quarta-feira, 1 de julho de 2015

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O Mito da Caverna: Entenda esta passagem de Platão – Filosofia Enem

Posted: 30 Jun 2015 12:45 PM PDT

O Mito da Caverna também conhecido como "Alegoria da Caverna" é uma passagem do livro: "A República" de Platão. Em suma, Platão utiliza-se desta metáfora para explicar sua filosofia, ou seja, a saída do mundo dos sentidos para chegar ao mundo das ideias por meio do conhecimento.

O Mito da Caverna

O mito sobre prisioneiro que foram colocados no fundo de uma caverna desde o nascimento, acorrentados no pescoço, nos braços e nos pões de maneira que não conseguir mover-se de um lado para o outro, levantar-se e nem virar a cabeça para baixo, passando o tempo todo olhando para a parede ao fundo que é iluminado por uma fogueira que fica atrás deles numa parte mais alta. Atrás deles tem um grande muro e atrás deste muro pessoas carregam objetos estátuas de pessoas, animais, plantas e outros objetos, que devido à luz da fogueira, as sombras são refletidas no fundo da caverna. Os prisioneiros ficam analisando e conversando entre si as imagens refletidas na parede, dando nomes as imagens, porque pra eles, que desconhecem o que existe atrás deles, pois desde crianças estão na mesma posição, essas sombras são os próprios objetos.

Imaginamos agora que um prisioneiro fosse forçado a sair desta situação, podendo explorar dentro e fora da caverna. Primeiramente perceberia que o mundo é muito maior do que ele estava acostumando a ver desde criança, depois perceberia que passou este tempo todo analisando e julgando sombras de estátuas refletidas no fundo da caverna. Segundo, que a saída da caverna seria um processo gradual e difícil, teria de se acostumar com a luz, tanto da fogueira quando a do sol e, subir seria difícil, pois teria que vencer o cansaço e as dificuldades do caminho. Por fim, fora ficaria encantado com os seres de verdades, com a natureza, com a luz…

Voltaria à caverna para passar todo conhecimento aos seus colegas e para buscá-los pra conhecer mundo de fora. Porém, seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas absurdas.

Dica 1: Conheça um pouco mais de Platão e o mundo das ideias, estudando em nosso blog, acesse o link abaixo e continue estudando.

O Mito da Caverna

Entenda o Mito

Esses prisioneiros que Platão se refere no mito representa cada um nós, claro que na época em que escreveu este mito se referia aos atenienses. Somos presos pelas correntes do preconceito, da ignorância, das opiniões sem fundamento. As sombras são os falsos conhecimentos que vamos adquirindo ao longo dos anos devida a nossa ignorância e falta de interesse.
A saída da caverna se dá por meio da educação. Por isso é um processo gradual. Neste processo encontramos dificuldades que são as resistências àquilo que é novo, que é diferente, mas conseguiremos vencer por meio da crítica, para não aceitarmos passivamente as coisas. O caminho da crítica é a filosofia, pois ela busca o conhecimento verdadeiro. Quem sai é o filósofo, o sábio. Este, portanto, segundo Platão deve governar a cidade, pois tem capacidade de gerir de maneira clara e sabia o governo.

A Caverna Moderna

O lado de fora, segundo Platão é o mundo das ideias, onde está às ideias puras e verdadeiras e o sol é o sumo bom, ou seja, a verdade. Já dentro da caverna é o mundo dos sentidos, isto é, uma cópia de tudo que existe fora da caverna (a fogueira cópia do sol; as estátuas cópia dos seres que vivem fora). Portanto, o conhecimento dentro da caverna está sujeito ao erro, pois não estamos em contado com aquilo que é verdadeiro, mas com sua cópia.

O retorno é feito pelo educador, o sábio, pois é aquele saiu da ignorância e volta até ela para buscar os seus semelhantes. Platão lembra neste retorno, seu mestre Sócrates, que através da ironia e da maiêutica, procura fazer com que seus semelhantes dessem a luz ao próprio conhecimento.
Por fim, a morte é representada pela força da resistência do velho e do poder consolidado, a passividade e o conformismo contra a criatividade e a inovação. Neste sentido, o fugitivo morto é o próprio Sócrates, que foi morto pelos atenienses por não aceitarem o novo.

Dica 2: que tal conhecer um pouco mais de Sócrates?

Resumo: O mito da caverna é uma metáfora para Platão explicar a diferença entre o mundo das ideias e o mundo dos sentidos; o processo de saída da caverna, do mundo dos sentidos para a parte exterior, ou seja, para o mundo das ideias que acontece por meio da crítica, do conhecimento, da filosofia.
Ainda está com dúvida? Que tal acessar esse link e dar mais uma estudada sobre este conteúdo:

Vamos testar o conhecimento resolvendo algumas questões?

