quinta-feira, 21 de abril de 2016

Blog do Enem: simplificado como deve ser


Fenícios – História Enem

Posted: 20 Apr 2016 05:22 PM PDT

História Enem: É hora de revisar a história dos fenícios e relativizar a importância desta civilização na ocupação do Mediterrâneo e suas adjacências. Vamos também relembrar as marcantes tradições culturais deste povo e de que forma esta civilização desenvolveu o comércio marítimo na antiguidade de maneira bastante eficiente.

Você conhece aquele ditado popular que diz "se a vida te der limões, faça uma limonada"? Pois bem, se pensarmos nos antigos fenícios podemos dizer que eles seguirão esta perspectiva de maneira muito efetiva. Explico. A região de origem da antiga civilização fenícia situava-se na região do atual Líbano.

Por lá eles fundaram cerca de 25 cidades-estado em uma região infértil para a agricultura extensiva mas de extrema importância estratégica, pois estava próxima a grandes centros da antiguidade (Egito, Mesopotâmia, Persas) e bem situada ao leste do mediterrâneo.

Além disso, embora a agricultura não fosse possível pela pobreza relativa do solo, áreas de floresta forneciam madeira de boa qualidade e aproveitando-se deste recurso natural e sua proximidade ao mar, os fenícios desenvolveram a navegação de modo excepcional, tornando o comércio marítimo sua principal atividade econômica.

Para se ter uma ideia, enquanto gregos temiam navegar pelo atlântico atravessando as colunas de Hércules (estreito de Gibraltar) os Fenícios foram capazes de estabelecer rotas comerciais na região da Inglaterra e mar do norte. Existem teorias não comprovadas que eles possam ter ido além e chegado a América, precisamente na costa do Rio de Janeiro.

Leia mais sobre esta teoria no seguinte link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_presen%C3%A7a_de_fen%C3%ADcios_no_Brasil

Pois bem, o governo nas cidades-estado fenícias era centralizado nas mãos de um soberano de origem nobre e o cargo era transmitido hereditariamente. Cabe ressaltar que cidades-estado são independentes entre si politicamente, mas apresentam a mesma cultura, idioma, religião e afins.

Entre as principais cidades figuram Tiro, Ugarit, Sídon e Biblos. Esta ultima recebe esta dominação devido ao principal produto transportado por seus navegadores, rolos de papiro egípcios utilizados como livros (Biblos em grego).

De todas as cidades fenícias podemos dizer que Tiro foi a mais importante haja vista sua capacidade de expansão comercial e fundação de novas colônias fenícias por todo o mediterrâneo, como por exemplo Cartago, que futuramente rivalizaria com os romanos nas chamadas guerras púnicas.

11
Fonte: https://www.emaze.com/@ALOIRQZT/Os-Fen%C3%ADcios.pptx

O mapa acima mostra as principais rotas comerciais fenícias, bem como os principais produtos encontrados em cada região e que eram transportados por estes comerciantes navegadores. Podemos observar também áreas onde os mesmos estabeleceram colônias e entrepostos comerciais.

Conforme vimos, os fenícios precisaram se adaptar as condições climáticas e geográficas de sua região original e por isso concentraram seus esforços no desenvolvimento do comércio naval e também artesanato. Se a agricultura e a pecuária visavam apenas a subsistência, a grande oferta de madeira possibilitou uma industria naval sem precedentes e a presença de metais preciosos, marfim e âmbar possibilitou o desenvolvimento de ourives. Além disso descobriram a púrpura e fabricaram corantes a partir de um molusco.

Em se tratando de navegação orientavam-se pelo sol durante o dia e pela constelação Ursa Maior durante as noites. Seus barcos eram movidos por vela e remos e há indícios de que desenvolveram algumas técnicas que ampliavam a velocidade de suas naus, a exemplo, passavam cera de abelha no fundo dos seus barcos, diminuindo o atrito dos cascos com a água.

Cultura:

Do ponto de vista cultural os fenícios acabaram assimilando e ajudando a difundir diversos elementos culturais dos povos que se relacionavam. Eram politeístas e seus deuses representavam elementos ou fenômenos da natureza, em sua maioria. Cada cidade homenageava um deus de maneira mais contundente, como se fosse um padroeiro e assim como os gregos esses navegadores sacrificavam animais em homenagem a esses deuses. Sepultavam seus mortos e era comum enfeitarem as sepulturas com motivos egípcios. Por sua vez, para facilitar a comunicação e os registros de seus negócios comerciais desenvolveram um novo sistema de escrita baseado nos alfabetos cuneiformes mesopotâmicos e hieróglifos egípcios que acabou influenciando o alfabeto grego e consequentemente o nosso alfabeto atual.

