparado à figura do imperador. Para saber um pouco mais sobre o Legado de Roma, veja este trecho de documentário sobre o tema:https://www.youtube.com/watch?v=1nxWtrMu6NoExercícios:1- (Fuvest) Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas: a) a oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos cristãos. b) a publicação do Edito de Milão que impediu a legalização do Cristianismo e alimentou a repressão. c) a formação de heresias como a do Arianismo, de autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina de Cristo. d) a organização dos Concílios Ecumênicos, que visavam promover a definição da doutrina cristã. e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de cristãos. Resposta: A
2- (USP) Sobre o Direito Romano, NÃO podemos afirmar que: a) foi o mais importante legado cultural de Roma; b) estabeleceu o conceito de jurisprudência; c) a lei de Roma e de seus cidadãos estava incluída no "Jus Civile"; d) o "Jus Civile" somente foi estabelecido durante o Império; e) dividia o Direito em três grandes ramos. Resposta: D
3- (Ufal 2007) Durante muitos séculos, os antigos romanos divertiram-se com a atuação dos gladiadores nos chamados espetáculos públicos, que utilizavam diferentes tipos de armas, permitidas pelas autoridades de Roma, como as que podem ser observadas na ilustração. Esses gladiadores eram recrutados, principalmente, entre a) homens poderosos da plebe. b) cidadãos da nobreza romana. c) servos dos latifúndios estatais. d) escravos das áreas dominadas. e) heróis das conquistas romanas. Resposta: D O post Roma Antiga: Cultura e Legado – História Enem apareceu primeiro em Blog do Enem. |
Posted: 07 Jun 2016 05:46 PM PDT Roma Antiga: Nesta oportunidade faremos um resumo sobre os principais acontecimentos acerca do Império Romano.Falaremos sobre a crise da república, os triunviratos e os principais imperadores romanos, além de revisar a crise que pôs fim a um dos maiores impérios da antiguidade. Estátua de Otávio Augusto, primeiro imperador Romano Por volta de 27 a.C, imersa em diversos conflitos de ordem civil e mudanças significativas na estrutura política, as instituições republicanas romanas foram suprimidas pelo poder pessoal dos imperadores. Conforme os registros e analises históricas, no último século do período republicano guerras civis resultariam na instituição do império romano. Entre os principais acontecimentos que marcam este momento histórico podemos citar a atuação dos irmãos Tibério e Caio Graco, que ocuparam o posto de Tribunos da Plebe, magistratura concebida para defender os interesses da plebe, classe social menos privilegiada entre os romanos. Tibério e Caio, com mais ou menos uma década de diferença propuseram uma série de medidas que contrariava os interesses do patriciado, com destaque para as propostas de reforma agrária e diminuição nos preços dos grãos, que afetaria diretamente as posses da aristocracia patrícia por um lado, mas significaria uma melhora substancial na qualidade de vida dos plebeus. Aos irmãos restou a fúria do senado e demais patrícios, que massacraram os Gracos e instituíram estado de sitio em Roma. Posteriormente, movimentos como as guerras civis de Sula e a conspiração de Catilina resultariam no ocaso do sistema republicano em momento em que a figuras dos grandes generais tornava-se cada vez mais poderosas. Dica 1: Revise também a Roma Antiga! Veja este excelente post do professor Bruno sobre a monarquia e a república romana: http://blogdoenem.com.br/roma-antiga-monarquia-e-republica/A grande instabilidade possibilitou a ascensão dos principais generais, que antes da instituição do império disputariam poder em um regime conhecido por Triunviratos, quando o território de influência de Roma foi dividido e administrado por três generais, em duas ocasiões. 1º Triunvirato: Formado por Pompeu, Crasso e Júlio César, vigorou de 59 a.C a 53 a.C. A aliança informal entre os três era formada por laços superficiais e após as mortes de Crasso em batalha (53 a.C) e Júlia, filha de César e esposa de Pompeu, os antigos aliados converteram-se em céleres inimigos. Pompeu tentou destituir César e viu o inimigo marchar sobre Roma. A história de César seria marcada pela relação estreita com Cleópatra, que com sua ajuda assumiria o trono egípcio e pelo seu famoso assassinato, arquitetado pelo Senado Romano, preocupado com o poder acumulado por César. 2º Triunvirato: Formado pelos herdeiros políticos de César, Lépido e Marco Antônio, seus generais e Otávio, seu filho adotivo. Ao contrário do primeiro foi uma aliança formal, referendada pela assembléia do povo. Inicialmente os novos cônsules perseguiram os assassinos de César, no entanto, a aliança seria sempre marcada pela grande rivalidade entre Otávio e Antônio. Lépido perdeu poder e foi exilado e a inimizade entre os demais resultou em guerra aberta que culminou com o suicídio de Marco Antônio e sua amada Cleópatra. Otávio, por sua vez, investiu-se do título de Augustos (DIVINO) e deu início ao Império Romano (27 a.C – 476 a. C) Otávio Augusto, tendo recebido o título de Princeps Senatus (principal do senado) governou até 13 d.C mantendo as instituições republicanas mas concentrando o poder. Foi um governante popular após distribuir terras aos veteranos e instituir uma aposentadoria. Reformou o exército, eliminando o recrutamento obrigatório e mantendo uma força regular de 300 mil soldados. Fez grandes obras na cidade e proporcionou melhora gradativa nas condições de vida da plebe. Pacificou as províncias (PAX ROMANA) reduzindo encargos e criou um serviço postal. Sem filhos homens, indicou o genro e protegido Tibério, que após reconhecimento do Senado tornou-se