1. (Vestibular 2013 – IF Catarinense) "Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um alto muro, cuja entrada permite a passagem da luz exterior. Desde seu nascimento, geração após geração, seres humanos ali vivem acorrentados, sem poder mover a cabeça para a entrada, nem locomover-se, forçados a olhar apenas a parede do fundo, e sem nunca terem visto o mundo exterior nem a luz do Sol. Acima do muro, uma réstia de luz exterior ilumina o espaço habitado pelos prisioneiros, fazendo com que as coisas que se passam no mundo exterior sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna. Por trás do muro, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras de homens, mulheres, animais cujas sombras são projetadas na parede da caverna. Os prisioneiros julgam que essas sombras são as próprias coisas externas, e que os artefatos projetados são os seres vivos que se movem e falam. Um dos prisioneiros, tomado pela curiosidade, decide fugir da caverna. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões e escala o muro. Sai da caverna, e no primeiro instante fica totalmente cego pela luminosidade do Sol, com a qual seus olhos não estão acostumados; pouco a pouco, habitua-se à luz e começa a ver o mundo. Encanta-se, deslumbra-se, tem a felicidade de, finalmente, ver as próprias coisas, descobrindo que, em sua prisão, vira apenas sombras. De volta à caverna, para contar o que viu e libertar os demais, também não saberá mover-se nem falar de modo compreensível para os outros, que não acreditarão nele e, correrá o risco de ser morto pelos que jamais abandonaram a caverna" (adaptado de CHAUI, Marilena citado por http://www.asmayr.pro.br/attachments/article/5/O_mito_da_caverna.pdf).

A passagem acima é o conhecido Mito da Caverna, exposto na obra A República, de Platão. As alternativas abaixo correspondem corretamente à passagem acima, EXCETO:

A) A visão do sol é a visão da verdade, a visão das sombras, por outro lado, é a visão do erro, da falsidade.
B) O prisioneiro que decide fugir da caverna representa o filósofo, já os prisioneiros que nela permanecem representam as pessoas comuns.
C) A vida na caverna é a vida na dimensão do inteligível, a vida na pura luz é a vida na dimensão do sensível.
D) Um dos vários significados desse mito diz respeito à questão do conhecimento sensível e do conhecimento inteligível, este é, portanto, o significado epistemológico do mito.
E) As sombras representam o conhecimento ilusório, errôneo: o conhecimento dos sentidos.

Resposta: C

2. (UEM – Verão 2008) "Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (…) Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna?". (PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83).

Em relação ao célebre mito da caverna e às doutrinas que ele representa, assinale V para as questões corretas e F para as Falsas.

( ) No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu processo evolutivo, quando habitavam em cavernas.
( ) O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência, que marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão em sua famosa teoria das Ideias.
( ) O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos.
( ) É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Ideias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos, que participam daquelas Ideias ou são suas cópias imperfeitas.
( ) No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna, devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.

Resposta: F, V, V, V, V

3. Quem deve ser o governante, segundo Platão?
a) O rei
b) O sábio
c) O eleito democraticamente
d) O mais forte do poder militar

Resposta: b

4. O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar.

I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o do conhecimento do verdadeiro ser.
II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento.
III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros.
IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

Resposta: b

Gilson Luiz Corrêa
Gilson Luiz Corrêa, bacharel em Filosofia pela UNISUL, Licenciatura em Filosofia pela UFSC, Psicopegadogia pela FMP. Professor do Colégio Catarinense. Facebook:
https://www.facebook.com/gilsonluiz.correa

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Platão e o mundo das ideias – Filosofia Enem

Posted: 30 Jun 2015 11:08 AM PDT

Platão nasceu em Atenas em 428 a.C. e morreu em 348 a.C. Foi discípulo de Sócrates e com a condenação e morte de seu professor, ficou decepcionado com a democracia ateniense viajou para outras cidades. Retornou no ano de 387 a.C., fundou sua escola filosófica: Academia. Deu este nome por causa de um legendário herói grego Academo. Lembrando que até hoje usamos o termo Academia para as Universidades, as matérias são chamadas de disciplinas acadêmicas e os estudantes são chamados de acadêmicos.

Porque Platão é um apelido?

Seu nome era Arístocles, mas devido sua composição física, tendo os ombros bastante largos, recebeu o apelido de Platão, que do grego. Significa ombros largos.