Para saber mais sobre os fenícios, veja esta videoaula do canal "Se liga nessa história":

Agora que você já sabe tudo sobre os fenícios, que tal testar seus conhecimentos?

Questão 01 – (UECE/2011) Os Fenícios ocuparam uma estreita faixa de terra situada entre o Mar Mediterrâneo e o atual Líbano. Tiveram prósperas cidades como Ugarit, Biblos, Beritos, Sídon e Tiros. Essas, por estarem localizadas em uma área de intensa circulação dos povos da Ásia, da África e da Europa foram invadidas e conquistadas sucessivamente por vários impérios. Sobre os Fenícios, assinale o correto.

a) Com o objetivo de aumentar suas riquezas e solucionar problemas causados pela baixa produção agrícola tentaram conquistar novas terras e povos.

b) Esta civilização está relacionada aos cananeus, e teve um comércio bastante desenvolvido, sendo expert na navegação marítima. Criou o alfabeto.

c) A religião fenícia foi muito conhecida no mundo antigo, tendo sido reformada por Zoroastro, também chamado de Zaratrusta.

d) Sua administração foi configurada por um forte regime monárquico e centralizador, sua riqueza cobria os gastos da rica corte.

 

Questão 02 – (UFTM MG/2006) Na Antiguidade, a civilização fenícia particularizou-se por:

a) formar um império teocrático, em que se fundiram as culturas grega e asiática.

b) elaborar o primeiro código de leis escritas, baseado em punições severas.

c) desenvolver o comércio marítimo, fundando colônias na bacia do Mediterrâneo.

d) ter uma crença monoteísta, o que modificou as sociedades do Oriente Próximo.

e) organizar-se em cidades-Estados, sob influência da democracia ateniense.

 

Questão 03 – (PUC PR/2006) Algumas civilizações da Idade Antiga, embora brilhantes, não formaram estados unificados, ou seja, sempre foram politicamente fragmentadas, mostrando o predomínio periódico de algumas cidades.

São exemplos desse enunciado as civilizações:

a) persa e egípcia.

b) romana e hebraica.

c) sumeriana e romana.

d) acadiana e persa.

e) grega e fenícia.

 

Questão 04 – (UFPB/2006) Sobre os povos da Antiguidade Oriental, é correto afirmar:

a) A agricultura foi o principal fator de enriquecimento e desenvolvimento dos hebreus, devido ao aproveitamento das águas através de complexos e amplos sistemas de irrigação.

b) A religião constituiu a principal herança deixada pelos egípcios, de onde provém o monoteísmo judaico.

c) O comércio marítimo marcou a presença histórica dos fenícios, que estabeleceram contatos com diversos povos, ao longo da costa do Mar Mediterrâneo.

d) A guerra de conquista foi a principal característica dos sumérios, povo que construiu um império que se estendia do Egito às fronteiras da Índia.

e) A escrita cuneiforme, uma das mais importantes formas de registro escrito, produzido em blocos de argila, foi a principal contribuição dos persas, povo que habitou a Mesopotâmia.

 

Questão 05 – (UFPI/2006) Na antiguidade podemos observar características especificas a cada povo. Assinale a alternativa cuja seqüência relaciona corretamente os povos desse período com alguns traços que os caracterizam.

(1) Egípcios.

(2) Fenícios.

(3) Hebreus.

(4) Romanos.

(5) Gregos (atenienses).

(  )  Acreditavam na imortalidade da alma, se notabilizaram pela construção de grandes monumentos em forma de pirâmide e pela escrita hieroglífica.

(  )  Notabilizaram-se por serem grandes navegadores e comerciantes.

(  )  Acreditavam em um único Deus e seus profetas desempenhavam importante papel na preservação da pureza da religião.

(  )  Organizavam-se em Cidades-Estados, desenvolveram a Filosofia e criaram a idéia de Democracia.

(  )  Construíram um vasto Império que se estendia pela Europa, Ásia e África.

a) 1, 4, 5, 2 e 3.

b) 1, 3, 5, 2 e 4.

c) 1, 2, 3, 5 e 4.

d) 4, 5, 2, 1 e 3 .

e) 2, 4, 1, 5 e 3.

 

GABARITO:

1) Gab: B

2) Gab: C

3) Gab: E

4) Gab: C

5) Gab: C

Bruno História
Os textos e exemplos acima foram preparados pelo professor Bruno Anderson para o Blog do Enem. Bruno é historiador formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de história em escolas da Grande Florianópolis desde 2012. Facebook e Twitter.