o segundo imperador Romano. Dinastias Romanas:Otávio é considerado primeiro imperador e seus sucessores imediatos compuseram a primeira dinastia romana, conhecida como dinastia Júlio-Claudiana (14 -68 d.C), sendo seguida pelas dinastias Flaviana (69 – 96 d.C) e Antoninos (96 – 192 d.C). Dinastia Júlio – Claudiana: Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. Dinastia Flaviana: Após o suicídio de Nero, Vespasiano, general que atuava no oriente conseguiu dominar o poder e iniciou um novo período de progresso para Roma. Apoiado pelos grandes mercadores, reduziu o poder dos senadores mais aristocratas, reformou o exército e pacificou Gália e o médio oriente. Seus sucessores, Tito e Domiciano continuaram sua obra, este ultimo seria assassinado após movimentos liderados pelo senado. Dinastia Antoninos: neste período os imperadores deram mais atenção aos anseios da população mais pobre. Trajano ampliou ainda mais as fronteiras do império chegando a as montanhas Armênia e a Mesopotâmia. Seus sucessores, Adriano e Marco Aurélio governaram em períodos de relativa paz. Marco Aurélio ficaria famoso pela alcunha de imperador filósofo, ao seguir a escola filosófica estoicista. Seu filho Comodos governaria de forma violenta, encontrando seu fim quando assassinado. Ruinas do Fórum Romano centro político, econômico, religioso e cultural do Império Após disputas pelo poder, o império entraria em um longo período de instabilidade política e financeira. Os altos gastos com o exército, elemento que garantia o poder dos pretendentes ao trono resultava em déficits financeiros. Caracala estendeu a cidadania a todos os homens livres do império. Sétimo Severo reduziu os poderes do Senado. A crise financeira tornou-se pior quando nos tempos de Trajano as conquistas militares diminuíram. A economia romana era baseada na exploração da mão-de-obra escrava (conquistada através de guerras) e domínio dos territórios conquistados. Sem a garantia constante de escravos, o preço destes e das demais mercadorias mergulhou o império em crise, uma vez que a massa de cidadãos livre vivia na ociosidade. A sucessão política neste período resultou no assassinato de 18 imperadores. A crise do império era afetada também pelo perigo de invasões. Ao norte do império os primeiros germânicos entravam gradativamente em território grego. Ao leste os Persas Sassânidas ameaçavam as províncias asiáticas. Do ponto de vista religioso, o cristianismo ganhava adeptos rapidamente e uma nova lógica e mentalidade. O imperador Diocleciano reinstituiu o serviço militar obrigatório e dividiu o império em 286. Em 305 Constantino garantiu a coroa após novas disputas pelo poder. Constantino foi o imperador responsável pela liberação do cristianismo através do Édito de Milão e ajudou a organizar o culto, a sede de seu governo era Constantinopla. Todavia, os problemas financeiros, sobremaneira na parte ocidental, mais dependente do escravismo, não eram solucionados. As cidades foram gradativamente abandonadas e os campos ocupados. As invasões bárbaras e a crise resultaram em nova lógica de ocupação da terra. Os grandes proprietários migraram para o campo e permitiam que trabalhadores produzissem em suas terras em troca de segurança, os camponeses, por sua vez, repassavam ao proprietário uma porcentagem considerável do que produziam. Esta relação resultaria nos laços de servidão da idade média. Em 476 Roma foi conquistada por Adoacro, líder bárbaro, acontecimento que marca o ocaso do grande império romano. A parte oriental, conhecida como Império Bizantino, resistiria por mais um milênio. Exercícios1- (Mackenzie) A ruralização econômica do Império Romano do Ocidente (do século III ao V d.C.) NÃO teve como consequência: a) o rebaixamento de muitos homens livres à condição de colonos que se tornaram presos à terra. b) o surgimento do colonato, que se constituiu no arrendamento de terras aos camponeses. c) o latifúndio, principal unidade de produção, tornou-se quase autossuficiente. d) o aumento do afluxo de escravos para Roma, que dinamizou a expansão da economia agrícola. e) o campo tornou-se mais seguro que as cidades, em decorrência das desordens político-sociais e da crise econômica. Resposta: D
2- (FGV) O Edito de Milão (313), no processo de desenvolvimento histórico de Roma, reveste-se de grande significado, tendo em vista que a) combateu a heresia ariana, acabando com a força política dos bispados de Alexandria e Antioquia. b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo Império Romano, terminando com a concepção de rei-deus. c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que então dominavam a vida religiosa. d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de intenso combate à expansão do cristianismo. e) proclamou a liberdade do culto cristão passando Constantino a ser o protetor da Igreja. Resposta: E
3- (UFPR) Nos séculos III d.C. e IV d.C., o Império Romano viveu uma fase de crise e de profundas transformações. A respeito disso, é correto afirmar que: 01) As cidades do Ocidente romano tornaram-se centros econômicos do Império, em florescente processo de urbanização. 02) Antes religião perseguida, o cristianismo passou a ser aceito e veio a tornar-se a religião oficial do Império Romano, em substituição ao paganismo. 04) Os povos bárbaros invadiram o Império e se estabeleceram em seus territórios, contribuindo para a crise do mundo romano. 08) A divisão político-administrativa do Império fez surgir o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente. Resposta: 14 O post Roma Antiga: Período Imperial apareceu primeiro em Blog do Enem. |
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