Platão e o mundo das ideias

Mundo das ideias

Você conhece a teoria do mundo das ideias? Platão acreditava que por de trás de nossa realidade material existe uma realidade abstrata. Vamos exemplificar para entender melhor. Quando você vai à padaria encontra um monte de pães parecidos, você por que estes pães ficam quase do mesmo tamanho e do mesmo formato? Se estiveres pensando que é por causa da forma, acertou. A forma, como o nome já diz, dá o formado parecido de todos os pães. Então, para Platão, como se por de trás de tudo que existe, houvesse um forma. Podemos pensar assim, a forma como é estruturado cada espécie não é parecido? Então, existe uma "forma" que cria tudo que existe neste mundo. No mundo das ideias, existem todas as ideias primordiais, sendo que essas ideias são perfeitas e eternas. Uma cadeira, por exemplo, pode mudar o formado (redonda, quadrada, 3 ou 4 pés), mas ideia cadeira sempre será a mesma: um objeto para sentar. Se podemos alcançar essa realidade por meio da nossa razão.

Dica 1: Prepara-se para o ENEM estudando outros conteúdos que preparamos para você, acesse nosso site e aproveite.

Mundo dos sentidos

O mundo dos sentidos para Platão é o mundo que habitamos o mundo material. Este mundo é uma cópia do mundo das ideias. No entanto, por ser uma cópia, ela está sujeito ao erro e não é eterno, tem um tempo de duração.

Na verdade, com a criação destes dois mundos, Platão resolve um problema criado pelos pré-socráticos: Parmênides e Heráclito. O problema era a respeito do movimento, se para Heráclito tudo está em constante movimento, nada dura para sempre, já para Parmênides este movimento é uma ilusão, por se as coisas mudassem deixariam de serem elas mesmas. Para Platão o mundo das ideias não existe mudança, pois tudo é eterno, assim como Parmênides e, no mundo dos sentidos, tudo está mudando e sujeito ao erro, assim como para Heráclito.

Dica 2: Quer saber ou pouco mais de Heráclito e Parmênides? Saiba um pouco mais dos filósofos pré-socráticos.

Verdadeiro conhecimento

Se você entendeu a diferença entre o mundo dos sentidos e o mundo das ideias, irá afirmar aonde se encontra o verdadeiro conhecimento. Se no mundo dos sentidos tudo está sujeito o erro, logo, o conhecimento verdadeiro se encontra no mundo das ideias, onde estão as ideias primordiais. Lembra que só podemos chegar ao mundo das ideias por meio da razão? Então, para Platão o uso dos sentidos nos lava ao erro.

Para Platão, o homem é um ser dual, isto é, corpo e alma. O corpo está ligado ao mundo dos sentidos, tem defeitos e tem um fim. Já alma é a morada da razão, ela é eterna, abstrata, não conseguimos ver e nem tocar. Se alma é eterna e o mundo das ideias também é eterno ela sempre viveu lá, apenas passou habitar um corpo. Para Platão, não se ensina nada na a ninguém, pois nossa alma (que é a morada da razão) já sabe de tudo, só que ao habitar um corpo, ela se esquece do que já sabe. Aprender, portanto, é apenas recordar, que ele chama de reminiscência. Em outras palavras, é saímos do mundo dos sentidos para o mundo das ideias, para o conhecimento teórico.

Está com dúvida? Então saiba mais sobre estas teorias acessando o link abaixo:

Resumo: Platão acredita que por de trás do nosso mundo, chamado mundo dos sentidos, existe uma realidade abstrata, chamada de mundo das ideias, onde tudo é perfeito e eterno. Nós só podemos chegar a este mundo, onde se encontra o verdadeiro conhecimento, por meio da razão.

Quer conhecer um pouco mais da vida de Platão? Acesse o link abaixo e conheça mais sua biografia e seus escritos e fique mais preparado para o Enem:

Agora chegou a sua vez. Vamos ver se entendeu este conteúdo? Resolva essas questões de vestibulares sobre este assunto

1) O processo que leva à formação dos conceitos não nasce da experiência. Não se formula a ideia de cavalo observando muitos cavalos. É a alma que conhece as coisas recuperando a lembrança. Conhecer é recordar.

O filósofo que defendeu essa tese chama-se:

a) Augusto Comte.
b) Aristóteles.
c) Sócrates.
d) Karl Marx.
e) Platão.

Resposta: e

2) Qual o nome da escola filosófica fundada por Platão?

a) Academia
b) Liceu
c) Placomia
d) Bibliomia

Resposta: a

3) Qual é o verdadeiro nome de Platão?

a) Dión
b) Arístocles
c) Sócrates
d) Aristófanes

Resposta: b

4) No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a

A) Suspensão do juízo como reveladora da verdade.
B) Realidade inteligível por meio do método dialético.
C) Salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
D) Essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
E) Ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.

Resposta: B

5) (Enem 2012 – Primeiro Dia)

Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).

O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?

a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecmento a eles.
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.

Resposta: d

Gilson Luiz Corrêa
Gilson Luiz Corrêa, bacharel em Filosofia pela UNISUL, Licenciatura em Filosofia pela UFSC, Psicopegadogia pela FMP. Professor do Colégio Catarinense. Facebook:
https://www.facebook.com/gilsonluiz.correa

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