O post Fenícios – História Enem apareceu primeiro em Blog do Enem.

Romantismo e Poesia – Literatura Enem

Posted: 20 Apr 2016 04:51 PM PDT

Literatura Enem: O romance Werther, de Goethe, publicado na Alemanha em 1774, lança as definições do sentimentalismo romântico e da fuga pelo suicídio. Na Inglaterra, o Romantismo está presente, inicialmente, no começo do século XIX, destacando a poesia ultrarromântica de Lord Byron.

Porém, se a Alemanha e a Inglaterra foram as pioneiras relacionadas a essa nova tendência, a França teve o papel de divulgar o Romantismo.

Em Portugal, o Romantismo surge com a publicação do poema Camões, de Garrett, durante seu período exilado em Paris. O início do Romantismo português coincide com as lutas civis, entre liberais e conservadores, quando D. Pedro renuncia ao trono brasileiro.

22
A liberdade ganhando o povo (1830), Eugène Delacroix

No nosso país, duas publicações dão início ao Romantismo brasileiro, publicadas em Paris, por Gonçalves de Magalhães, em 1836. São elas a revista Niterói e o livro de poesias Suspiros poéticos e saudades.

A princípio, romântico era tudo o que estava oposto ao clássico. Ou seja, a Idade Média entrou no lugar dos modelos da Antiguidade Clássica, principalmente, de maneira clara, nos seus últimos séculos, coincidindo com o surgimento da burguesia. O indivíduo passa a ser o foco principal,  em total relevância a imaginação e os sentimentos, resultando em uma interpretação subjetiva da realidade.

Nessa época, surgiu um público que consumia a literatura, tornando-a mais popular, diferente dos estilos de outras épocas, que possuíam características clássicas. Então, o romance, seria a forma mais acessível da manifestação literária.

O aspecto formal da literatura romântica foge do que é padronizado e estetizado do Classicismo. O verso livre, que não possui métrica e tampouco estrofação, e o verso branco, que não possui rima, fazem a poesia romântica. O emprego da forma livre combina plenamente com o ideal do romântico, que é o individualismo e do subjetivismo.

O nacionalismo era um conteúdo cultivado pelos românticos, manifestando exaltação da natureza de seu país, retornando às histórias do passado e criando um herói nacional, como belos e valentes cavalheiros medievais, no caso da literatura europeia.

A natureza tem o seu papel, dando vários significados, como, por exemplo, em alguns momentos, ela será exaltada e funcionará como uma extensão do país, e em outros momentos será uma espécie de refúgio da vida agitada dos grandes centros urbanos do século XIX.

Entre os principais poetas da literatura romântica brasileira, estão Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.

Se se morre de amor! — Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!

Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro

Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D’amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!

Amar, e não saber, não ter coragem
Para dizer que amor que em nós sentimos;
Temer qu’olhos profanos nos devassem
O templo, onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis, d’ilusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compr’ender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!

Se tal paixão porém enfim transborda,
Se tem na terra o galardão devido
Em recíproco afeto; e unidas, uma,
Dois seres, duas vidas se procuram,
Entendem-se, confundem-se e penetram
Juntas — em puro céu d’êxtases puros:
Se logo a mão do fado as torna estranhas,
Se os duplica e separa, quando unidos
A mesma vida circulava em ambos;

Que será do que fica, e do que longe
Serve às borrascas de ludíbrio e escárnio?
Pode o raio num píncaro caindo,
Torná-lo dois, e o mar correr entre ambos;
Pode rachar o tronco levantado
E dois cimos depois verem-se erguidos,
Sinais mostrando da aliança antiga;
Dois corações porém, que juntos batem,
Que juntos vivem, — se os separam, morrem;
Ou se entre o próprio estrago inda vegetam,
Se aparência de vida, em mal, conservam,
Ânsias cruas resumem do proscrito,
Que busca achar no berço a sepultura!

Esse, que sobrevive à própria ruína,
Ao seu viver do coração, — às gratas
Ilusões, quando em leito solitário,
Entre as sombras da noite, em larga insônia,
Devaneando, a futurar venturas,
Mostra-se e brinca a apetecida imagem;
Esse, que à dor tamanha não sucumbe,
Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!

(Gonçalves Dias, Se se morre de amor, 1944.)

Gonçalves Dias tem um papel importante no Romantismo brasileiro. Ele ajudou a consolidar a escola literária no nosso país, trabalhando de maneira brilhante temas do Romantismo, em sua fase inicial, como o indianismo, a natureza, a religiosidade, o medievalismo e o sentimentalismo.

Suas produções se encaixam em uma visão de amor do homem romântico, contendo características do subjetivismo, com notável influência de seus casos amorosos.

Complemente seus estudos sobre a poesia romântica com o vídeo, do canal ProENEM, no YouTube:

Procure sempre colocar em prática os assuntos estudados por você, estudante! Por isso, não deixe de ler os exercícios com atenção, respondê-los e conferir o gabarito!

Exercícios

1- (Vunesp – SP)  Leia atentamente os versos seguintes:

Eu deixo a vida com deixa o tédio
Do deserto o poeta caminheiro
– Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um mineiro. 

Esses versos de Álvares de Azevedo significam a:

a) revolta diante da morte.
b) aceitação da vida como um longo pesadelo.
c) aceitação da morte como a solução.
d) tristeza pelas condições de vida.
e) alegria pela vida longa que teve.

 

2- (PUC-RS)

Já de noite o palor me cobre o rosto
Nos lábios meus o alento desfalece.
Surda agonia o coração fenece
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!… Já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece…
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!

A relação mórbida com a morte demonstra que parte da poesia de Álvares de Azevedo prende-se ao:

a) idealismo romântico.
b) saudosismo inconformado.
c) misticismo religioso.
d) negativismo filosófico.
e) mal do século.

 

Gabarito

1- C

2- E

O texto foi escrito pela professora Analice, formada em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp. Atualmente é mestranda em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, professora de português na rede particular de ensino de Florianópolis e colaboradora do Blog do Enem. Facebook: http://www.facebook.com/analice.andrade

O post Romantismo e Poesia – Literatura Enem apareceu primeiro em Blog do Enem.

Contrarreforma: a reação católica ao protestantismo – História Enem

Posted: 20 Apr 2016 11:31 AM PDT

Católicos e Protestantes já viveram tempos de guerra entre as religiões. Confira as mudanças no catolicismo para se contrapor ao protestantismo.

A Contrarreforma, ou Reforma Católica (século XVI), surgiu no interior da própria Igreja católica com o objetivo de conter o avanço do Protestantismo. Era hora de rever práticas da própria Igreja que eram condenadas por muitos fiéis, como a venda de indulgências, cargos eclesiásticos, relíquias, e corrupção moral.

Entre os anos de 1545 e 1563, membros do clero sob a liderança do papa Paulo III (foto) reuniram-se na cidade de Trento, na Itália, para discutir questões da doutrina e da disciplina do clero católico. O encontro foi denominado pela Igreja Católica como Concílio de Trento. Veja ao lado do quadro do Papa Paulo III uma pintura da época registrando o local das reuniões do Concílio de Trento. igreja católica

A crítica à prática de venda de indulgências estava no centro das 95 teses lançadas por Martinho Lutero. As 95 Teses de Martinho Lutero geraram a Reforma, que levou à criação do movimento Protestante. Veja aqui um resumo completo sobre Martinho Lutero, a Reforma Protestante, e a crise na Igreja Católica: http://blogdoenem.com.br/martinho-lutero-reforma-protestante/

Era preciso livrar a Igreja Católica da corrupção, reafirmar seus dogmas, combater as heresias (doutrinas ou interpretações tidas como falsas pela Igreja Católica) e divulgar o catolicismo. Assim, a Igreja católica pretendia conquistar antigos e novos adeptos.

Dica do Blog para entender o contexto da Reforma Protestante –  Você sabia que as críticas à Igreja católica se aprofundaram graças ao Humanismo? Não? Então, acesse esta aula com um resumo completo sobre o Renascimento e o Humanismo. Veja como eles foram importantes para a crítica à Igreja Católica da época: http://blogdoenem.com.br/historia-renascimento-humanismo/

Resultados do Concílio de Trento

Ao final dos debates, que duraram dezoito anos, o Concílio de Trento aprovou várias decisões que foram importantes para a revitalização da Igreja Católica. Veja:

  • Condenou a corrupção interna proveniente da venda de cargos eclesiásticos, relíquias e indulgências;
  • Reafirmou o poder do papa (infalibilidade papal);
  • Manteve os sete sacramentos;
  • Adoção do latim como língua litúrgica oficial da Igreja católica;
  • A continuidade do celibato clerical e do culto aos santos e à Virgem Maria;
  • A criação de seminários para a formação de padres;
  • Organizou o Índex;
  • Reativou a Inquisição.
Dica 2 – Quer entender como ocorreu a Reforma Protestante? Acesse este post especial que o Blog do Enem preparou para você e confira tudo sobre Martinho Lutero e as críticas à Igreja católica: http://blogdoenem.com.br/martinho-lutero-reforma-protestante/

Você sabia que o Índex (Índice dos Livros Proibidos) era a relação de livros que os católicos estavam proibidos de ler? Muitas vezes esses livros chegaram a ser queimados em praça pública em grandes fogueiras. Quem estipulava o que deveria ser lido ou não pelos católicos era o Santo Ofício.

E sobre a Inquisição, você já ouviu falar? Não? Então preste atenção! A Inquisição agia de modo violento e intolerante. Às vezes bastava apenas uma simples suspeita para que uma pessoa fosse acusada de herege e chamada a depor no Tribunal do Santo Ofício. Ela poderia perder seus bens, ser condenada à prisão perpétua ou à morte na fogueira!

Confira nesta aula em vídeo do professor Renant Araújo Morais do Sistema de Ensino CNEC tudo sobe a Inquisição e o combate aos hereges:

Quem teve papel de destaque no esforço de reforma da Igreja católica foram as ordens religiosas, em especial, a Companhia de Jesus, fundada em 1534 pelo militar espanhol Inácio de Loyola (no quadro da época).

inacio loyola

Os jesuítas dedicaram-se a divulgar o catolicismo na Europa e a evangelizar os povos da Ásia, África e América. Para isso, criaram uma rede de colégios em vários países do mundo, inclusive aqui no Brasil.

Dica 3 –  Quer mandar bem no Enem e nos vestibulares? Estude com as Apostilas Enem Gratuitas que o Blog do Enem selecionou para você. Textos e vídeos com as melhores dicas para você marcar pontos. Aqui: http://blogdoenem.com.br/category/apostila-enem/

Como você pôde perceber a Igreja católica agiu de maneira repressiva e persuasiva na tentativa de conter o avanço do Protestantismo e conquistar mais fiéis. Contudo, não conseguiu evitar o crescimento das novas religiões (Luteranismo, Calvinismo e Anglicanismo). Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII ocorreram muitas guerras e perseguições religiosas na Europa e na América por conta da intolerância religiosa.

Dica 4 – Veja aqui uma aula completa sobre a Reforma Protestante desencadeada por Martinho Lutero, e aprenda sobre a origem do Calvinismo e do Anglicanismo: http://blogdoenem.com.br/reforma-protestante-anglicanismo-calvinismo/

Que tal agora você assistir a uma super revisão sobre o tema nesta aula em vídeo do professor Rodrigo Woloski,  do aulade.com.br? Não perca! Acesse. Aprende mais quem estuda mais e melhor:

Gostou da aula em vídeo? Muito boa né? Então, vamos continuar com os exercícios?

Exercício – Agora chegou a sua vez! Responda a esta questão de vestibular que o Blog do Enem preparou para você.

(PUC – MG) Diante do avanço do protestantismo, o papa Paulo III convoca o XVIII Concílio Ecumênico da Igreja Católica, reunido em Trento, na Itália, a partir de 1545, apresentando como resultados, exceto:

a) (     ) o reconhecimento do batismo e do casamento como únicos sacramentos válidos.
b) (     ) a instituição dos seminários destinados à formação dos clérigos.
c) (     ) o fortalecimento da autoridade pontifical através da infalibilidade do Papa.
d) (     ) a adoção do latim como língua litúrgica oficial da Igreja Católica.
e) (     ) a determinação do celibato clerical e o combate aos movimentos heréticos.

Resposta: A alternativa incorreta é a letra "a".

Durante o Concílio de Trento a Igreja católica aprovou várias decisões que tinham por objetivo conter o avanço do Protestantismo e recuperar a confiança dos fiéis na instituição, entre elas o de manter os sete sacramentos: batismo, confirmação ou crisma, eucaristia, penitência ou confissão, ordem sacerdotal, casamento e unção dos enfermos. Portanto, não apenas dois sacramentos.

Carla Regina História
O texto desta aula foi preparado pela professora Carla Regina da Silva para o Blog do Enem. Carla é formada em licenciatura e bacharelado em História pela UFSC. https://www.facebook.com/carla.regina.779.

O post Contrarreforma: a reação católica ao protestantismo – História Enem apareceu primeiro em Blog do Enem.

0 comentários:

Postar um comentário

Subscribe to RSS Feed Sigam-me no Twitter!